segunda-feira, 25 de abril de 2016

Ciências - Apostila de Química

Fenômenos Físicos e Químicos

Fenômeno é toda e qualquer transformação que ocorre com a matéria, na qual ocorrem mudanças qualitativas na composição. Um fenômeno pode ser classificado em físico ou químico.
Fenômeno químico é todo aquele que ocorre com a formação de novas substâncias. Um fenômeno químico, como a combustão, transforma uma substância em outra, com diferentes propriedades químicas.
Fenômenos físicos são todas as transformações da matéria sem ocorrer alteração de sua composição química. É todo fenômeno que ocorre sem que haja a formação de novas substâncias.
O fenômeno químico altera a natureza da matéria. O fenômeno físico altera apenas a forma da matéria. Veja a demonstração com o papel:
Fenômeno Químico: Queimando o papel ele deixa de ser papel;
Fenômeno Físico: Quando rasgamos o papel ele continua sendo papel mesmo tendo mudado sua forma.
Exemplos de fenômenos químicos: o enferrujamento do ferro, a respiração dos seres vivos, a fotossíntese realizada pelos vegetais clorofilados, etc. Os fenômenos químicos são também denominados reações químicas, e são descritos através de equações.
Combustão do etanol ou álcool comum: Nesta reação química, uma molécula de etanol (C 2 H 5 OH) reage com três moléculas de gás oxigênio do ar atmosférico (O 2), produzindo duas moléculas de gás carbônico (CO 2) e três moléculas de água, conforme a equação:
2OH(l) + 3 O 2(g) => 2 CO 2(g) + 3 H 2O(l) + calor
Exemplos de fenômenos físicos: a queda de um corpo, a reflexão da luz em um espelho, a dilatação dos corpos, os pontos de fusão e ebulição, a densidade absoluta, etc.
As mudanças de estado físico sofridas pelas substâncias são propriedades físicas da matéria (ponto de fusão e ebulição). A fusão do gelo e a evaporação do álcool são exemplos dessas propriedades.
Você já ouviu falar do Gerador de Van der Graff? Um instrumento que através da força eletrostática faz com que os cabelos do indivíduo que o tocar fiquem totalmente de pé. Esse objeto consiste na exibição de um fenômeno físico.
Por Líria Alves
Graduada em Química

Propriedades da Matéria: Gerais, Organolépticas, Físicas e Químicas.

