quarta-feira, 11 de maio de 2016

História - Apostila

   PRÉ-HISTÓRIA 
   Um dos mais fascinantes mistérios da Pré-história é o surgimento do ser humano. Até 1859, apenas livros religiosos, como a Bíblia, davam resposta a esse enigma, naturalmente em sua linguagem simbólica. Nesse ano, o naturalista inglês Charles Darwin publicou seu livro "A origem das espécies", apresentando evidências de que as espécies animais são capazes de modificações gradativas, ou de evolução, através do tempo, de modo que novas espécies possam surgir. Ele também demonstrou que as modificações são determinadas pela Lei da Seleção Natural, segundo a qual, na acirrada competição que os seres vivos travam pela sobrevivência, prevalecem aqueles que melhor se adaptam ao meio específico em que vivem. Dessa maneira, as características que contribuíram para a sobrevivência de cada espécie são preservadas e transmitidas para as gerações futuras. Por uma questão de justiça histórica, não se pode deixar de mencionar que o também inglês Alfred Russel Wallace havia chegado às mesmas conclusões de Darwin - e exatamente na mesma época. No entanto, por uma gentileza característica dos cavalheiros britânicos, permitiu que Darwin publicasse antes o seu livro e recebesse todos os méritos da descoberta, ficando Wallace em segundo plano. 
   A origem das espécies 
   A partir dessas ideias, de observações e de estudos de material fóssil, além de experiências, os cientistas puderam traçar a linha de evolução dos seres vertebrados, afirmando que teriam surgido no mar, de organismos menores. Entre os primeiros vertebrados estariam os peixes, em seguida os anfíbios, e na sequência, os répteis, as aves e os mamíferos. Entre os mamíferos, teria aparecido, há cerca de 13 milhões de anos, a ordem dos primatas, que inclui atualmente os macacos e os homens. Para percorrer a distância entre os primatas mais simples, através da seleção natural, e o homem, foram necessários milhões de anos. 
   Os primatas 
   A espécie de primata com características mais próximas das da espécie humana de que se tem notícia é a do Ramapithecus, que existiu há 13 milhões de anos. Foi sucedida pelo Australopithecus (cerca de 4 milhões de anos atrás), contemporâneo do Homo habilis, surgido há aproximadamente 2,3 milhões de anos. Há cerca de 1,5 milhão de anos, tendo predominado o gênero Homo sobre o Pithecus, a espécie do Homo erectus floresceu, com postura e dimensões do cérebro próximas das do homem atual. Dessa espécie, os dois exemplares mais célebres foram aquele descoberto em 1891 por Eugéne Dubois em Java, batizado Pitecantropo de Java, e o que foi achado em Pequim, China, conhecido como Sinantropo pequinense. Acredita-se que o local de origem do Homo erectus tenha sido a África centro-oriental, de onde ele teria saído (por razões desconhecidas) para povoar o mundo, chegando primeiramente à Ásia e à Europa. Mas sobre essa expansão, como também a respeito de sua chegada ao continente americano, os estudiosos possuem muitas dúvidas e poucas certezas 
   O Homo sapiens 
   O Homo sapiens, surgido entre 400 mil e 100 mil anos atrás é um dos últimos elos da corrente da espécie a qual todos nós pertencemos. Suas origens ainda não estão totalmente explicadas. Uma das teorias afirma que os seres humanos modernos (Homo sapiens) evoluíram ao mesmo tempo a partir de populações primitivas da África, Ásia e Europa, misturando-se uns aos outros geneticamente.  
   Segundo os defensores dessa corrente, isso se justifica pelo fato de que, em determinadas regiões, populações humanas modernas possuem algumas estruturas anatômicas semelhantes a populações de Homo erectus que ali viveram no passado. Outra hipótese sustenta que uma pequena população relativamente isolada de seres humanos primitivos da África evoluiu até o Homo sapiens moderno e de lá se espalhou pela Europa, Ásia e restante do continente africano, desalojando as populações humanas primitivas que encontrava em seu caminho. Os cientistas defendem suas ideias baseando-se na análise do DNA de células de seres humanos de diferentes localidades do planeta.
   Independentemente de qual teoria esteja correta - se é que alguma delas está -, o fato é que os mais antigos fósseis já encontrados de seres humanos modernos datam de 130 mil anos e foram localizados na África. E de todas as espécies, o Homo sapiens foi a única que se espalhou e conquistou os cinco continentes do nosso planeta.
   Períodos da Pré-história humana 
   Do mesmo modo como a história foi dividida em períodos ou idades (Antiga, Média, Moderna e Contemporânea), os estudiosos realizaram uma periodização da Pré-história, embora esta seja constantemente questionada. A primeira periodização foi formulada pelo dinamarquês Christian Thomsen, num livro publicado em 1836. Segundo ele, a Pré-história se dividida em idade da Pedra Lascada, idade da Pedra Polida, idade do Bronze e idade do Ferro. Essa classificação foi depois substituída pela do inglês John Lubbock, que chamou de Paleolítico e de Neolítico o que, respectivamente, Thomsen denominara idade da Pedra Lascada e idade da Pedra Polida. Lubbock subdividiu, ainda, cada um dos períodos em fases inferior, média e superior. Atualmente, as duas classificações em geral são combinadas. Entretanto, os estudos pré-históricos propriamente ditos tendem a considerar mais os dois primeiros períodos, Paleolítico e Neolítico, do que os períodos subsequentes. 
   Técnicas e utensílios 
   As duas classificações se baseiam nas técnicas ou nos utensílios inventados pelo homem nas épocas focalizadas. Assim, quando se fala em Paleolítico (ou idade da Pedra Lascada), têm-se em vista instrumentos rudimentares de pedra, de madeira ou de osso. E, ao falarmos em Neolítico (ou idade da Pedra Polida), referimo-nos a instrumentos feitos com os mesmos materiais, porém mais sofisticados e mais elaborados. Em 1936, os estudos do cientista Vere Gordon Childe abriram novos caminhos para uma melhor com preensão da Pré-História. Ele propôs que esses períodos fossem considerados etapas da evolução do homem, que não se excluíam entre si, superando-se através de novas formas de produção. 
   Paleolítico: caçadores nômades 
  Aceitando a designação de Lubbock e as propostas de Childe, o período Paleolítico compreenderia os anos entre 4 milhões a.C. e 12000 a.C. Suas características são o nomadismo e a subsistência baseada na caça, mas também voltada para a pesca e a coleta de vegetais. Durante a caçada, os animais eram forçados em direção a desfiladeiros sem saída ou rumo a abismos, quando então caíam em armadilhas feitas em covas, onde havia paus pontiagudos. Como camuflagem, o homem dispunha principalmente de disfarces com peles e chifres de animais. Os instrumentos ou ferramentas usados cotidianamente eram de pedra, de madeira ou de osso, moldados a partir de golpes de um material mais resistente contra outro menos resistente. Essa técnica podia chegar a alguma sofisticação, com objetos tendo apenas uma de suas faces lascada ou afiada para tornarem-se mais adequados. São dessa época os "machados de mão", pedras trabalhadas para se tornarem cortantes, sem cabo. 
   Arte rupestre 
  Pouco se sabe sobre a quantidade populacional no Paleolítico, principalmente em virtude do nomadismo. Calcula-se, por exemplo, que em toda a área da atual Bélgica viviam apenas 400 pessoas. De acordo com sepulturas e esqueletos fossilizados nelas encontrados, imagina-se que a média de idade dos seres humanos no fim do período era de 26 anos. No plano artístico, é comum associar-se a arte à religião durante o Paleolítico, embora haja teorias atribuindo ao aumento demográfico o surgimento de tempo ocioso, empregado em pintura e em escultura. De qualquer modo, a arte pré-histórica ou rupestre refletia as preocupações de subsistência, através de representações da caça e da fertilidade (da terra e da mulher). 
   Neolítico: a revolução da agricultura 
   Supõe-se- que a humanidade tenha entrado num segundo estágio de sua evolução cultural entre 12000 a.C. e 6000 a.C., com a descoberta da agricultura, que passou a ser a principal fonte de subsistência. A agricultura levou ao sedentarismo e, simultaneamente, às primeiras tentativas de domesticação de animais (supõe-se que com cabras, porcos e carneiros, em regiões da Ásia). Os utensílios multiplicaram-se. Já não se tratava de simples "machados de mão" ou clavas, mas sim de vasos, estatuetas, fusos, contas, pilões. Surgiu também uma das peculiaridades do Neolítico: a cerâmica, possivelmente criada a partir do revestimento de betume que se colocava no interior de cestas de fibra para torná-las impermeáveis e próprias para o transporte de líquido. A resistência do betume, permanecendo após o desgaste das fibras, explicaria a tese. 
   Advento da escrita 
   O sedentarismo teria permitido também o aumento populacional e o surgimento de organizações sociais mais complexas, inclusive ocorrendo uma divisão social do trabalho e uma especialização de funções. Estudiosos admitem a existência de um poder organizado, com autoridades temporais e/ou religiosas. A etapa posterior é conhecida como Idade dos Metais, com o domínio de técnicas de manipulação do cobre e do bronze por parte do homem. É quando ocorre o surgimento de cidades, processo que Gordon Childe chama de Revolução Urbana. Por fim, veio o advento da escrita, que encerrou a Pré-história.
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/pre-historia-2-o-surgimento-do-ser-humano-e-os-periodos-pre-historicos.htm

   CIVILIZAÇÕES ORIENTAIS DA ANTIGUIDADE 
   As primeiras Civilizações do período histórico são as Civilizações agrícolas e mercantis da antiguidade oriental, que incluem, entre outros, os povos mesopotâmicos, os egípcios, os hebreus, os fenícios, os persas, os hindus e os chineses. No período histórico da Antiguidade já se torna possível uma análise mais apurada das atividades físicas, pois os povos tornam-se civilizados e muitas de suas atividades foram registradas por meio da escrita. 
   No Oriente as atividades físicas adquirem finalidades de ordem: Guerreira, Terapêutica, Esportiva, Educacional muitas vezes relacionados à religião. É com os CHINESES, HINDÚS, EGÍPCIOS, entre outros povos do oriente que começa realmente a História da Educação Física. Os dados históricos sobre a China datam, mais ou menos 3.000 anos a.C. Muitas das práticas desportivas que perduraram durante vários séculos, datam dessa época; Da mesma forma, os exercícios físicos com finalidades higiênicas e terapêuticas, surgiram nesse período, usados principalmente para combater as endemias. 
   Ginástica terapêutica CONG-FOU (homem que trabalha com arte, o GINASTA), teria surgido por volta de 2.700 a.C. Essa atividade consistia em uma série de posições nas quais o corpo era colocado durante certo tempo para que o paciente respirasse segundo certos métodos, indicados de acordo com a doença a tratar. 
   As atividades físicas entram em declínio na CHINA, quando filósofos e preceitos da religião budista, começam a incutir no povo uma filosofia de inação; O costume de sentar-se para meditar, para a conquista da saúde corporal e da tranquilidade mental, leva o povo chinês ao estilo de vida sedentário. 
   Merece destaque a Yoga, conjunto de exercícios ginásticos relacionados a doutrina, que objetiva a purificação do corpo e a identificação do homem com sua essência divina; Hatha-yoga, ginástica de posições com a utilização de uma respiração adequada. 
Povo que consagrava a realização de EXERCÍCIOS CORPORAIS e as PRÁTICAS HIGIÊNICAS; 
   As atividades físicas mais difundidas eram: 
  • Corridas; 
  • Equitação; 
  • Caça; 
  • Natação; 
  • e Luta. 
   As atividades físicas: natação, navegação e a pesca, se confundiam com as próprias necessidades do povo; A ginástica médica e as manobras de massoterapia constituem evidente influência das civilizações chinesa e hindu. 
   Podendo ser citadas ainda a esgrima e a equitação, como atividades muito praticada que a GINÁSTICA – Realizada s/ aparelhos prioriza: Flexibilização e Destreza. 
   Dentre os costumes, estavam os exercícios Gímnicos revelados nas pinturas das paredes das tumbas. A ginástica egípcia já valorizava o que se conhece hoje como CAPACIDADES FÍSICAS (equilíbrio, força, flexibilidade e resistência). Já usavam, embora rudimentares, materiais de apoio tais como tronco de árvores, pesos e lanças. 
   A LUTA parece ter sido uma das práticas favoritas; em um túmulo foram encontradas pinturas que reproduzem mais de 120 fases de jogos e de lutas corporal. A reprodução dos detalhes técnicos é tão perfeita que o artista, seguramente, estaria presente no local das atividades; As pinturas apresentam DANÇAS expressionistas, ginásticas, imitativas, guerreiras, satíricas, fúnebres e religiosas. 
  Muitos exercícios acrobáticos praticados hoje, já eram do domínio dos egípcios – grupos de profissionais convidados para as grandes festas. 
  Os jogos com bola eram muito praticados – nos MUSEUS do Cairo, Londres e Berlim, encontram-se bolas forradas de couro multicolorido.
   Povos Orientais da Antiguidade 
   A Civilização Mesopotâmica
> Atual Iraque. Uma terra entre os rios Tigre e Eufrates; O patesi era o representante de Deus em uma sociedade de base agrícola. 
> Sumérios: organizados em cidades-estados (Ur, Uruk, Nipur, Lagash), constituíam a base cultural da Mesopotâmia : astrologia, escrita zigurates,etc. 
> Acádios: Sargão I. - tentativa de unificação política. 
> Amoritas(Antigos babilônios): Código de Hamurábi ( Lei do talião: ―olho por olho, dente por dente mas as punições variavam de acordo com o grau social do infrator e da vítima).; 
> Assírios: militarismo e crueldade. Região de passagem, exército, solo árido. 
> Caldeus (Neo-babilônios): apogeu com Nabudodonosor. Escravizaram os judeus (Cativeiro babilônico) e realizaram grandes obras públicas como os Jardins Suspensos da Babilônia.
   Educação física dos mesopotâmicos
   Os mais antigos habitantes da Mesopotâmia foram os sumerianos (turaninos), vindo talvez do Turquestão. Só muito mais tarde aí se estabeleceram os Semitas. os quais assimilaram a religião e os costumes dos sumerianos, conservando porém a sua língua que impuseram aos vencidos. As duas raças fundiram-se, principalmente, na região da Caldéia, predominando, contudo na Assíria, o elemento semita.
   Admite-se que, na Mesopotâmia, tenha surgido a "Cunha da Humanidade", pelos
seguintes argumentos:
a) Nela apareceram os primeiros homens e se
multiplicaram até o Dilúvio universal;
b) Nela se reconstituíram os nossos ancestrais para logo se dispersar pelo mundo, ante
confusão dos idiomas, na
Torre de Babel; 
c) Nela todas as raças deixaram seus representantes.
   Atribui-se aos Assírios e Caldeus uma origem comum, de vez que viveram juntos, por espaço de como a fisionomia, a vestimenta, o culto, o idioma e a escrita; ambos tinham o corpo vigoroso, nariz grosso e olhos grandes que davam ao rosto uma muitos séculos, mantendo os mesmos caracteres,tais expressão de energia. Os assírios depois se separaram, desenvolvendo-se rapidamente e, a partir desse momento, assírios e caldeus adquiriram costumes completamente distintos.
   Sistema Educativo
   O sistema educativo compreendia, unicamente, o intelectual e o físico. Os povos mesopotâmicos viveram sempre em luta. A história da Babilônia, em relação à educação física, fornece-nos fracas informações, sabendo-se apenas que o povo era preparado severamente para a guerra e cultuava, em alto grau, os exercícios físicos, como um fator importante de desenvolvimento corporal; revela, também, por outro lado, a epopéia do Rei Gilgamesh, que foi um lendário rei de Uruk, descendente do Shamash-Napishtiom (salvo da arca que ficou imortal), sendo representado como alto, maciço, poderosamente forte e belo. Realizou feitos iguais aos que Hércules executou na Grécia. A educação física na Mesopotãmia era praticada sob os aspectos militar, médico e rítmico.
   Aspecto militar: 
   Compreendia os caracteres guerreiro, moral, Esportivo e econômico.
a) Cada cidadão era um soldado fisicamente treinado, vigoroso, impetuoso e valente;
b)Tornaram-se hábeis no manejo e emprego das armas;
c) Caráter guerreiro: em que a educação física era praticada, objetivando sua utilidade na guerra, atendendo ao estado de nômade guerreiro do povo, por Lutar, para eles, significava saquear e matar.
d) De preparação, ao ar livre: Individual: tiro ao alvo, comflechas; esgrima de sabre e bastão; lutas; lançamento 
   Caráter esportivo: compreendia atividade: Recreativas de Salão; Privadas: Xadrez, tric-trac e dama; Públicas: constituídas de espetáculos que foram um de dardo; equitação. Coletivo: jogos de bola e equestres. Em Muppur, perto da Babilônia, foi encontrado um relevo que representa uma Corrida de cavalos provando que o esporte hípico, nesta época era praticado, isto é, mais ou menos, há 7000 a. C. Na Mesopotâmia.
   Os exercícios físicos consistiam na preparação individual do homem em conduzir carros de guerra, equitação, natação, navegação, caça e atletismo, o que lhes desenvolvia, principalmente, as qualidades viris e morais.
Sumérios: os sumérios habitavam o sul da mesopotâmia, construíram grandes sistemas de irrigação e criaram a escrita cuneiforme feitos com auxílio de glifos em formato de cunha, o mais antigo tipo de escrita.
Acádios: Segundo Silva (2011)os acádios chegaram à mesopotâmia por volta de 2550 a.C. Os Acádios se estabeleceram e dominaram a região dos sumérios e criou novas cidades, sua principal era Acad, seu governante foi Sargão I. Seu povo vivia da agricultura e comércio, sua civilização acabou sendo saqueada e tomada pelos Amoritas.
Amoritas: foi o Primeiro Império Babilônico (2000 a.C,-1750 a.C) povo que vivia no deserto da Arábia. No início do segundo milênio a.C o povo Mesopotâmico se unificam e constitui um império cujo seu grande centro administrativo era na cidade de Babilônia nas margens do rio Eufrates. Seu principal governante Hammurabi, ele criou importantes leis que viraram códigos. Sumeriano, que apresenta uma série de penas para delitos domésticos, comerciais ligados a prosperidade, herança, escravidão e falsas acusações. Abalada com a morte de Hammurabi a civilização acabou, devido a várias invasões até a chegada dos assírios que a conquistou.
Assírios: era um povo de origem semita, composto por família de vários povos que compartilham as mesmas culturas. Suas conquistas se expandiram para além da Mesopotâmia chegando ao Egito, sua economia agregava impostos pagos pelas civilizações dominadas, essa e outras táticas de conquista e guerra foram suas principais contribuições, carregada de crueldades. Seu principal governante foi Sargão II.
   Mesmo com o exército o Império não conseguiu se sustentar e acabou destruído pela própria população que não gostava do regime ao qual estavam submetidos. E assim suscetível a invasões foram dominados pelos Caldeus.
   Civilização Egípcia
   Foi uma civilização da antiguidade oriental do Norte de África, concentrada ao longo ao curso inferior do rio Nilo, no que é hoje o país moderno do Egito. Era parte de um complexo de civilizações, as Civilizações do Vale do Nilo, dos quais as regiões ao sul do Egito (hoje no Sudão, Eritreia, Etiópia e Somália) são uma parte. Tinha como fronteira a norte o Mar Mediterrâneo, a oeste o deserto da Líbia, a leste o deserto Oriental Africano e a sul a primeira catarata do rio Nilo.
   A civilização egípcia se aglutinou em torno de 3150 a.C. com a unificação política do Alto e Baixo Egito, sob o primeiro faraó, e se desenvolveu ao longo dos três milênios. Sua história ocorreu três grandes reinos marcados pela estabilidade política, prosperidade económica e florescimento artístico, separados por períodos de relativa instabilidade conhecidos como Períodos Intermediários. O Antigo Egito atingiu o seu auge durante oI mpério Novo, uma era cosmopolita durante a qual o Egito dominou, graças às campanhas militares do faraó Tutmés III, uma área que se estendia desde Curgos (na Núbia, entre a quarta e quinta cataratas do rio Nilo) até ao rio Eufrates., após o que entrou em um período de lento declínio. O Egito foi conquistado por uma sucessão de potências estrangeiras, neste período final. O governo dos faraós terminou oficialmente em 31 a.C. quando o Egito caiu sob o Império Romano e se tornou uma província romana, após a derrota da rainha Cleópatra VII na Batalha de Ácio.
   A civilização egípcia foi umas das primeiras grandes civilizações da Humanidade e manteve durante a sua existência uma continuidade nas suas formas políticas, artísticas, literárias e religiosas, explicável em parte devido aos condicionalismos geográficos, embora as influências culturais e contatos com o estrangeiro tenha sido também uma realidade.
   O sucesso da antiga civilização egípcia foi causada em parte por sua capacidade de se adaptar às condições do Vale do rio Nilo. A inundação previsível e a irrigação controlada do vale fértil produziam colheitas excedentes, o que alimentou o desenvolvimento social e cultural. Com recursos de sobra, o governo patrocinou a exploração mineral do Vale e nas regiões do deserto ao redor, o desenvolvimento inicial de um sistema de escrita independente, a organização de construções coletivas e projetos de agricultura, o comércio com regiões vizinhas, e campanhas militares apara derrotar os inimigos estrangeiros e afirmar o domínio egípcio. Motivar e organizar estas atividades foi uma burocracia dos escribas de elite, líderes religiosos, e dos administradores sob o controle de um faraó que garantiu a cooperação e a unidade do povo egípcio, no âmbito de um elaborado sistema de crenças religiosas.
   Criação animal
  Os egípcios acreditavam que uma relação equilibrada entre pessoas e animais era um elemento essencial da ordem cósmica, assim os seres humanos, animais e plantas acreditavam serem membros de um todo. Animais, tanto domésticos como selvagens, foram, portanto, uma fonte essencial de espiritualidade, companheirismo, e sustento para os antigos egípcios. Os bovinos foram os animais mais importantes; a administração coletava impostos sobre o gado nos censos regulares, e o tamanho de um rebanho refletia o prestígio e a importância da propriedade ou do tempo que o possuía. Além do gado, os antigos egípcios apascentavam caprinos, ovinos e suínos. Aves como patos, gansos e pombos foram capturados em redes e foram criados em fazendas, onde foram alimentados à força com massa para engordá-los. As abelhas também foram domesticadas, pelo menos desde o Império Antigo, e elas forneciam tanto mel como cera. Também foram domesticados hienas e guepardos para a caça.
   Os egípcios usavam burros e bois como animais de carga, e eles foram responsáveis por lavrar os
campos e debulhar as sementes do solo. O abate de um boi gordo, era também uma parte central de um ritual de oferenda. Cavalos foram introduzidos pelos hicsos no segundo período intermediário, e o camelo, apesar de ser conhecido a partir do Império Novo, não foi usado como um animal de carga até a Época Baixa. Há também evidências que sugerem que os elefantes foram brevemente utilizados na Época Baixa, mas praticamente foram abandonados devido a falta de pastagens. Cães, gatos e macacos eram animais comuns de estimação, enquanto animais de estimação mais exóticos importados a partir do coração da África, como leões, estavam reservados para a realeza. Heródoto observou que os egípcios foram os únicos a manter seus animais com eles em suas casas. Durante o período pré-dinástico e nos período posteriores, o culto dos deuses em sua forma animal era extremamente popular, como a deusa gato Bastet e o deus íbis Thoth, e esse animais foram criados em grande número nas fazendas a fim de serem sacrificados.
   " Os egípcios foram muito ativos nas suas tentativas de domesticação de animais (...). Chegavam a experimentar hienas, antílopes, gruas e pelicanos! O gado maior - bois, asnos; (...) - servia em primeiro lugar para puxar o arado, para separar os grãos da palha e para o transporte. O cavalo era usado para puxar carros, e não montado. Vacas e bois eram usados também para a alimentação (carne, leite) e sacrificados aos deuses. (...) O gado menor compreendia ovelhas, cabras e porcos. (...) -Ciro Flamarion S. Cardoso. O Egito Antigo. São Paulo, Brasiliense, 1986."
   A civilização egípcia antiga
   Segundo Firmino (2013) uma região formada por um deserto, desenvolvida no nordeste africano as margens do rio Nilo, rio esse que ganhou uma extrema importância para os egípcios, pois era utilizado como via de transporte de mercadorias e pessoas através de barcos. Nessa época o faraó era autoridade máxima, sendo considerado como um Deus na terra, a população também era composta por escravos que na maioria das vezes eram capturados em guerras, e forçados a trabalharem muito e receberem apenas água e comida.
   Eles tinham a escrita que lhes era ensinado pelos sacerdotes, militares e escribas como algo de muita importância, pois permitia a divulgação de ideias, comunicação e controle de impostos. A economia egípcia era baseada principalmente na agricultura, que era realizada, nas margens férteis do rio Nilo. Os egípcios também praticavam o comércio de mercadorias e o artesanato. Os trabalhadores rurais eram constantemente convocados pelo faraó para prestarem algum tipo de trabalho em obras públicas (canais de irrigação, pirâmides, templos, diques).
   Uma região cheia de mito e crenças. Eles acreditavam na existência de vários deuses, e faziam festa e oferendas em homenagem com o objetivo de agradar os seres superiores, para que pudessem ajudá-los na guerra.
   Acreditavam também na vida após a morte, mumificavam os cadáveres dos faraós colocando-os em pirâmides, com o objetivo de preservar o corpo. A civilização egípcia destacou-se muito nas áreas de ciências. Desenvolveram conhecimentos importantes na área da matemática, usados na construção de pirâmides e templos. Na medicina, os procedimentos de mumificação, proporcionaram importantes conhecimentos sobre o funcionamento do corpo humano.
http://www.slideshare.net/celsofirmino/antiguidade-oriental-pdf
    A Civilização Hebraica
  Os hebreus são um povo nômade de origem semita que recebe posteriormente a denominação de judeu. Em 2000 a.C., sob a liderança do patriarca Abraão, os pastores hebreus migram da Mesopotâmia para a terra de Canaã, na Palestina. Em 1800 a.C., chefiados por Jacó, apelidado Israel (neto de Abraão), saem de Canaã e vão para o Egito, em 1700 a.C., onde são escravizados. Entre 1220 a.C. e 1180 a.C., voltam a Canaã em busca de um território guiados pelo patriarca Moisés, no episódio bíblico conhecido como Êxodo. De 1200 a.C. a 1010 a.C., as 12 tribos organizam-se numa confederação político-religiosa para defender seus santuários. A partir de 1010 a.C., o reino unificado expande-se, dominando todas as cidades-estados de Canaã.
   Praticam a agricultura, o pastoreio, o artesanato e o comércio. Têm por base social o trabalho de escravos e servos. As tribos são dirigidas de forma absoluta pelos chefes de família (patriarcas), que acumulam as funções de sacerdote, juiz e chefe militar. Com a unificação destas, a partir de 1010 a.C., elegem juízes para vigiar o cumprimento do culto e da lei. Depois se unem em torno do rei. Produzem uma literatura dispersa, mas importante, contida em parte na Bíblia e no Talmude. Criam a primeira religião monoteísta da história, o judaísmo, baseada nos Dez Mandamentos revelados a Moisés no monte Sinai.
   Os hebreus eram nômades Semita que se dedicavam ao pastoreio. Estavam organizados em clãs patriarcais (grupo ligados por laços de parentesco e de tradição), os quais possuíam como autoridade maior o patriarca, (chefe que ocupava os cargos de sacerdote, juiz e comandante militar).
   Os Hebreus são semitas que viviam em tribos nômades, conduzidas por chefes. Eles atravessam a Palestina na época de Hamurabi, penetram no Egito, retornam (o Êxodo) à Palestina e instalam-se aí entre os Hititas e os Egípcios, provavelmente nos inícios do século XII.
   A população hebraica era organizada em vários clãs patriarcais que eram tribos seminômades. Essas tribos familiares dedicavam-se à criação de gado em pastagem próximas a oásis espalhados pelo deserto da Arábia. Por influência de suas crenças religiosas os hebreus fundaram uma religião monoteísta baseada no culto ao Deus Jeová. Os hebreus seguiam a liderança de homens que eram escolhidos por Jeová e consideravam-se uma nação santa que deveria expandir a sua população pela terra, desse modo, as famílias eram muito numerosas em integrantes. As mulheres recebiam o papel de criar os filhos e manter o lar, enquanto os homens tinham a função de administrar as tribos e obter o sustento da família.
   A Civilização Fenícia 
  Os fenícios, chamados sidônios no Antigo Testamento e fenícios pelo poeta Homero, eram um povo de língua semítica, ligado aos cananeus da antiga Palestina. Fundaram as primeiras povoações na costa mediterrânea por volta de 2500 a.C. No começo de sua história desenvolveram-se sob a influência das culturas suméria e acádia da vizinha Babilônia. Por volta de 1800 a.C., o Egito, que começava a formar um império no Oriente Médio, invadiu e controlou a Fenícia, controlando-a até cerca de 1400 a.C. Por volta de 1100 a.C. os fenícios tornaram-se independentes do Egito e converteram-se nos melhores comerciantes e marinheiros do mundo clássico.
   A contribuição fenícia mais importante para a civilização foi o alfabeto. Atribui-se também a esta cultura a invenção da tinta de púrpura e do vidro. As cidades fenícias foram famosas por sua religião panteísta e seus templos eram o centro da vida cívica. A divindade fenícia mais importante era Astarté.
   A proximidade com o mar e o início das trocas agrícolas com os egípcios deu condições para que o comércio marítimo destacasse-se como um dos mais fortes setores da economia fenícia. Ao longo da faixa litorânea por eles ocupada surgiram diversas cidades-Estado, como Arad, Biblos, Tiro, Sídon e Ugarit. Em cada uma dessas cidades um governo autônomo era responsável pelas questões políticas e administrativas. Por volta de 100 a.C. – após o auge dos centros urbanos de Ugarit, Sídon e Biblos – a cidade de Tiro expandiu sua rede comercial sob as ilhas da Costa Palestina chegando até mesmo a contar com o apoio dos hebreus. Com a posterior expansão e a concorrência dos gregos, os comerciantes de Tiro buscaram o comércio com regiões do Norte da África e da Península Ibérica.
   Todo esse desenvolvimento mercantil observado entre os fenícios influenciou o domínio e a criação de técnicas e saberes vinculados ao intenso trânsito dos fenícios. A astronomia foi um campo desenvolvido em função das técnicas de navegação necessárias à prática comercial, ou seja a atividade física dessa época, era a Navegação!
   Os fenícios foi uma civilização que se estabeleceu onde encontra-se o Líbano , partes da Síria e de Israel . Pressupõe-se que eles chegaram a essa região por volta do século 30 a.C. Ao longo da costa do mar Mediterrâneo e em ilhas da região, os fenícios montaram várias cidades-estados independentes, como Biblos, Tiro e Tripolis , onde tiveram reconhecimento por volta do século 12 a.C., quando antigas potências que dominavam parte do Oriente Médio estavam enfraquecidos. Aproveitando a oportunidade, os fenícios transformaram suas cidades em importantes pólos comerciais.
   Não sendo eles grandes produtores de mercadorias, atuavam como importadores e exportadores da Antiguidade. Para fazer tantos negócios, os fenícios se especializaram em longas viagens marítimas. Graças a esse espírito comerciante-aventureiro estabeleceram pontos de colonização - que mais pareciam grandes mercados - em várias áreas do mar Mediterrâneo, como no norte da África e na costa da Itália e da Espanha.
   Uma das maiores heranças deixadas pelos fenícios foi o alfabeto com 22 letras consoantes, que mais tarde os gregos aperfeiçoaram, onde foram acrescentadas outra letras, influenciando o alfabeto latino, o que usamos atualmente .
   A Civilização Persa
   A Pérsia situava-se a leste da Mesopotâmia, no extenso planalto do Irã. Ao contrário das regiões vizinhas, possuía poucas áreas férteis. A partir do ano 2000 a.C., a região foi sendo ocupada por pastores e agricultores, vindos da Rússia, os quais se destacavam os medos, que se estabeleceram no norte, e os persas, no sul do planalto iraniano.
   O Império persa
   Os medos, desde o século VIII a.C., tinham estabelecido um exército forte e organizado, submetendo os persas a pagarem altos tributos. Isso durou até quando o príncipe persa Ciro, o Grande, liderou com sucesso uma rebelião contra os medos. Depois isso, Ciro foi aceito como o único imperador de todos os povos da planície iraniana.
   Para obter riquezas e desenvolvimento, Ciro deu início ao expansionismo persa. Em poucos anos, o exército persa apoderou-se de uma imensa área. Seus sucessores Cambises e Dário I deram continuidade a essa política, ampliando as fronteiras do território persa, que abrangeu desde o Egito ao norte da Grécia até o vale do rio Indo.
   Naturalmente, ocorriam diversas rebeliões separatistas promovidas pelos povos dominados. Para garantir a unidade do território e de seu poder, Dário I dividiu o Império persa em várias províncias, denominadas satrapias, nomeando os sátrapas, que eram altos funcionários, para poder administrar cada satrapia. O povo persa era um povo extremamente guerreiro, possuindo um grande exercito, e uma grande estrutura militar, possuindo varias tipos de guerreiros e táticas de guerra. Os guerreiros persas eram de vários tipos, guerreiros com escudos (infantaria), guerreiros em carruagens, cavaleiros de elite, tropas de elefantes, guerreiros de arco e muitos outros. Na sociedade persa a religião era o zoroatrismo, religião que defende o antagonismo entre as forças, ou seja, o bem e o mal, vários ritos eram feitos para cultuar os deuses.
   O império persa acabou sendo dizimado após um confronto direto com os gregos, sendo assim conquistados por Alexandre O grande.
   Civilização dos Hindus
  A Civilização Hindu é uma das sociedades mais antigas do mundo. Com a centralização comercial no Oriente Médio e em regiões estratégicas da Ásia, o território hoje ocupado pela Índia ficou distanciado dos demais povos e se manteve economicamente pelo comércio interno das especiarias até a era da Idade Média.
   Por volta de 2000 a.C., os dravidianos habitavam a Índia e cultivavam a terra para agricultura com avançadas técnicas de irrigação. Entretanto, no século XVIIII a.C., as tribos arianas invadiram o território hindu e enfrentaram, sem resistência, a população local.
   Os arianos formaram uma nova sociedade hindu, criando hierarquias políticas e religiosas das quais os dravidianos não tinham acesso. O antigo povo foi escravizado e organizado em castas inferiores – os dravidianos eram totalmente submissos e não tinham a possibilidade de mudar de classe social.
   Desde a Antiguidade o povo hindu teve forte proximidade com a religião. Com a invasão dos arianos, os superiores pensavam estar conectados ao deus superior Brahma.
   As castas eram divididas da seguinte maneira:
Brâmanes: sacerdotes que representavam a maior autoridade social e acreditavam ser parte do cérebro do deus Brahma.
Xátrias: guerreiros que ficavam encarregados de vigiar as castas inferiores e lhe punirem com severos castigos, como submetê-los aos mais humilhantes trabalhos forçados. Também tinham grande força política.
Vaixias: comerciantes e artesãos que movimentavam a economia local.
Sudras: servos, geralmente dravidianos, que serviam aos superiores.
Párias: considerada a escória da sociedade, estavam relegados aos piores trabalhos forçados.
   Indignado com a tirania dos brâmanes, no século VI a.C. Buda saiu da região do Nepal e decidiu acabar com séculos de escravização do povo hindu. Ficou recluso por mais de seis anos, onde descobriu a necessidade humana de libertar-se para poder viver em paz consigo mesmo. Sua doutrina ficou conhecida como budismo e foi amplamente difundida pelas classes mais pobres.
   Buda acreditava que a vida chegava ao fim, mas a alma era eterna. Quando uma pessoa vinha a falecer, a alma se separava do corpo e transitava entre humanos e animais, dependendo de suas ações durante a vida. Se continuasse praticando o bem, atingiria um estágio superior, o Nirvana, onde encontraria a paz e a tranquilidade supremas.
   O budismo conquistou novos adeptos após a morte de Buda. Hoje, ela é uma das principais religiões do mundo, expandindo sua influência para regiões da China, Japão e toda a Ásia.
   A civilização hindu com certeza é uma das mas antigas do mundo, onde ocupou o território que hoje seria da Índia onde se manteve distanciado dos demais povos mas com uma economia forte.
   Eles tinham técnicas avançadas de agricultura e irrigação, no entanto, por volta do século XVIIII a.C as tribos arianas invadiram seus territórios sem enfrentar muita resistência. Desde a Antiguidade o povo hindu teve forte proximidade com a religião,. Com a invasão dos arianos, os superiores pensavam estar conectados ao deus superior Brahma.
   As castas eram divididas da seguinte maneira:
Brâmanes: sacerdotes que representavam a maior autoridade social e acreditavam ser parte do cérebro do deus Brahma.
Xátrias: guerreiros que ficavam encarregados de vigiar as castas inferiores e lhe punirem com severos castigos, como submetê-los aos mais humilhantes trabalhos forçados. Também tinham grande força política.
Vaixias: comerciantes e artesãos que movimentavam a economia local.
Sudras: servos, geralmente dravidianos, que serviam aos superiores.
Párias: considerada a escória da sociedade, estavam relegados aos piores trabalhos forçados.
   CIVILIZAÇÃO CHINESA
   Ás margens do Rio Huang Ho nasceu uma das civilizações mais antigas do mundo, a Civilização Chinesa. Acreditasse que por volta de 5000 a.C a China Antiga era habitada por povos bastantes evoluídos. Os primitivos chineses praticavam a agricultura e domesticavam carneiros, porcos, bois e cachorros. As águas do Rio Huang Ho, o Rio Amarelo foi essencial para o desenvolvimento da Civilização Chinesa. A arte também, era bastante evoluída chegando aos seu apogeu no Período da Cultura Long Shan (2500a.C -1900a.C) Em meados de 1500 a.C foi criado o Império do Centro governado Pelo Filho do Céu, representante de Deus na terra e que exercia a função de chefe político religioso. Com a criação da unidade política surge também as primeiras Cidades Palácios, comunidades rodeadas por muralhas. A sociedade era dividida em dois grupos extremos que são:
Nobres - Grupo de pessoas que descendiam de um grande Clã Ancestral. Eram grandes proprietários de terras.
Camponeses - pessoas que viviam no campo e responsáveis pelo cultivo das terras agrícolas. Eram os camponeses que sustentavam o luxo da nobreza.
   A agricultura foi a principal atividade econômica da China Antiga. Com o crescimento da Civilização Chinesa a sociedade passou a ser dividida em 4 grupos distintos.
1. Imperadores, Nobres e Altos Funcionários
2. Artesãos, Mercadores e Letrados
3. Camponeses
4. Escravos
   Com o passar dos séculos o Império Central foi enfraquecendo-se. Na Dinastia Xia o território chinês foi dividido em 9 províncias. Com a autonomia política adquirida as províncias chinesas passaram a disputar o poder central. Por volta de 1760 a.C a província Shang governada por Chengtang conseguiu submeter as outras províncias sob o seu domínio.
https://sites.google.com/site/historiaeducacaofisica/