Toda a espécie de matéria, independentemente da fase de agregação em que se encontre, apresenta uma série de propriedades ou características que, em conjunto, permite identificá-la e diferenciá-la das demais.
Os diferentes usos que damos a cada tipo de matéria ou material dependem diretamente de suas propriedades.
As propriedades gerais são aquelas comuns a toda espécie de matéria e estão relacionadas abaixo.
Propriedade geral - Definições:
Impenetrabilidade: Duas porções de matéria não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo.
Divisibilidade: Desde que a matéria não sofra um fenômeno químico, ela pode ser dividida inúmeras vezes sem alterar suas características.
Compressibilidade: O volume ocupado por certa porção de substancia na fase gasosa pode diminuir se ela for submetida à ação de forças externas.
Elasticidade: Se um material na fase sólida for esticado ou comprimido pela ação de forças externas, sem que suas estruturas sejam rompidas, ele voltará a sua forma original assim que essa força deixar de existir.
Inércia: Os materiais tendem a se manter como estão, isto é, em repouso ou em movimento, até que uma força atue sobre eles modificando a situação original.
As propriedades específicas, por sua vez, são as características próprias de cada material. São divididas em organolépticas, químicas, funcionais e físicas.
Propriedades Organolépticas: São propriedades que impressionam pelo menos um dos nossos cinco sentidos.
Visão – Cor, aspecto geral.
Olfato – Odor característico.
Paladar – Sabor doce, salgado, azedo, amargo e adstringente.
Tato – Material em pó, em grão, superfície lisa e rugosa.
Audição – Som que acompanha determinados fenômenos físicos e químicos.
Propriedades químicas:
São as propriedades que determinam o tipo de fenômeno químico (transformação) que cada material específico é capaz de sofrer.
Uma propriedade química refere-se à habilidade de uma substância se transforma em outra substância.
Por exemplo, o leite pode se transformar em iogurte. Uma palhinha de aço (constituída de ferro) pode se transformar em óxidos e hidróxidos de ferro (ferrugem). Mas o leite não pode se transformar em óxidos e hidróxidos de ferro nem a palhinha de aço pode se transformar em iogurte. A propriedade de se transformar em iogurte é uma característica química do leite e a propriedade de “enferrujar” é uma característica química do ferro.
Propriedades funcionais:
São propriedades que se encontram entre as organolépticas e as químicas e são apresentadas por determinados grupos de matérias, identificados por desempenharem alguma função. Elas podem ser:
Acidez: Encontrada no vinagre devido ao ácido acético, no limão devido ao ácido cítrico.
Basicidade: Encontrada no Leite de Magnésia (laxante) devido ao hidróxido de magnésio.
Salinidade: Encontrada no sal de cozinha devido ao cloreto de sódio.
Propriedades físicas:
São certos valores obtidos experimentalmente mediante o comportamento de materiais específicos quando submetidos a determinadas condições de temperatura e pressão, como os pontos de fusão e de ebulição, a densidade e a solubilidade.
Uma propriedade física de uma substância é uma característica que podemos observar ou medir sem mudara identidade da substância.
Por exemplo, uma propriedade física da água é a sua massa, outra, a sua temperatura. As propriedades físicas incluem características, tais como: ponto de fusão (temperatura na qual um sólido passa para liquido), dureza, cor, estado da matéria (sólido, liquido ou gás) e densidade.
As propriedades também são classificadas pela sua dependência do tamanho da amostra. Uma propriedade intensiva é a que independe do tamanho da amostra. Ex: temperatura, ponto de fusão e de ebulição, cor, solubilidade, densidade e potencial de oxidação e redução ( E°ox e E°rer ). Já uma propriedade extensivas é uma propriedade que depende (extensão) do tamanho da amostra. Ex.: Massa, volume e variação de entalpia(H).
Densidade ou massa específica(d): é a relação entre a massa(m) de um material e o volume (V) que essa massa ocupa.
A densidade de uma substância é independente do tamanho da amostra porque, dobrando seu volume, também dobra sua massa, então a razão da massa pelo volume permanece constante.
Densidade é, portanto, uma propriedade intensiva. “Quando dizemos, na conversão informal, que o ferro á mais pesado que a água, queremos dizer, na realidade, que a densidade do ferro é maior que a da água”: a primeira afirmação não é necessariamente verdadeira porque um metro cúbico de água é de fato mais pesado que um milímetro cúbico de ferro: a segunda afirmação é sempre verdadeira e independe do tamanho da amostra.
Obs.: alguns materiais, como a madeira, o aço, o vidro, não possuem densidade constante, outros, porém, possuem o valor da densidade constante e invariável sempre que medido nas mesmas condições de temperatura e pressão. Ex.: a água apresenta densidade de 1g/cm3 ou 1g/ml na temperatura de 4°C sob pressão de 1atm.
Obs.: diferentes substâncias são diferenciadas por suas propriedades intensivas. Então, poderíamos ser capazes de reconhecer uma amostra de água observando sua cor, o fato de ser liquida, sua densidade (1g/cm3), seus pontos de fusão (0°C) e ebulição (100°C).
Solubilidade: é capacidade que um material (soluto) possui de espalhar uniformemente (se dissolver) num outro material (solvente).
Substâncias e Misturas