   GRÉCIA ANTIGA 
  Os gregos contribuíram muito para o mundo ocidental, verificamos a presença deste povo nas artes, nos princípios éticos e políticos. Os primeiros povos a ocupar a Grécia foram os Pelasgos em 2000 a.C., porém depois seu território foi invadido por povos indo-europeus conhecidos também como helenos.
    A chegada destes povos foi decisiva para a história política da Grécia, porém eles não realizaram uma ocupação uniforme no território grego.
  Com esses povos se iniciavam os tempos homéricos. Homero é o suposto autor das obras "Ilíada" e "Odisseia", essas obras são grande fonte de referência histórica para se conhecer esse período.
    CARACTERÍSTICAS DO PERÍODO HOMÉRICO 
> Tradição e religião eram grande fonte de poder;
> Autoridade nas mãos do mais velho;
> Valorização da coragem na guerra;
> Cultivo coletivo da terra e a produção era repartida entre todos;
   Com o crescimento da população e o consequente aumento do consumo de alimentos, houve a necessidade de terras mais férteis para aumentar a produção, o que causou várias disputas que acabaram por romper o processo de repartição coletiva.
   CONSEQÜÊNCIAS DESSAS DISPUTAS 
> Rompimento da repartição coletiva
> Desigualdade social
> Migrações: alguns deixavam a Grécia para fundar colônias em outras regiões; outros passaram a viver do comércio e artesanato; outros, ainda tornaram-se pequenos agricultores.
> As unidades políticas se ampliaram até formarem as cidades-Estados.
   AS CIDADES-ESTADOS 
   ESPARTA 
   Características:
> Legislação severa
> Militarismo
> Estrutura social rígida. Dividia a sociedade em 3 grupos.
> Elite: eram os espartanos ou esparciatas. Por serem os únicos considerados cidadãos, podiam controlar a religião a política e os assuntos militares.
- Periecos: eram livres e se dedicavam ao comércio e ao artesanato.
- Hilotas: prisioneiros de guerra, eram a maioria da população.
   Os espartanos temiam rebeliões dos hilotas, por esta razão fizeram da cidade um verdadeiro campo militar.
   Aos sete anos, os meninos passavam a pertencer ao Estado e eram educados para a guerra, se desobedecessem eram punidos. Toda essa submissão causava transtornos entre as famílias, pois o cidadão espartano servia ao exército até os 60 anos.
   O governo espartano era monárquico: dois reis comandavam os exércitos e representavam os interesses das principais famílias espartanas.
   ATENAS
   Características
- Sociedade dividida em 3 grupos
- cidadãos: eram os proprietários de terra e o grupo mais poderoso.
- metecos: estrangeiros que se envolviam com o comércio e artesanato.
- escravos: não tinham direito político, assim como as mulheres.
- comércio ativo: exportavam: vinho, azeite, artesanato. Importavam: cobre, ferro e trigo.
   Antes de se tornar uma Democracia (leia mais sobre a democracia ateniense), Atenas conheceu a monarquia, oligarquia ( governo de poucas pessoas, pertencentes ao mesmo partido, classe ou família) e a tirania.
   LÍDERES 
Drácon (legislador)
Sólon (legislador)
Pisístrato (tirano)
Hípias (tirano) Hiparco (tirano)
Iságoras (último tirano)
Clístenes (sob seu comando, Atenas entrou em um período de reformas políticas que beneficiavam os mais pobres)
   Nos séculos V e IV a.C.(Período Clássico), os gregos se envolveram em várias guerras.
1) Guerras Médicas: lutaram contra os persas, pois estes haviam construído um império que ameaçava as colônias gregas.
2) Guerra do Peloponeso (Atenas X Esparta): Esparta saiu vencedora.
3) Tebas X Esparta: Tebas saiu vencedora.
 CONSEQUÊNCIAS DESSAS GUERRAS
- Enfraquecimento das cidades gregas
- Enfraquecimento bélico
   OS GREGOS E OS MACEDÔNIOS 
   Os Macedônios viviam no norte da Grécia, sem acesso para o mar, isolados geograficamente, porém com a ascensão de Filipe II ao poder, organizaram um exército e iniciaram uma campanha militar no intuito de conseguir uma saída para o mar - essa atitude os levou à conquista da Grécia em 338 a.C.
   Foi com Alexandre - O Grande, que o Império Macedônico expandiu-se ainda mais. Alexandre derrotou os persas e os fenícios, chegando a invadir a Mesopotâmia e a dominar o extenso território que ia do mar Mediterrâneo até o rio Indo.
   O império macedônico reunia traços ocidentais e orientais, ou seja, era marcado pela variedade cultural. Vários conhecimentos resultaram desse intercâmbio cultural, dentre eles a filosofia.
   A mistura de hábitos, ideias e religiões dos povos que viviam sob o domínio macedônio ficou conhecido como cultura helenística.
   Havia também uma preocupação com a existência humana e a vontade de ter uma vida mais tranquila. Qual o papel do indivíduo no mundo?
   CULTURA GREGA 
   Mitologia 
Características
- A mitologia grega incluía deuses, semideuses e heróis.
- Seus deuses tinham emoções parecidas com os seres-humanos, porém eram imortais. Zeus era o soberano do Olimpo (situado ao norte da Grécia).
- Alguns deuses eram homenageados em templos.
- Os gregos não se preocupavam com a vida após a morte.
- Corpos eram cremados e os cultos eram baseados em sacrifícios humanos.
- Outra forma de homenagear os deuses eram nos jogos pan-helênicos e nas Olimpíadas, feitas em homenagem a Zeus.
- A mitologia grega trazia ensinamentos e exemplos para a reflexão.Os gregos procuravam fornecer explicações para os mistérios da natureza e dos sentimentos humanos.
   Arte
   Era centrada no homem, ou seja, era antropocêntrica.
  Exemplos de artistas
- Escultura: Fídias, Míron e Praxíteles, são os mais conhecidos, porém o primeiro foi o mais atuante.
- Teatro: Ésquilo ("Prometeu acorrentado"), Sófocles ("Édipo rei"), Eurípedes ("Medéia") e Aristófanes ("As nuvens" e "As rãs").
- Poesia: Homero. Suposto autor da "Ilíada" e "Odisséia". A "Ilíada" narra a Guerra de Troia e a "Odisséia" conta as aventuras de Ulisses ao voltar para casa após o término dessa guerra. Outros autores: Hesíodo, Heródoto e Tucídides.
- Filosofia: Pitágoras, Sócrates, Platão e Aristóteles.
   A Grécia fez importantes contribuições ao campo da arte, da literatura e da filosofia: seus escultores e arquitetos, poetas e dramaturgos, filósofos e legisladores lançaram as bases longínquas de toda a cultura ocidental; suas colônias estenderam-se até o mar Negro, norte da África e sul da Itália e França, mas a constante rivalidade, sobretudo entre Esparta e Atenas, acabou enfraquecendo a civilização grega permitindo a sua conquista por Filipe da Macedônia em 338 a.C.   Seu filho, Alexandre, O Grande difundiu largamente a civilização helênica, como citado anteriormente.
http://www.infoescola.com/historia/grecia-antiga/