Existem materiais, como o álcool hidratado, a gasolina, a madeira, o mármore, o ar atmosférico, cujas propriedades químicas e físicas variam, mesmo que as condições de pressão e temperatura se mantenham constantes. Ex.: Álcool hidratado, a gasolina, a madeira, mármore.
Outros materiais, porém, como a água destilada, o álcool etílico, o iodo, o ouro, o silício, o sulfato de cobre, apresentam propriedades químicas e físicas constantes desde que medidas nas mesmas condições de temperatura e pressão.
Quando o material possui todas as propriedades definidas, bem determinadas e invariáveis nas mesmas condições de temperatura e pressão, esse material é uma substância. Cada substância é definida por um conjunto de propriedades físicas, químicas, organolépticas e funcionais próprias.
Não existem duas substâncias com todas as propriedades iguais. Uma substância é um material que possui todas as propriedades definidas e bem determinadas.
Assim, como exemplos de substâncias, podemos citar:
· Água destilada
· Álcool etílico
· Gás carbônico
· Ferro
· Mercúrio
· Oxigênio
Quando o material não possui todas as propriedades definidas e bem determinadas ou quando as propriedades de um material variam mesmo que as condições de temperatura e pressão sejam mantidas, dizemos que esse material é uma mistura. Uma mistura é um material que não possui todas as propriedades definidas porque é constituído de duas ou mais substancias diferentes.
Como exemplos de misturas podemos citar, dentre outros:
· Granito: mica, quartzo e feldspato em proporções variadas;
· Petróleo: inúmeras substâncias como metano, etano, eteno, propano, butano, etc.
· Madeira: celulose, lignina, água, ácido acético e outras substâncias em porcentagens variadas.
· Aço: ferro (98,5%), carbono (1,5%¨), em massa;
·Ar atmosférico: gás nitrogênio (78%), gás oxigênio (20%), gás argônio (1%), gás carbônico, vapor d’água e outros gases (1%), em volume.
Os materiais podem ser formados de uma substância ou de uma mistura de substâncias. Para classificá-los de uma forma ou de outra, basta verificar se suas propriedades físicas, químicas, organolépticas, e funcionais são constantes e bem determinadas (substância) ou se são variáveis (misturas)
Outro critério para classificar um material --- Substância e mistura --- é observar o numero de fases que ele possui.
Cada fase de um material é identificada pelas seguintes características:
· Possui aspecto visual uniforme, mesmo ao ser examinada num ultramicroscópio.
· Possui propriedades específicas constantes em toda a sua extensão.
Assim, por exemplo, se examinamos ao ultramicroscópio o aspecto visual de um sistema com álcool hidratado e de outro com sangue, veremos que o primeiro é totalmente uniforme, portanto constituído de uma única fase; já o segundo apresenta um aspecto desigual que não pode ser percebido a olho nu, mas é claramente visível ao ultramicroscópio, portanto é constituído de mais de uma fase.
Dizemos que um material ou sistema é homogêneo quando ele possui uma única fase, ou seja, é monofásico.
Material ou sistema homogêneo é aquele que possui uma única fase. Como exemplos, podemos citar:
· Qualquer substância que se apresenta numa única fase de agregação, como água liquida, fero sólido, amônia gasosa.
·Qualquer mistura na qual as substância componentes estejam, totalmente dissolvidas umas nas outras (uniformemente distribuídas e espalhadas),como álcool hidratado (água e álcool etílico) ou gás oxigênio e gás nitrogênio ou ouro de 18 quilates (75% de ouro, 12,5% de prata e 12,5%de cobre)
Soluções : Misturas homogêneas
As misturas homogêneas são denominadas soluções
Do ponto de vista prático, consideramos que as soluções são formadas de um solvente (o componente que se encontra em maior quantidade) e um ou mais solutos  (componentes em menor quantidade).
Características:
·Não podem ser observadas nem com ajuda de um ultramicroscópio, embora exista atualmente um aparelho denominado microscópio de tunelamento eletrônico, capaz de simular por computador a imagem das partículas que compõem determinadas soluções sólidas (ouro 18 quilates, por exemplo).
· Não podem ser separadas do solvente por nenhum processo mecânico, como a ultracentrifugação ou a ultrafiltração.
· Podem ser encontradas em qualquer fase de agregação: sólidas, liquidas ou gasosas.
Dizemos que um material ou sistema é heterogêneo quando ele possui mais de uma fase; nesse caso pode ser bifásico (duas fases), trifásico (três fases), tetrafásico (quatro fases) ou até polifásico (inúmeras fases).
Material ou sistema heterogêneo é aquele que possui duas ou mais fases
Os materiais ou sistemas heterogêneos podem ser divididos em dois grupos distintos; as dispersões grosseiras e as dispersões coloidais; os componentes de uma mistura heterogênea, também do ponto de vista prático, são divididos em dispergente (o componente que se encontra em maior quantidade) e um ou mais dispersos (componentes em menor quantidade).
Separação De Misturas
Misturas Homogêneas 
MÉTODO
PROCESSO
Destilação Simples (Sólido + Líquido)
Por aquecimento, só o líquido entra em ebulição, vaporiza-se e a seguir condensa-se, separando-se do sólido
Destilação Fracionada (Líquido + Líquido)
Por aquecimento, os líquidos vaporizam-se e a seguir condensam-se, à medida que vão sendo atingidos seus pontos de ebulição
Líquefação Fracionada (Gás + Gás)
Por resfriamento da mistura, os gases se liquefazem separadamente, à medida que vão sendo atingidos os seus pontos de ebulição.
Aquecimento Simples (Gás + Líquido)
Por aquecimento abaixo do ponto de ebulição do líquido, ó gás dissolvido é expulso.

Misturas Heterogêneas
MÉTODO
PROCESSO
Catação (Sólido + Sólido)
Os fragmentos são catados com a mão ou pinça
Ventilação (Sólido + Sólido)
Separação do componente mais leva por corrente de ar.
Levigação (Sólido + Sólido)
Separação do componente mais leva por corrente de água.
Dissolução Fracionada (Sólido + Sólido)
Separação por meio de um líquido que dissolve apenas um componente.
Separação Magnética (Sólido + Sólido)
Apenas um componente é atraído pelo ímã.
Fusão Fracionada (Sólido + Sólido)
Separação por aquecimento da mistura até a fusão do componente de menor ponto de fusão.
Cristalização Fracionada (Sólido + Líquido)
Adiciona-se um líquido que dissolva todos os sólidos. Por evaporação da solução obtida, os componentes cristalizam-se separadamente.
Peneiração ou Tamização (Sólido + Sólido)
Os componentes estão reduzidos a grãos de diferentes tamanhos.
Sedimentação
Separação de duas ou mais camadas devido a diferentes densidades.
Decantação (Sólido + Líquido)
Após a sedimentação a fase líquida é escoada.
Filtração (Sólido + Líquido)
Separa a fase líquida ou gasosa da sólida por meio de uma superfície porosa.
Centrifugação (Sólido + Líquido)
Decantação acelerada por uma centrífuga.
Estrutura Atômica
1. Número Atômico (Z)
É o número de prótons do núcleo de um átomo. É o número que identifica o átomo.
A representação do número atômico dos átomos é: 
ZE
Num átomo neutro, cuja carga elétrica total é zero, o número de prótons é igual ao número de elétrons. O número de elétrons, nesse caso, pode ser considerado igual ao número atômico.
Exemplo:
O átomo de magnésio (Mg) tem número atômico 12 (Z = 12).
Significado: no núcleo do átomo de Mg existem 12 prótons. No átomo neutro de Mg existem 12 prótons e 12 elétrons.
Descrição: Estrutura atomica
2. Número de Massa (A)
É a soma do número de prótons (Z) e do número de nêutrons (N) existentes no núcleo de um átomo.
A = Z + N
Descrição: Estrutura atomica
Exemplo:
Um átomo neutro tem 19 prótons e 21 nêutrons, portanto:
Z = 19 e N = 21
A = Z + N = 19 + 21 = 40
Descrição: Estrutura atomica
3. Elemento Químico
É o conjunto de átomos que apresentam o mesmo número atômico (Z) (mesma identificação química).
Observações:
Como vimos anteriormente, um átomo é eletricamente neutro quando o número de prótons é igual ao número de elétrons, porém um átomo pode perder ou ganhar elétrons na eletrosfera, sem sofrer alteração no seu núcleo, originando partículas carregadas positiva ou negativamente, denominadas íons.
Se um átomo ganha elétrons, ele se torna um íon negativo, chamado ânion.
Descrição: Estrutura atomica