    ROMA ANTIGA
   A antiga cidade de Roma foi o centro de um dos maiores e mais poderosos impérios que o mundo já conheceu. O Império Romano tinha sua sede no lugar em que hoje fica a Itália. Ao conquistar mais terras e povos, sua influência se espalhou pela Europa ocidental e além dela.
   Cultura romana
  A Roma antiga deu muitas contribuições duradouras para a cultura mundial, mas também absorveu o conhecimento dos povos que conquistou. Assim, por exemplo, muitas das suas ideias sobre arte foram tomadas dos gregos antigos. Muitos dos deuses cultuados pelos romanos eram divindades gregas que eles renomeavam. Mais tarde, Roma adotou o cristianismo, religião vinda do Oriente Médio.
   A pintura, a escultura e outras formas de arte foram importantes para os romanos. Seus arquitetos construíram prédios enormes, como o Coliseu, fundamentais para a vida romana.
   Os escritores romanos dedicaram-se à história, ao teatro e à poesia. Do latim, que era a antiga língua romana, muitos outros idiomas derivaram. Conhecidos como línguas latinas, eles compreendem o francês, o espanhol, o português, o italiano e o romeno, além de outros menos falados. Hoje em dia, é com o alfabeto latino que escrevemos, não só nos idiomas derivados do latim mas em muitas outras línguas, como o finlandês, o inglês e o turco.
    História
   A monarquia
   De acordo com a lenda, dois irmãos gêmeos chamados Rômulo e Remo fundaram Roma no ano 753 a.C. Pouco antes de 600 a.C., guerreiros da Etrúria, região ao norte de Roma, atacaram a cidade. Esses guerreiros, chamados etruscos, conquistaram Roma, que se desenvolveu gradualmente sob seu domínio. Mais ou menos no ano 509 a.C., os romanos forçaram o último rei etrusco a deixar a cidade. Então Roma tornou-se uma república, o que significa que o povo romano passou a eleger seu governo.
    A república
   Os governantes romanos mais importantes eram chamados cônsules. Assembleias de cidadãos adultos romanos do sexo masculino indicavam esses cônsules, que eram dois e nos primeiros tempos só podiam ser escolhidos entre os patrícios (membros das famílias da classe superior).
   Os membros do Senado, chamados senadores, eram também patrícios e se reuniam num prédio público chamado Fórum. Eles davam conselhos aos cônsules e os assessoravam. Com o passar dos anos, o Senado tornou-se mais poderoso.
   Naturalmente, os romanos não eram em sua maioria patrícios, mas sim plebeus — como se chamava a gente comum do povo. Os plebeus se revoltaram no ano 494 a.C. e foram adquirindo mais poder gradualmente. Em 367 a.C., um dos cargos de cônsul foi reservado a eles. Começava aí o sistema de representação popular nos órgãos governamentais.
   Roma sofreu alguns reveses ao expandir lentamente seu território. Em 390 a.C., um povo do norte, os gauleses, tomou a cidade e só a deixou quando os romanos lhes deram uma grande quantidade de ouro. Outro grupo, os sâmnios, derrotou os romanos em 321 a.C. De modo geral, contudo, as conquistas romanas não podiam ser contidas. No ano 275 a.C., Roma tinha forçado os gregos a abrir mão das suas colônias na Itália. Em 260 a.C., o último rival de Roma que ainda sobrevivia no Mediterrâneo ocidental era a cidade de Cartago, no norte da África. Durante mais de um século os romanos lutaram contra Cartago, tentando ampliar seu poder. Foram necessárias três guerras — chamadas Guerras Púnicas — para as forças romanas destruírem totalmente essa cidade em 146 a.C.
   Roma voltou-se então para outras áreas, entre elas a Sicília, a Macedônia, a Espanha, a Grécia e a Ásia Menor (onde hoje fica a Turquia). Governantes chamados procônsules administravam a maior parte das terras conquistadas, concentrando muito poder em suas mãos. Os romanos cobravam altos impostos dos povos conquistados e escravizaram muitos deles.
   O Império
   No ano 133 a.C., Roma entrou num período de inquietação e guerra civil. Na Itália, em 90 a.C., alguns povos se rebelaram contra o seu domínio rigoroso. De 73 a 71 a.C., Espártaco, um gladiador (lutador profissional), comandou um exército de escravos fugidos que empreendeu uma grande revolta contra Roma. Essas duas rebeliões foram sufocadas.
   Enquanto isso, o Império Romano continuava a se expandir. Seu general mais bem-sucedido foi Júlio César. Ele conquistou vitórias em regiões distantes e depois ascendeu ao poder em Roma. Contudo, seus inimigos o assassinaram em 44 a.C., iniciando outro período de guerra civil.
   A paz veio finalmente sob o comando do sobrinho-neto de Júlio César, Otaviano. No ano 30 a.C., ele derrotou seus rivais na luta pelo poder, principalmente o general romano Marco Antônio e a grande aliada deste, a rainha egípcia Cleópatra. Otaviano foi coroado primeiro imperador de Roma no ano 27 a.C., tornando-se conhecido como César Augusto, ou simplesmente Augusto.
  Seguiram-se dois séculos de paz e progresso. As fronteiras do império expandiram-se até a Bretanha e a península Arábica. Os romanos construíram estradas, pontes e aquedutos por todo o seu vasto império. E também levaram suas leis para as terras conquistadas.
   O imperador Tibério governou de 14 a 37 d.C., e foi durante esse período que o governo romano na Palestina condenou Jesus à morte. Alguns dos seguidores de Jesus, chamados cristãos, criaram posteriormente uma comunidade em Roma. A princípio os romanos não aceitaram a religião cristã, e por isso perseguiram e mataram muitos cristãos. Mas em 312 o imperador Constantino I converteu-se ao cristianismo, que com o tempo se tornou a principal religião do Império Romano.
   A queda
   Nesse meio-tempo, o império estava se enfraquecendo. Constantino achava que podia fortalecê-lo se deslocasse o seu centro para longe de Roma. Em 330, ele criou uma nova capital do Império Romano junto à cidade grega de Bizâncio, que batizou de Nova Roma e logo depois recebeu o nome de Constantinopla.
   Após a morte do imperador Teodósio I, em 395, o Império Romano se dividiu em dois: o Império Romano do Oriente, com sede em Constantinopla, e o Império Romano do Ocidente, cuja capital era Roma. Muitos grupos de povos não romanos, entre eles os vândalos e os hunos, atacaram o Império Romano do Ocidente. Um povo chegado do norte da Europa, os visigodos, atacou a cidade de Roma em 410. O último imperador ocidental caiu em 476. Com isso, o Império Romano do Ocidente acabou. O Império Romano do Oriente continuou, com o nome de Império Bizantino, até 1453.
http://escola.britannica.com.br/article/482393/Roma-antiga