Se um átomo perde elétrons, ele se torna um íon positivo, chamado cátion.
Descrição: Estrutura atomica

4. Isótopos, Isóbaros e Isótonos
Isótopos: são átomos que apresentam o mesmo número atômico (Z) e diferentes número de massas (A).
Os isótopos são átomos de um mesmo elemento químico (mesmo Z), e que apresentam diferentes números de nêutrons, resultando assim diferentes números de massa.
Descrição: Isotopos
Isóbaros: são átomos que apresentam diferentes números atômicos (Z) e mesmo número de massa (A).

Descrição: Isobaros

Isótonos: são átomos que apresentam diferentes números atômicos (Z), diferentes números de massa (A), e o mesmo número de nêutrons.
Descrição: Isotonos

Carga elétrica
Natureza
Valor relativo
Massa relativa
Próton
Positiva
+1
1
Nêutron
Não existe
0
1
Elétron
Negativa
-1
1/1836
Camadas eletrônicas
Os elétrons estão distribuídos em camadas ou níveis de energia:
núcleo
camada
K
L
M
N
O
P
Q
1
2
3
4
5
6
7
nível
Número máximo de elétrons nas camadas ou níveis de energia:
K
L
M
N
O
P
Q
2
8
18
32
32
18
2
Subníveis de energia
As camadas ou níveis de energia são formados de subcamadas ou subníveis de energia, designados pelas letras spdf.
Subnível
s
p
d
f
Número máximo de elétrons
2
6
10
14
Subníveis conhecidos em cada nível de energia:
Subnível
1s
2s 2p
3s 3p 3d
4s 4p 4d 4f
5s 5p 5d 5f
6s 6p 6d
7s
Nível
1
2
3
4
5
6
7
K
L
M
N
O
P
Q
Subníveis em ordem crescente de energia:
1s
2s
2p
3s
3p
4s
3d
4p
5s
4d
5p
6s
4f
5d
6p
7s
5f
6d
Preenchimento dos subníveis
Os subníveis são preenchidos sucessivamente, na ordem crescente de energia, com o número máximo de elétrons possível em cada subnível. (Regra de Aufbau)
Os números quânticos indicam a energia do elétron no átomo e a região de máxima probabilidade de se encontrar o elétron.
número quântico principal (n) indica o nível de energia. Varia de n = 1 a n = , respectivamente, no 1º, 2º, 3º, ... nível de energia.
O número máximo de elétrons em cada nível é dado por 2n2. Entre os átomos conhecidos, no estado fundamental, o número máximo de elétrons num mesmo nível é 32.
número quântico secundário ou azimutal (l) indica a energia do elétron no subnível. Nos átomos conhecidos, no estado fundamental, há quatro subníveis, representados por s, p, d, f, em ordem crescente de energia.
Subnível
s
p
d
f
Número quântico azimutal
 = 0
 = 1
 = 2
 = 3
Orbitais
Os subníveis são formados de orbitais. Orbital é a região da eletrosfera onde há maior probabilidade de estar localizado o elétron do átomo. O número máximo de elétrons em cada orbital é 2.
A cada orbital foi atribuído um número quântico magnético (m) cujo valor varia de -l a +l, passando por zero.
subnível s
um só orbital s
(0)
subnível p
três orbitais p
(-1) (0) (+1)
subnível d
cinco orbitais d
(-2) (-1) (0) (+1) (+2)
subnível f
sete orbitais f
(-3) (-2) (-1) (0) (+1) (+2) (+3)
O orbital s tem forma esférica. Os orbitais p têm forma de duplo ovóide e são perpendiculares entre si (estão dirigidos segundo três eixos ortogonais x, y e z.
Spin
Spin é o movimento de rotação do elétron em torno de seu eixo. Pode ser paralelo ou antiparalelo. A cada um deles foi atribuído um número quântico: + 1/2 e -1/2.
Princípio da exclusão de Pauli
Em um mesmo átomo, não existem dois elétrons com quatro números quânticos iguais.
Como consequência desse princípio, dois elétrons de um mesmo orbital têm spins opostos.
Um orbital semicheio contém um elétron desemparelhado; um orbital cheio contém dois elétrons emparelhados (de spins opostos).
Regra de Hund
Ao ser preenchido um subnível, cada orbital desse subnível recebe inicialmente apenas um elétron; somente depois de o último orbital desse subnível ter recebido seu primeiro elétron começa o preenchimento de cada orbital semicheio com o segundo elétron.
Elétron de maior energia ou elétron de diferenciação é o último elétron distribuído no preenchimento da eletrosfera, de acordo com as regras estudadas.

Substâncias e Ligações Químicas
- O processo de separação de mistura destilação fracionada separa misturas que possuem pontos de fusão diferentes.
- Isótopos são os átomos que possuem o mesmo número de prótons ou mesmo número atômico. Porém, tem número de massa diferente.
- Hidrogênio, Deutério e Trítio são isótopos do hidrogênio. São isótopos porque tem número de atômico igual. Diferem no número de massa. O Hidrogênio tem número de massa 1. O Deutério tem número de massa 2. O Trítio tem número de massa 3.
- Alótropos são substâncias formadas pelo mesmo elemento químico. Existem os alótropos do oxigênio que são o gás oxigênio (O2) e o gás ozônio (O3). A diferença, neste caso é o número de átomos na molécula. O gás oxigênio é incolor e o gás ozônio é azul.
- Existem os alótropos do carbono: carbono grafite e carbono diamante. O diamante tem a estrutura cristalina e é a substância mais dura que se conhece. O grafite é facilmente desgastável e por isso é utilizado para escrever em papéis.
- Há também alótropos do fósforo: fósforo branco e fósforo vermelho. O fósforo branco era muito utilizado em bombas por ser muito reativo. Queima-se facilmente no ar. O fósforo vermelho é uma estrutura maior e é resultante do fósforo branco.
- Os alótropos do enxofre são: enxofre rômbico e enxofre monoclínico. Diferem na sua estrutura.
- Os átomos se ligam para atingir a estabilidade, adquirir a configuração eletrônica dos gases nobres.
- Os gases nobres são elementos quimicamente estáveis. Por este motivo, não reagem com quase nada, são inertes. 
- Na ligação iônica prevalece a ligação entre metais e não metais. Os íons ficam unidos através da atração eletrostática. Os compostos iônicos são sólidos, na temperatura ambiente cristalinos. Possuem alto ponto de fusão e ebulição. Conduzem eletricidade quando em solução aquosa ou fundidos.
- Na ligação covalente prevalece a ligação entre não metais entre si, hidrogênio e não metais e hidrogênio com hidrogênio.
- Na ligação covalente há compartilhamento de elétrons. Segue a Teoria do Octeto. Para o hidrogênio, dois elétrons já servem para a sua estabilidade. 
- As ligação covalente formam moléculas. As ligações iônicas formam os chamados agregados iônicos. As ligações metálicas formam as ligas metálicas.
- Uma ligação covalente pode ser simples, dupla ou tripla.
- Existem três tipos de ligações intermoleculares, ou seja, fora da molécula. São elas: Pontes de Hidrogênio, Dipolo-dipolo e Forças de London.
- As pontes de hidrogênio são as ligações intermoleculares mais fortes.
- As pontes de hidrogênio são responsáveis pelo aumento anormal do ponto de ebulição da água. Os compostos capazes de formar ligações de hidrogênio normalmente possuem maiores pontos de ebulição e menor volatilidade. Isto tudo devido a sua forte interação, a ligação é mais forte.
- Nos hidrocarbonetos (compostos orgânicos), quanto maior for a cadeia carbônica, maior o número de interações por Forças de London ou de Van der Waals. Então, maior o ponto de ebulição.
- Quando uma molécula possui uma parte polar e uma parte apolar a parte que for apolar chama-se hidrófoba e a parte polar chama-se hidrófila.
- Quando uma molécula passa do estado líquido para gasoso ocorre o rompimento das ligações intermoleculares. A sua estrutura não é alterada.
- As ligações intermoleculares do tipo Forças de London são as mais fracas e ocorrem em moléculas apolares.
Funções Químicas
 Juliana Miranda
Chamamos de Funções Químicas os grupos de substâncias compostas que se apresentam com propriedades químicas e comportamentos semelhantes.
Características como acidez, basicidade, solubilidade em água e reatividade são apresentadas nos estudos das Funções Químicas. Os quatro principais tipos de função são: óxidos, ácidos, bases e sais.
É possível classificar uma substância dentro dessas funções a partir da análise dos tipos de íons que se formam quando esta é dissolvida em água. Essas substâncias também são chamadas de funções inorgânicas, que se caracterizam por compostos que não possuem cadeia carbônica.
Tipos de função química
Ácidos – São compostos moleculares que se dissociam em íons, quando em solução aquosa. Esse tipo de substância é capaz de conduzir corrente elétrica. São exemplos o Ácido Clorídrico, o Ácido Cítrico, o Ácido Bórico, o Ácido Fórmico, entre outros...
Os ácidos possuem hidrogênio que, quando dissolvidos, libertam o hidrogênio como cátion. Os elementos químicos que formam os ácidos ganham elétrons e se formam por ligações covalentes.
Bases – As bases são substâncias que apresentam o grupo hidroxila (OH)-1 ligado a metais. Essas substâncias são chamadas hidróxidos. Exemplos de bases são: cal hidratada, hidróxido de amônio, entre outros...
As bases são compostos iônicos que, quando em contato com a água, liberam ânion (OH)- em solução.
Sais  – Os sais são formados por compostos iônicos que apresentam um cátion diferente de H+ e um ânion diferente de (OH)-. Exemplos de sais são: o sal de cozinha (NaCl), o mármore (CaCO3), o gesso (CaSO4), entre outros...
Os sais podem ser obtidos pela união de ácidos e bases.