   IDADE MÉDIA
   Introdução
   A Idade Média teve início na Europa com as invasões germânicas (bárbaras), no século V, sobre o Império Romano do Ocidente. Essa época estende-se até o século XV, com a retomada comercial e o renascimento urbano. A Idade Média caracteriza-se pela economia ruralizada, enfraquecimento comercial, supremacia da Igreja Católica, sistema de produção feudal e sociedade hierarquizada.
   Estrutura Política
 Prevaleceu na Idade Média as relações de vassalagem e susserania. O suserano era quem dava um lote de terra ao vassalo, sendo que este último deveria prestar fidelidade e ajuda ao seu suserano. O vassalo oferecia ao senhor, ou suserano, fidelidade e trabalho, em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. As redes de vassalagem se estendiam por várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso.
   Todo os poderes jurídico, econômico e político concentravam-se nas mãos dos senhores feudais, donos de lotes de terras (feudos).
    Sociedade Medieval
  A sociedade era estática (com pouca mobilidade social) e hierarquizada. A nobreza feudal (senhores feudais, cavaleiros, condes, duques, viscondes) era detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses. O clero (membros da Igreja Católica) tinha um grande poder, pois era responsável pela proteção espiritual da sociedade. Era isento de impostos e arrecadava o dízimo. A terceira camada da sociedade era formada pelos servos (camponeses) e pequenos artesãos. Os servos deviam pagar várias taxas e tributos aos senhores feudais, tais como: corvéia (trabalho de 3 a 4 dias nas terras do senhor feudal), talha (metade da produção), banalidades(taxas pagas pela utilização do moinho e forno do senhor feudal).
Economia Medieval
   A economia feudal baseava-se principalmente na agricultura. Existiam moedas na Idade Média, porém eram pouco utilizadas. As trocas de produtos e mercadorias eram comuns na economia feudal. O feudo era a base econômica deste período, pois quem tinha a terra possuía mais poder. O artesanato também era praticado na Idade Média. A produção era baixa, pois as técnicas de trabalho agrícola eram extremamente rudimentares. O arado puxado por bois era muito utilizado na agricultura
   Religião na Idade Média
   Na Idade Média, a Igreja Católica dominava o cenário religioso. Detentora do poder espiritual, a Igreja influenciava o modo de pensar, a psicologia e as formas de comportamento na Idade Média.    A igreja também tinha grande poder econômico, pois possuía terras em grande quantidade e até mesmo servos trabalhando. Os monges viviam em mosteiros e eram responsáveis pela proteção espiritual da sociedade. Passavam grande parte do tempo rezando e copiando livros e a Bíblia.
   Educação, cultura e arte medieval
  A educação era para poucos, pois só os filhos dos nobres estudavam. Esta era marcada pela influência da Igreja, ensinando o latim, doutrinas religiosas e táticas de guerras. Grande parte da população medieval era analfabeta e não tinha acesso aos livros.
  A arte medieval também era fortemente marcada pela religiosidade da época. As pinturas retratavam passagens da Bíblia e ensinamentos religiosos. As pinturas medievais e os vitrais das igrejas eram formas de ensinar à população um pouco mais sobre a religião.
  Podemos dizer que, no geral, a cultura medieval foi fortemente influenciada pela religião. Na arquitetura destacou-se a construção de castelos, igrejas e catedrais.
 No campo da Filosofia, podemos destacar a escolástica (linha filosófica de base cristã), representada pelo padre dominicano, teólogo e filósofo italiano São Tomás de Aquino.
   As Cruzadas
  No século XI, dentro do contexto histórico da expansão árabe, os muçulmanos conquistaram a cidade sagrada de Jerusalém. Diante dessa situação, o papa Urbano II convocou a Primeira Cruzada (1096), com o objetivo de expulsar os "infiéis" (árabes) da Terra Santa. Essas batalhas, entre católicos e muçulmanos, duraram cerca de dois séculos, deixando milhares de mortos e um grande rastro de destruição. Ao mesmo tempo em que eram guerras marcadas por diferenças religiosas, também possuíam um forte caráter econômico. Muitos cavaleiros cruzados, ao retornarem para a Europa, saqueavam cidades árabes e vendiam produtos nas estradas, nas chamadas feiras e rotas de comércio. De certa forma, as Cruzadas contribuíram para o renascimento urbano e comercial a partir do século XIII. Após as Cruzadas, o Mar Mediterrâneo foi aberto para os contatos comerciais.
   As Guerras Medievais
  A guerra na Idade Média era uma das principais formas de obter poder. Os senhores feudais envolviam-se em guerras para aumentar suas terras e o poder. Os cavaleiros formavam a base dos exércitos medievais. Corajosos, leais e equipados com escudos, elmos e espadas, representavam o que havia de mais nobre no período medieval. Peste Negra ou Peste Bubônica
  Em meados do século XIV, uma doença devastou a população europeia. Historiadores calculam que aproximadamente um terço dos habitantes morreram desta doença. A Peste Negra era transmitida através da picada de pulgas de ratos doentes. Estes ratos chegavam à Europa nos porões dos navios vindos do Oriente. Como as cidades medievais não tinham condições higiênicas adequadas, os ratos se espalharam facilmente. Após o contato com a doença, a pessoa tinha poucos dias de vida. Febre, mal-estar e bulbos (bolhas) de sangue e pus espalhavam-se pelo corpo do doente, principalmente nas axilas e virilhas. Como os conhecimentos médicos eram pouco desenvolvidos, a morte era certa. Para complicar ainda mais a situação, muitos atribuíam a doença a fatores comportamentais, ambientais ou religiosos.
   Revoltas Camponesas: as Jacqueries
  Após a Peste Negra, a população europeia diminuiu muito. Muitos senhores feudais resolveram aumentar os impostos, taxas e obrigações de trabalho dos servos sobreviventes. Muitos tiveram que trabalhar dobrado para compensar o trabalho daqueles que tinham morrido na epidemia. Em muitas regiões da Inglaterra e da França estouraram revoltas camponesas contra o aumento da exploração dos senhores feudais. Combatidas com violência por partes dos nobres, muitas foram sufocadas e outras conseguiram conquistar seus objetivos, diminuindo a exploração e trazendo conquistas para os camponeses.

    FEUDALISMO 
   Estudar o feudalismo é conhecer a fundo o modo como viviam as pessoas no período medieval. O feudalismo pode ser definido como um modo de produção, ou seja, a forma pela qual as pessoas faziam produtos necessários à sua sobrevivência. Também é entendido como um sistema de organização social, estabelecendo como as pessoas se relacionavam entre si e o lugar que cada uma delas deveria ocupar na comunidade.
   O feudalismo consolidou-se a partir do século 8 e teve seu período de maior desenvolvimento até o século 10. Depois disso, esse modelo de sociedade ainda sobreviveu em alguns reinos europeus até o século 15, no final da Idade Média. Mas, para entendermos como ele surgiu, é necessário voltarmos ao próprio início da época medieval.
   O fim do Império Romano 
   O marco do início da Idade Média foi a desagregação do Império romano do Ocidente, sediado em Roma, no século 5. Esse Império estava passando por sucessivas crises econômicas, devido à falta de escravos, e seu prestígio político declinava, devido a seu enfraquecimento militar e às invasões de povos bárbaros aos seus domínios.
   Isolamento e proteção dos feudos 
  Assim, povos como os germanos (do Norte da Europa), os hunos (da Ásia), os vândalos (da África), além de húngaros e vikings (da Europa oriental) estavam atacando diversos pontos dos domínios romanos. Em 476, Odoacro, rei de um desses povos invasores, derrubou o imperador de Roma. A partir de então, os diversos povos, antes conquistados por Roma, passaram a se organizar em reinos, condados e povoados isolados, para se protegerem dos ataques dos estrangeiros. Esse isolamento também se estendia à área econômica, levando-os a manter basicamente uma produção para consumo próprio.
   A população mais pobre, que vivia de trabalhos no campo, passou a submeter-se aos interesses dos poderosos de uma região, em troca de proteção contra esses ataques externos. Poder, no caso, significava a posse de armas e o comando de soldados. O estabelecimento dessa proteção dos mais poderosos aos pobres, em troca da lealdade, foi adotado pelos povos germanos, que foram dominando grande parte do extinto Império romano do ocidente.
   Com o passar dos séculos, os camponeses foram se tornando cada vez mais dependentes desses senhores. Assim, os trabalhadores do campo, além de entregarem os produtos que cultivavam aos seus protetores, passaram a dar-lhes suas terras e oferecerem seus serviços para outras atividades. Com isso, grande parte dos camponeses tornaram-se servos.
    Servidão: uma escravidão mais branda 
   A servidão era uma espécie de escravidão mais branda, pois, ainda que os servos não fossem vendidos, estavam obrigados por toda a vida a entregarem produtos e prestarem serviços a seus senhores. Além disso, não eram proprietários das terras em que trabalhavam, pois estas lhes eram "emprestadas" pelos senhores. A servidão era transmitida dos pais para os filhos, assim como os títulos de nobreza também eram hereditários.
   Por sua vez, os nobres poderosos eram os chamados senhores feudais. Tinham esse nome em função do tipo de propriedade que possuíam os feudos. Estes eram extensas propriedades de terras, mantidas isoladas para garantir a proteção das pessoas que ali viviam dos ataques de inimigos externos. Essas unidades eram supridas com uma produção de alimentos quase autossuficiente, ou seja, produzida pelos próprios moradores, na medida de suas necessidades de consumo. No plano dessas relações servis, havia diversos tipos de impostos que os servos tinham que pagar aos seus senhores, incluindo também os serviços que prestavam a eles. Desse modo, no manso senhorial - que eram as terras do feudo de uso do senhor e representavam um terço da área total - os servos tinham que trabalhar vários dias por semana, numa prática chamada de corveia.
   Impostos e taxas do feudo 
   No manso servil - que eram as terras pertencentes ao feudo, de uso dos camponeses, mas não de sua propriedade - parte do que era produzido ia para o senhor feudal. Essa taxa ficou conhecida como talha. Como os senhores feudais não deixavam escapar nenhuma oportunidade de cobrança de taxas ou impostos, os servos também pagavam a banalidade, um imposto pelo uso dos fornos e moinhos que o senhor controlava.
   Havia também um pagamento relativo ao número de servos que moravam nos feudos, e era cobrado individualmente, "por cabeça" (ou em latim per capita): era a capitação. Por fim, o imposto da mão morta é uma demonstração cabal de até onde podia chegar a exploração dos senhores feudais sobre os servos, pois, além de herdar a servidão dos pais, quando estes morriam, os filhos ainda deveriam pagar mais essa taxa, para continuarem servindo ao mesmo senhor.
   Mas não eram somente servos e senhores feudais que viviam em função dos feudos. Havia também homens livres e vilões (moradores de vilas, ou pequenas povoações). Estes eram pessoas pobres, que, para terem direito de plantar e colher em suas terras trabalhavam também no manso senhorial, pagando ao senhor a corveia.
   Susserania e vassalagem 
  Os vilões e homens livres contribuíam com um outro imposto, o censo, baseado no número de indivíduos que compunham essa população livre. A novidade do censo é que ele era o único pago em dinheiro, já que todos os outros tributos consistiam em serviços ou produtos agrários. Isso evidencia o quanto era pequena a circulação de moedas na Europa, durante esse período.
   Por fim, além do aspecto econômico dessas relações sociais, havia também práticas políticas e simbólicas dentro da sociedade medieval. Assim, os acordos entre os mais e os menos poderosos chamavam-se susserania e vassalagem. Dessa forma, os pobres tornavam-se vassalos dos senhores, que, por sua vez, eram chamados de suseranos. Essas relações de proteção e lealdade também ocorriam dentro da nobreza, quando um nobre mais pobre se tornava vassalo de um senhor mais rico e de maior prestígio.
   Havia vários ritos entre os nobres para celebrar esse pacto de fidelidade. No momento da assinatura do termo de doação de terras ou concessão de favores do suserano (senhor mais rico) ao vassalo (senhor mais pobre) um beijo entre os dois poderia selar o acordo, além de o vassalo ajoelhar-se perante o suserano. Podia-se receber também a investidura, que era um ramo de folhas ou outro objeto entregue pelo suserano ao vassalo. As investiduras funcionavam como símbolo das terras que a eles estavam sendo concedidas.
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/revolucao-industrial-evolucao-tecnologica-transforma-as-relacoes-sociais.htm