Óxidos - São compostos formados por dois elementos químicos diferentes, por isso podem ser chamados de compostos binários. Essas substâncias têm obrigatoriamente a presença do Oxigênio. Exemplos de óxidos são: a água (H2O) e o gás carbônico (CO2).
Os óxidos se formam pela combinação do oxigênio com quase todos os elementos da tabela periódica
Química e Vida – Matéria Orgânica
Para entendermos o funcionamento dos seres vivos que fazem parte do mundo macroscópico, temos que entender que eles dependem do funcionamento das células no mundo microscópico. Para isso é fundamental dominar o conceito de célula e também o conceito de vida. O que é uma célula? Ela é a unidade constituinte dos seres vivos, e é a partir da célula que vemos o primeiro sinal da vida: a reprodução, o metabolismo, o crescimento, o movimento e a capacidade de reação. Sem essas propriedades não há vida na matéria. A célula pode se autoduplicar, se movimentar, produzir energia, crescer e reagir a estímulos externos. Se pegarmos, por exemplo, uma célula humana e isolá-la de todas as outras células, ela continuará exercendo as características vitais até a energia dela se esgotar. No entanto, se separarmos a célula em organelas e isolá-las, não haverá nenhuma propriedade vital.
Toda matéria que forma os seres vivos é denominada matéria orgânica e a maioria das substâncias orgânicas é formada por átomos de carbono. O carbono tem uma  propriedade essencial para a vida: a formação de cadeias. As cadeias carbônicas são, por exemplo, o objeto de estudo da química orgânica. A associação de carbonos em série permite a criação de moléculas complexas, e permite às células criar diversas moléculas com diversas funções para o funcionamento do ser vivo.
1. Componentes da Matéria Orgânica
1.1 Elementos Fundamentais
Há seis elementos químicos que são fundamentais para a vida: carbono (C), hidrogênio (H), oxigênio (O), nitrogênio (N), fósforo (P) e enxofre (S). Para memorizá-los utilize o mnemônico CHONPS. Esses seis elementos constituem cerca de 98% da massa corporal da maioria dos seres vivos.
1.2 Os Sais Minerais
Os sais minerais são substâncias inorgânicas formadas por íons. Apesar de não serem substâncias orgânicas, são de fundamental importância para o funcionamento das células, além de participar na formação de diversas moléculas orgânicas. O íon de Na+  e o íon de K+ são, por exemplo, importantes para a transmissão de impulsos elétricos nos neurônios, que são células nervosas.
1.3 Proteínas
Proteínas são fundamentais para o metabolismo das células. Toda proteína é formada por sequências de aminoácidos.
1.3.1 Aminoácidos
São moléculas orgânicas formadas por um carbono-alfa ligado a um grupo amina (-NH2), um grupo carboxila (-COOH), um átomo de hidrogênio (-H) e um grupo denominado, genericamente, radical (-R). Este grupo é o grupo que caracteriza os diferentes aminoácidos. Por exemplo: no aminoácido glicina, -R é simplesmente um átomo de hidrogênio, enquanto no aminoácido cisteína, é o grupamento metilsulfeto (-CH2SH). Só existem 20 aminoácidos que entram na composição das proteínas.
1.3.2 Ligação Peptídica

A ligação entre dois aminoácidos vizinhos em uma molécula de proteína é denominada ligação peptídica, que é uma síntese por desidratação. Ela sempre ocorre entre o grupo amina de um aminoácido e o grupo carboxila de outro. Durante a formação da ligação peptídica  há a perda de um grupamento hidroxila (-OH) e um hidrogênio (-H) dos dois aminoácidos, formando uma molécula de água, e então os aminoácidos se unem através dessa ligação livre, formando uma ligação simples (C-N).
1.3.3 Enzimas
São proteínas que atuam como catalisadores biológicos, ou seja, acelerando uma reação química, sem se desgastar ou se alterar, podendo ser reutilizada. Cada enzima atua em moléculas específicas, denominadas substratos enzimáticos. A enzima denominada lipase, por exemplo, atua na quebra de lipídios. A DNA Girase, por sua vez, cuida de estabilizar a curva da molécula de DNA durante o processo de replicação. De um modo geral, a nomenclatura de uma enzima será dada por [nome substrato] + -ase.
Toda enzima tem uma temperatura ótima e um pH ideal para o seu funcionamento. As enzimas digestivas, como por exemplo a tripsina, que atua no interior do intestino, tem pH ótimo em torno de 8, devido à sua atuação em um meio com a presença de ácido clorídrico.
1.4 Lipídios
Os lipídios são moléculas apolares, portanto não solúveis em água. Muitos seres vivos os utilizam para armazenamento reserva de energia, além de serem ótimos isolantes térmicos.
1.4.1 Fosfolipídios
Os fosfolipídios são lipídios especiais, cuja molécula tem uma parte polar e apolar. Eles estão presentes nas membranas celulares.
1.5 Glicídios
Os glicídios, também chamados de carboidratos ou açúcares, são moléculas orgânicas constituídas fundamentalmente por carbono, hidrogênio e oxigênio.  Eles são a principal fonte de energia e de reserva de energia para os seres vivos. Além disso, nas plantas, a celulose constitui um papel estrutural de sustentação do corpo vegetal. Outro açúcar importante que desempenha a mesma função, só que nos animais, é a quitina, componente do exoesqueleto dos artrópodes.
A maioria dos glicídeos tem a terminação -ose, como por exemplo a ribose, que participa na formação dos nucleotídeos.

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