    RENASCIMENTO CULTURAL – REFORMA E CONTRA-REFORMA 
   O Renascimento foi um movimento histórico ocorrido inicialmente na Itália e difundido pela Europa entre os séculos XV e XVI. Foi caracterizado pela crítica aos valores medievais e pela revalorização dos valores da Antiguidade Clássica (greco-romana ).
  Foi na cidade de Florença que os textos clássicos passaram a ser estudados e as ideias renascentistas difundiram-se para outras cidades italianas e, posteriormente, para outras regiões da Europa.
    Itália no século XV 
  O berço do Renascimento foi a Itália em virtude de uma série de fatores: -Intenso desenvolvimento comercial das cidades italianas que exerciam o monopólio sobre o comércio no mar Mediterrâneo;
-Desenvolvimento e ascensão de uma nova classe social
-a burguesia comercial - que passava a difundir novos hábitos de consumo;
-O urbanismo e a disseminação do luxo e da opulência;
-Influência da cultura grega, através do contato comercial das cidades italianas com o Oriente, especialmente Constantinopla;
-O Mecenato, prática exercida pelos burgueses, príncipes e papas, de financiar os artistas, procurando mostrar o poderio da cidade e ampliar o prestígio pessoal;
-A vinda de sábios bizantinos para a Itália após a conquista de Constantinopla pelos turcos Otomanos;
-A presença, em solo italiano, da antiguidade clássica.
    Aspectos da Renascença. 
  Os homens que viviam sob a Renascença criticavam a cultura medieval, excessivamente teocêntrica, e defendiam uma nova ordem de valores. Os principais aspectos do Renascimento foram:
a) o racionalismo e o abandono do mundo sobrenatural;
b) o antropocentrismo, onde o homem é o centro de tudo;
c) o universalismo, caracterizado pela descoberta do mundo;
d) o naturalismo, acentuando o papel da natureza;
e) o individualismo, valorizando o talento e o trabalho;
f) o humanismo.
   O Humanismo 
   Humanista era um sábio que criticava os valores medievais e defendia uma nova ordem de ideias. Valorizava o progresso e buscava revolucionar o mundo através da educação. Foi o grande responsável pela divulgação dos valores renascentista pela Europa. Outro elemento responsável pela expansão das novas ideias foi a imprensa de tipos móveis, inventada pelo alemão Johan Gutemberg, tornando mais fácil a reprodução de livros. No Renascimento desenvolveram-se as artes plásticas, a literatura e os fundamentos da ciência moderna.
    Artes Plásticas
   As obras renascentistas são caracterizadas pelo naturalismo e retratam o dinamismo comercial do período. Os estilos desenvolvidos levaram a uma divisão da Renascença em três períodos: o Trecento (século XIV) , o Quattrocento ( século XV ) e o Cinquecento ( século XVI).
TRECENTO - destaque para a pintura de Giotto ( 1276/1336 ) que muito influenciou os demais pintores;
QUATROCENTO - período de atuação dos Médicis, que financiaram os artistas. Lourenço de Médici foi o grande mecenas da época. Destaques para Botticelli (1444/1510) e Leonardo da Vinci (1452/1519).
CINQUECENTO - O grande mecenas do período foi o papa Júlio II que pretendia reforçar a grandiosidade e o poder de Roma. Iniciou as obras da nova basílica de São Pedro. O autor do projeto foi Bramante e a decoração à cargo de Rafael Sânzio e Michelângelo. Michelângelo ( 1475/1564 ) apesar de destacar-se como o pintor da capela Sistina foi o grande escultor da Renascença.
    Literatura 
    Graças à imprensa, os livros ficaram mais acessíveis, facilitando a divulgação de novas idéias.
    PRECURSORES Três grandes autores do século XIV:
Dante Alighieri (1265/1321),autor de A Divina Comédia, uma crítica à concepção religiosa; Francesco Petrarca, com a obra África e Giovanni Boccaccio que escreveu Decameron.
  PRINCIPAIS NOMES
ITÁLIA - Maquiavel, fundador da ciência política com sua obra O Príncipe, cuja tese central considera que os finsjustificam os meios. Contribuiu para o fortalecimento do poder real e lançou os fundamentos do Estado Moderno. Campanella, que relatou a miséria italiana no livro A Cidade do Sol.
FRANÇA - Rabelais, que escreveu Gargântua e Pantagruel; Montaigne, que foi o autor de Ensaios.
HOLANDA - Erasmo de Roterdan, considerado o "príncipe dos humanistas" que satirizou e criticou a sociedade da época. Sua obra-prima é O Elogio da Loucura ( 1569 ).
INGLATERRA - Thomas Morus, que escreveu Utopia e Shakespeare, autor de magníficos textos teatrais.
ESPANHA - Miguel de Cervantes, com o clássico Dom Quixote de la Mancha.
PORTUGAL - Camões, que exaltou as viagens portuguesas na sua obra Os Lusíadas.
   Ciência Moderna 
   O racionalismo contribuiu para a valorização da matemática, da experimentação e da observação sistemática da natureza. Tais procedimentos inauguraram a ciência moderna. Principais nomes:
> Nicolau Copérnico- demonstrou que o Sol era o centro do universo (heliocentrismo) em oposição ao geocentrismo ( a Terra como o centro).
> Giordano Bruno - divulgou as ideias de Copérnico na Itália. Considerado herege foi queimado na fogueira em 1600.
> Kepler - confirmou as teorias de Copérnico e elaborou uma série de enunciados referentes à mecânica celeste.
> Galileu Galilei - inaugurador da ciência moderna e aprofundou as ideias de Copérnico, pressionado pela Igreja negou as suas ideias.
   Crise do Renascimento
   O Renascimento entra em decadência após a perda de prestígio econômico das cidades italianas, em decorrência das Grandes Navegações -que muda o eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico; e da Contra-Reforma Católica que limitou a liberdade de expressão.
   A Reforma Religiosa
  Ao longo da Idade Média, a Igreja Católica afastou-se de seus ensinamentos, sendo por isto criticada e considerada a responsável pelos sofrimentos do período: guerras, fomes e epidemias seriam como castigos de Deus pelo afastamento da Igreja de seus princípios. Precursores John Wyclif ( 1300/1384) e João Huss ( 1369/1415 ).
   Causas da Reforma 
   Além das questões religiosas, como o nicolaísmo e a simonia, outros elementos contribuíram para o sucesso da Reforma:
- A exploração dos camponeses pela Igreja -a Senhora feudal.
- A vontade de terras para o cultivo leva esta classe a apoiar a Reforma;
- Interesses da nobreza alemã nas terras eclesiásticas;
- A condenação da usura pela Igreja feria os interesses da burguesia comercial;
- O processo de centralização política, onde era interesses dos reis o enfraquecimento da autoridade papal; A centralização desenvolve o nacionalismo, aumentando a crítica sobre o poder de Roma em outras regiões.
   Por que Alemanha
   Na Alemanha a Igreja Católica era muito rica e dominava amplas extensões territoriais, limitando a expansão econômica da burguesia, inibindo o poder político da nobreza e causando insatisfação camponesa.
   Lutero e a Reforma 
  Monge agostiniano que rompeu com a Igreja Católica em virtude da venda de indulgências, efetuada pela Igreja para a construção da basílica de São Pedro pelo papa Leão X. Lutero protestou através da exposição de suas 95 teses, condenando, entre outras coisas a venda das indulgências. Suas principais ideias reformistas eram:
- Justificação pela fé: a única coisa que salva o homem é a fé, o homem está diante de Deus sem intermediários;
- A ideia de livre-exame, significa que todo homem poderia interpretar livremente a Bíblia, segundo a sua própria consciência; Sendo assim, a Igreja e o Papado perdem sua função. As ideias de Lutero agradaram a nobreza alemã que passou a se apropriar das terras eclesiásticas. A revolta atingiu as massas camponesas -que queriam terras - e foi duramente criticada por Lutero.
    Reforma Calvinista 
   Defesa da teoria da predestinação, onde o destino do homem é condicionado por Deus. Dizia haver sinais de que o indivíduo era predestinado por Deus para a salvação: o sucesso material e a vontade de enriquecimento, pois a pobreza era tida como um desfavorecimento divino. A valorização do trabalho, implícita na teoria; bem como a defesa do empréstimo de dinheiro a juros contribuem para o desenvolvimento da burguesia e representam um estímulo para o acúmulo de capitais.
    Reforma Anglicana 
   Henrique VIII é o reformador da Inglaterra, através do Ato de Supremacia, aprovado em 1513, que colocou a Igreja sob a autoridade real - nascimento da Igreja Anglicana. A justificativa para o rompimento foi a negativa do papa Clemente VII em dissolver o casamento de Henrique VIII com Catarina de Aragão.
   Além disto, havia um enorme interesse do Estado nas propriedades eclesiásticas, para facilitar a expansão da produção de lã.
   A Contra-Reforma 
  Diante do sucesso e da difusão das ideias protestantes, a Igreja Católica inicia a sua reforma, conhecida como Contra-Reforma.
   As principais medidas tomadas no Concílio de Trento foram:
- Proibição da venda de indulgências;
- Criação de seminários para a formação do clero;
- O Index - censura de livros;
- Restabelecimento da Inquisição;
- Manutenção dos dogmas católicos;
- Proibida a livre interpretação da Bíblia;
- Reafirmação da infalibilidade papal.
    Com a Contra-Reforma é fundada a ordem religiosa Companhia de Jesus, fundada por Inácio de Loyola em 1534, com o intuito de fortalecer a posição da Igreja Católica em países católicos e difundir o catolicismo na Ásia e América.
http://www.mundovestibular.com.br/articles/4400/1/RENASCIMENTO-CULTURAL/Paacutegina1.html

   RENASCIMENTO COMERCIAL E URBANO
   O auge do feudalismo aconteceu durante a Alta Idade Média. A partir do século XI, tudo mudou. O comércio ganhou novo impulso e as cidades cresceram. Do século XI ao XIII, a Europa Ocidental viveu um período de relativa paz. Entre os fatores que contribuíram para isso, destacam-se:
   •O desenvolvimento agrícola: com a ocupação de novas áreas, surgimento de novas culturas e o aperfeiçoamento das técnicas agrícolas que aumentaram a produtividade;
   •O crescimento populacional: devido a uma época de relativa paz, já que os ataques de um reino a outro haviam diminuído bastante. Essa queda no número de conflitos foi responsável por um considerável aumento populacional. Em 300 anos a população da Europa cresceu de 8 milhões para 26 milhões de habitantes. Isso gerou um excedente populacional, que começou a necessitar de mais espaço e a expandir-se para fora dos feudos;
  •Surgimento de uma nova classe social: comerciantes, negociantes e artesãos que viviam constantemente de um lugar a outro, fixaram residências em volta dos feudos onde surgiram vilas cercadas por muralhas chamadas de burgos. Os habitantes dos burgos passaram a ser conhecidos como burgueses e ao longo dos séculos, essa denominação passou a denominar os comerciantes e os homens ricos (burguesia);
   •Renascimento das cidades: com o aumento demográfico na Europa, a população dos burgos foi crescendo também. Isso se dava porque muitos servos acabavam por fugir dos feudos para escapar das imposições da relação servil. Ou ainda, porque aqueles servos que mais causavam problemas aos seus senhores eram expulsos de suas terras, indo engrossar a população das vilas. Assim, essas pequenas localidades começaram a crescer e se tornar importantes concentrações de trabalhadores livres e comerciantes, onde passaram a ser organizadas feiras permanentes, como as feiras de Champagne (França), Flandres (Bélgica),Gênova e Veneza (Itália)e Colônia e Frankfurt (Alemanha);
  •As Corporações de Ofício: o aumento da liberdade política e econômica foi propiciando o aprimoramento do trabalho urbano. Os artesãos, que faziam os produtos consumidos pelos europeus, passaram a ser organizar em entidades para além de suas cidades. Para isso, formaram as guildas e as corporações de ofício. As corporações tinham como objetivo defender os interesses dos artesãos, regulamentar o exercício da profissão e controlar o fornecimento do produto. Elas também dirigiam o ensino artesanal, que se dividia em três estágios: aprendiz, oficial e mestre;
   •Cruzadas: com a justificativa de expulsar os muçulmanos da Terra Santa onde havia perseguição aos cristãos que visitavam o lugar onde Jesus Cristo viveu, a Igreja Católica convocou os cristãos europeus a formar expedições militares para combater os "infiéis". Entre os séculos XI e XIII, graças ao apoio de nobres, desejosos de formar reinos aumentando seus lucros e uma grande massa de desocupados urbanos que se formavam, foram realizadas 8 cruzadas quase todas elas se constituindo em um enorme fracasso e perda de milhares de vidas. No entanto essas expedições que atravessaram o continente europeu cruzaram os mares e chagaram a outros continentes, possibilitando também a abertura de novas rotas comerciais e contato com outros povos e culturas.     O término das Cruzadas contra os muçulmanos coincidiu com o início de uma série de crises, que indicavam o esgotamento do feudalismo. Essas crises dos séculos da depressão (XIV e XV) foram a crise econômica com a queda da produção agrícola gerando fome, a peste negra que matou um terço da população europeia, a crise religiosa dentro da igreja Católica que chegou a ter dois papas e a crise política com conflitos internos entre os senhores feudais, causando grande insegurança que prejudicava as atividades comerciais e também guerras entre nações como a guerra dos cem anos entre a Inglaterra e a França.
http://fazendohistorianova.blogspot.com.br/2013/10/renascimento-comercial-e-urbano-e.html

   AS CRUZADAS 
  Cruzadas foram movimentos militares cristãos em sentido à Terra Santa com a finalidade de ocupá-la e mantê-la sob domínio cristão.
   No século VII surgiu no Oriente Médio uma religião também monoteísta que conquistaria muitos adeptos com o passar do século. O Islamismo foi difundido através do profeta Maomé e o seu crescimento criaria grandes embates com o cristianismo. No final do século XI, a religião já havia se tornado grande o suficiente para clamar por seus lugares sagrados, que, no entanto, eram coincidentes com os lugares sagrados dos cristãos. A cidade de Jerusalém é o principal local sagrado para essas duas religiões monoteístas e também para o judaísmo. A ocupação da cidade e das regiões próximas que compõem a chamada Terra Santa foi motivo de muitos conflitos entre essas religiões na Idade Média e ainda é uma das causas da instabilidade no Oriente Médio.
   O termo Cruzada não era conhecido na época em que ocorreram. Só foi assim nomeado porque seus participantes se consideravam soldados de Cristo e se distinguiam pela cruz em suas roupas. Na época em que ocorreram, eram chamadas de peregrinação ou de guerra santa pelos europeus. No Oriente Médio, contudo, eram chamadas de invasões francas, em função da maioria dos cruzados serem provenientes do Império Carolíngio e de se autodenominarem francos.
   O entorno do ano 1000 viu o significativo crescimento das peregrinações de cristãos a Jerusalém, pois eles acreditavam que o fim do mundo estava próximo e, por isso, faziam sacrifícios e buscavam as terras sagradas para evitar a eternidade no inferno. O mundo não acabou e os muçulmanos ocuparam cada vez mais a Terra Santa, criando grandes impedimentos para o trânsito de cristãos. A situação se agravou no decorrer do século XI e irritou os cristãos, que se reuniram para a primeira expedição militar que os levaria à Terra Santa para tentarexpulsar os muçulmanos da região e devolvê-la aos cristãos. Entre os anos 1096 e 1270, muitas expedições foram organizadas para tentar reconquistar Jerusalém, porém os muçulmanos se mantiveram firme na região após vários conflitos.
   Antes da primeira cruzada organizada por nobres europeus, houve um movimento extraoficial que ficou conhecido como Cruzada dos Mendigos ou Cruzada Popular. O monge Pedro reuniu uma multidão que incluía mulheres, velhos e crianças para atuar como guerreiros. A expedição até chegou ao Oriente, mas foi facilmente massacrada. A Primeira Cruzada oficial foi convocada pelo Papa Urbano II, que reuniu a nobreza europeia em 1095 para combater os infiéis que ocupavam a Terra Santa. No ano seguinte, os cruzados partiram para Jerusalém e tiveram sucesso, conquistando a Terra Santa, o principado de Antioquia e os condados de Trípoli e Edessa.
   Algumas décadas depois, os muçulmanos conseguiram reconquistar a cidade de Edessa, o que motivou nova expedição , a segunda Cruzada, entre os anos 1147 e 1149. No entanto, não causou a mesma comoção da primeira e resultou em uma grave derrota, o que deixou profundo ressentimento no Ocidente. Mais décadas se passaram e, em 1187, o sultão Saladino obteve uma vitória esmagadora sobre os cristãos em Jerusalém, reconquistando a cidade para os muçulmanos. Em resposta, o Papa Gregório VIII convocou uma nova Cruzada, que ficou famosa pela participação de três importantes reis da Europa: Ricardo Coração de Leão, da Inglaterra; Frederico Barbarossa, do Sacro Império Romano Germânico; e Felipe Augusto, da França. A Terceira Cruzada, que ocorreu entre os anos 1189 e 1192, mais uma vez, não resultou em vitória para os cristãos, mas o rei Ricardo Coração de Leão conseguiu assinar um acordo de paz com Saladino permitindo a peregrinação dos cristãos com segurança até Jerusalém.
   No início do século seguinte, nova Cruzada foi convocada para atacar Constantinopla. A expedição ocorrida entre 1202 e 1204 tinha fins políticos que não receberam a aprovação do Papa Inocêncio III. A Quarta Cruzada deixou notáveis consequências política e religiosas porque enfraqueceu o Império Oriental e agravou o ódio entre a cristandade grega e latina. Poucos anos depois, em 1208, o mesmo papa convocou uma Cruzada contra os cátaros no Lanquedoc. Ocatarismo, doutrina que acreditava no dualismo, ou seja, na existência de um Deus bom e outro mal, era considerado uma heresia e seu crescimento incomodava muito a Igreja Católica. Séculos mais tarde, seus seguidores seriam perseguidos também pela Inquisição.
   Um dos eventos mais curiosos envolvendo as Cruzadas certamente foi o de 1212. Na ocasião, crianças e adolescentes que acreditavam estarem possuídas do poder divino para reconquistar Jerusalém partiram em direção aos portos para embarcarem rumo à Palestina. A expedição que ficou conhecida como Cruzada das Crianças vitimou vários dos jovens ainda durante a viagem e os sobreviventes foram vendidos como escravos aos muçulmanos quando atracaram no porto de Alexandria. Calcula-se que 50 mil crianças tenham sido colocadas nos barcos da mais desastrosa das expedições cristãs.
   Nova Cruzada oficial ocorreria entre os anos 1217 e 1221. Porém o fracasso não seria novidade. A quinta expedição não conseguiu nem mesmo superar as enchentes do Rio Nilo e acabou desistindo de seus objetivos de tomar uma fortaleza muçulmana no Egito. Poucos anos depois, a Sexta Cruzada, ocorrida entre 1228 e 1229, finalmente alcançou sucesso através da liderança de Frederico II. Este conseguiu obter a posse de Jerusalém, de Belém e de Nazaré para os cristãos por dez anos. No entanto, em 1244 os cristãos perderam o domínio dessas localidades novamente para os muçulmanos.
   Entre 1248 e 1254, a Sétima Cruzada foi liderada pelo rei francês Luís IX que desembarcou para combate no Egito e recebeu a oferta de posse de Jerusalém, a qual recusou. Na continuidade dos conflitos, o rei foi aprisionado e seu resgate custou 500 mil moedas de ouro. Mas foi o mesmo rei que comandou a Oitava Cruzada em 1270. Só que ele faleceu devido à peste logo após desembarcar em Túnis, o que encerrou mais uma expedição. A Nona Cruzada ainda é descrita por alguns, embora muitos argumentem que tenha sido parte integrante da Oitava Cruzada. Após a morte do rei Luís IX, o príncipe Eduardo da Inglaterra teria comandado seus seguidores até o Acre (cidade em Israel) para combater os adversários nos dois anos seguintes. Mas, preparando-se para atacar Jerusalém, recebeu a notícia do falecimento de seu pai e decidiu retornar à Inglaterra para herdar seu trono de direito, encerrando a expedição e o turbulento século XIII.
   As Cruzadas foram um fracasso em seu objetivo de conquistar a Terra Santa para os cristãos. Custaram muito caro para a nobreza europeia e resultaram em milhares de mortes. No entanto, essas expedições influenciaram grandes transformações no mundo medieval. Elas causaram o enfraquecimento da aristocracia feudal, fortaleceram o poder real e possibilitaram a expansão do mercado. A civilização oriental contribuiu muito para o enriquecimento cultural europeu, promovendo desenvolvimento intelectual. Nunca mais Jerusalém foi dominada pelos cristãos, mas as movimentações ocorridas no trajeto para a Terra Santa expandiram os relacionamentos com o mundo conhecido na época.
http://www.infoescola.com/historia/as-cruzadas/

    FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS EUROPEIAS
   No decorrer da Idade Média, a figura política do rei era bem distante daquela que usualmente costumamos imaginar. O poder local dos senhores feudais não se submetia a um conjunto de leis impostas pela autoridade real. Quando muito, um rei poderia ter influência política sobre os nobres que recebiam parte das terras de suas propriedades. No entanto, o reaquecimento das atividades comerciais, na Baixa idade Média, veio a transformar a importância política dos reis.
    A autoridade monárquica se estendeu por todo um território definido por limites, traços culturais e linguísticos que perfilavam a formação de um Estado Nacional. Para tanto, foi preciso superar os obstáculos impostos pelo particularismo e universalismo político que marcaram toda a Idade Média. O universalismo manifestava-se na ampla autoridade da Igreja, constituindo a posse sobre grandes extensões de terra e a imposição de leis e tributos próprios. Já o particularismo desenvolveu-se nos costumes políticos locais enraizados nos feudos e nas cidades comerciais.
   Os comerciantes burgueses surgiram enquanto classe social interessada na formação de um regime político centralizado. As leis de caráter local, instituídas em cada um dos feudos, encareciam as atividades comerciais por meio da cobrança de impostos e pedágios que inflacionavam os custos de uma viagem comercial.
   Além disso, a falta de uma moeda padrão instituía uma enorme dificuldade no cálculo dos lucros e na cotação dos preços das mercadorias. Além disso, a crise das relações servis causou um outro tipo de situação favorável à formação de um governo centralizado. Ameaçados por constantes revoltas – principalmente na Baixa Idade Média – e a queda da produção agrícola, os senhores feudais recorriam à autoridade real com o intuito de formar exércitos suficientemente preparados para conter as revoltas camponesas. Dessa maneira, a partir do século XI, observamos uma gradual elevação das atribuições políticas do rei.
   Para convergir maiores poderes em mãos, o Estado monárquico buscou o controle sobre questões de ordem fiscal, jurídica e militar. Em outros termos, o rei deveria ter autoridade e legitimidade suficientes para criar leis, formar exércitos e decretar impostos. Com esses três mecanismos de ação, as monarquias foram se estabelecendo por meio de ações conjuntas que tinham o apoio tanto da burguesia comerciante, quanto da nobreza feudal.
   Com o apoio dos comerciantes, os reis criaram exércitos mercenários que tinham caráter essencialmente temporário. Ao longo dos anos, a ajuda financeira dos comerciantes tratou de formar as milícias urbanas e as primeiras infantarias. Tal medida enfraqueceu a atuação dos cavaleiros que limitavam sua ação militar aos interesses de seu suserano. A formação de exércitos foi um passo importante para que os limites territoriais fossem fixados e para que fosse possível a imposição de uma autoridade de ordem nacional.
   A partir de então, o rei acumulava poderes para instituir tributos que sustentariam o Estado e, ao mesmo tempo, regulamentaria os impostos a serem cobrados em seu território. Concomitantemente, as moedas ganhariam um padrão de valor, peso e medida capaz de calcular antecipadamente os ganhos obtidos com o comércio e a cobrança de impostos. A fixação de tais mudanças personalizou a supremacia política dos Estados europeus na figura individual de um rei.
   Além de contar com o patrocínio da classe burguesa, a formação das monarquias absolutistas também contou com apoio de ordem intelectual e filosófica. Os pensadores políticos da renascença criaram importantes obras que refletiam sobre o papel a ser desempenhado pelo rei. No campo religioso, a aprovação das autoridades religiosas se mostrava importante para que os antigos servos agora se transformassem em súditos à autoridade de um rei.
   Ao longo da Idade Média, o território francês sofreu com o processo de desfragmentação política motivado pelo surgimento do feudalismo. Somente no século XII, ainda durante a dinastia capetíngia, o processo de centralização política francês foi iniciado pelo rei Filipe II. Usando dos conflitos contra os ingleses pelo controle do norte da França, este monarca conseguiu formar um grande exército sustentado pelos impostos cobrados ao longo do território nacional. A formação desse imponente exército e a vitória contra os ingleses permitiu a ampliação do poder político real. A partir de então, o rei francês criou um articulado corpo de funcionários públicos que deveriam impor a autoridade real em oposição aos senhores feudais. Paralelamente, a burguesia passou a ceder grandes quantias para que o rei garantisse a liberdade das cidades através de uma carta de franquia, documento concedido pelo próprio monarca que liberava os centros urbanos das taxações feudais.
   Durante o governo do rei Luís IX, o poderio real foi ampliado com a criação de instituições jurídicas subordinadas às leis nacionais e a economia comercial se fortaleceu com a instituição de uma única moeda nacional. Tempos depois, no governo de Filipe IV, o Belo, a autoridade monárquica já era uma realidade presente. No ano de 1302, a assembleia dos Estados Gerais – composta pelo clero, a nobreza e os comerciantes – foi criada com o intuito de reafirmar a ação política do rei.
   Através desse órgão, o rei Filipe IV conseguiu impor taxas sobre as propriedades da Igreja. A ação do monarca francês foi imediatamente repreendida pelo papa Bonifácio VIII, que ameaçou o rei de excomunhão. Com a morte do papa, Filipe IV interferiu para que o cardeal francês Clemente V fosse escolhido como papa e, além disso, forçou que a sede do Vaticano fosse transferida para a cidade de Avignon. Nas décadas seguintes, esse episódio marcou uma rixa entre o Estado francês e a Igreja conhecida como o "cativeiro de Avignon" ou "Cisma do Ocidente". A essa altura, a supremacia da autoridade monárquica francesa parecia não ter mais nenhum tipo de obstáculo. No entanto, as disputas fiscais e territoriais com a Inglaterra inseriram o Estado francês nos prolongados e penosos conflitos que marcaram a Guerra dos Cem Anos. Ao longo do século XIV, os gastos com a guerra e as conturbações sociais provenientes da Peste Negra e das revoltas camponesas abalaram a supremacia monárquica. Somente no século seguinte, uma série de levantes populares conseguiu interromper as seguidas vitórias dos britânicos na guerra. Foi nesse contexto que surgiu a mítica figura de Joana D‘Arc, uma humilde filha de camponeses que comandou diversas lutas contra a Inglaterra, alegando cumprir ordens divinas. Essas vitórias fortaleceram politicamente Carlos VII, que foi coroado como rei da França e reorganizou a reação militar contra os britânicos. Mesmo sendo queimada em 1430, acusada de heresia, os feitos heroicos de Joana serviram para que os franceses voltassem a se empenhar na luta. No ano de 1453, o rei Carlos VII concluiu o processo de expulsão dos britânicos do território francês e passou a comandar com amplos poderes. Com o apoio dos grandes burgueses, centralizou o governo nacional, criou novos impostos e financiou a instituição de um exército permanente. A partir de então, a França tornou-se o exemplo máximo do absolutismo
   
D. Afonso Henriques e D. João I
Monarquia Nacional Portuguesa

   A instalação das monarquias espanhola e portuguesa é usualmente compreendida a partir das guerras que tentaram expulsar os muçulmanos da Península Ibérica. Desde o século VIII os árabes haviam dominado boa parte do território ibérico em função da expansão muçulmana ocorrida no final da Alta Idade Média. A partir do século XI, no contexto das Cruzadas, os reinos cristãos que dominavam a região norte formaram exércitos com o objetivo de reconquistar as terras dos chamados "infiéis".
   Os reinos de Leão, Castela, Navarra e Aragão juntaram forças para uma longa guerra que chegou ao fim somente no século XV. Nesse processo, os reinos participantes desta guerra buscaram o auxílio do nobre francês Henrique de Borgonha que, em troca, recebeu terras do chamado condado Portucalense e casou-se com Dona Teresa, filha ilegítima do rei de Leão.
   Após a morte de Henrique de Borgonha, seu filho, Afonso Henriques, lutou pela autonomia política do condado. A partir desse momento, a primeira dinastia monárquica se consolidou no Condado Portucalense dando continuidade ao processo de expulsão dos muçulmanos. As terras conquistadas eram diretamente controladas pela autoridade do rei, que não concedia a posse hereditária dos feudos cedidos aos membros da nobreza. Paralelamente, a classe burguesa se consolidou pela importante posição geográfica na circulação de mercadorias entre o Mar Mediterrâneo e o Mar do Norte. No ano de 1383, o trono português ficou sem herdeiros com a morte do rei Henrique I.
   Nesse momento, o reino de Castela tentou reivindicar o domínio das terras lusitanas apoiando o genro de Dom Fernando. Sentindo-se ameaçada, a burguesia lusitana empreendeu uma resistência ao processo de anexação de Portugal formando um exército próprio. Na batalha de Aljubarrota, os burgueses venceram os castelhanos e, assim, conduziram Dom João, mestre de Avis, ao trono português. Essa luta – conhecida como Revolução de Avis – marcou a ascensão de uma nova dinastia comprometida com os interesses da burguesia lusitana. Com isso, o estado nacional português se fortaleceu com o franco desenvolvimento das atividades mercantis e a cobrança sistemática de impostos. Tal associação promoveu o pioneirismo português na expansão marítima que se deflagrou ao longo do século XV.
   Monarquia Nacional Espanhola
Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela

  Considera-se geralmente que a Monarquia Espanhola nasce com a união dinástica dos reinos peninsulares por Fernando II de Aragão e Isabel de Castela, que reinaram juntos como Rei de Aragão e consorte de Castela e Rainha de Castela e consorte de Aragão respectivamente e chamados Reis Católicos (Catholicos reges, et principes) pelo papado desde 4 de Maio de 1493 em razão da reconquista da península aos mouros e pelo projeto evangelizador do Novo Mundo.
Joana, a Louca, filha de ambos, casada com Filipe, o Belo, herdou a Coroa de Castela ao morrer a Rainha Isabel, embora não a de Aragão por pertencer a Fernando. O neto dos Reis Católicos, e filho de Joana, Carlos I, consolidou a união de ambas as Coroas na sua pessoa, sendo chamado Hispaniarum Rex Catholicus (Rei Católico das Espanhas) pelo Papa Leão X na bula de 1 de Abril de 1516.
   Filipe II foi conhecido desde o seu nascimento como Príncipe das Astúrias, acedendo ao trono por abdicação de seu pai, e usando em documentos e moedas a fórmula abreviada de Hispaniarum et Indiarum Rex (rei das Espanhas e das Índias) [1], e após a Crise de sucessão de 1580 adquiriu também a titularidade da Coroa portuguesa, com o nome de "Filipe I". Os primeiros monarcas respeitaram a cronologia castelhana. Deste modo, a Filipe II chamou-se Filipe, o Belo, que reinou como Filipe I de Castela.
   Em 1833 com a questão dinástica sucederam-se três guerras civis em Espanha que duraram todo o século XIX, onde os Constitucionais opunham o seu ideário de "igualitarismo" contra os "fueros" dos carlistas. A questão dinástica tinha-se resolvido com base na pragmática sanção que realizou Fernando VII pressionado pelo Partido Liberal contra a aplicação de leis do Antigo Regime dos Bourbon, a lei sálica que apenas permitia que reinassem os varões. O pretendente a uma monarquia absolutista, o Infante Carlos Maria Isidro, irmão do rei Fernando VII, foi excluído em favor da sua sobrinha Isabel, Princesa das Astúrias, filha do rei, que foi proclamada rainha constitucional com apenas quatro anos de idade. Assim sendo, a partir desse reinado a monarquia espanhola já não perderia a sua característica Constitucional.
   
Henrique VII
Monarquia Nacional Inglesa

  Nos primórdios da Idade Média, a região da Bretanha foi invadida pelas tribos dos anglos e saxões. No século XI, por volta de 1060 os normandos do norte da França invadiram as ilhas britânicas sob a liderança do rei Guilherme, o Conquistador. Na batalha de Hastings, ocorrida em 14 de outubro de 1066, chegou ao fim a hegemonia dos anglo-saxões na região. No entanto, o longo período de hegemonia bárbara favoreceu a consolidação dos poderes locais consolidados sob a lógica feudal.
  A Inglaterra teve seu processo de centralização política iniciado a partir da Baixa Idade Média, momento em que a Bretanha estava politicamente dividida em quatro reinos distintos. Sob o comando do rei Henrique II, o processo de unificação territorial foi iniciado com relativa eficácia durante o século XII. No governo seguinte, comandado pelo rei Ricardo Coração de Leão, diversas lutas contra os franceses e o envolvimento nas Cruzadas enfraqueceu o papel da autoridade monárquica.
  A falta de um rei presente e os grandes custos gerados com os gastos em guerras e conflitos motivou a classe nobiliárquica a impor um documento limitando às funções régias. No ano de 1215, o rei João Sem Terra ficou em uma situação delicada quando foi obrigado a assinar a Magna Carta, que impedia o rei de criar novos impostos ou alterar leis sem a aprovação do Grande Conselho, um órgão formado por integrantes da nobreza e do clero.
  A criação do Grande Conselho foi considerada por muitos historiadores como um elemento que impediu a formação de um governo tipicamente absolutista na Inglaterra. Ao ingressar na Guerra dos Cem Anos, entre os séculos XIV e XV, os exércitos e a autoridade monárquica britânica passaram a ser prestigiadas mediante as sucessivas vitórias obtidas nesse confronto contra os franceses. Além disso, as revoltas camponesas do século XIV também contribuíram com o enfraquecimento das autoridades locais.
   Com o fim da Guerra dos Cem Anos, a política inglesa ainda sofreu um sério abalo com a disputa entre a família York e Lancaster, que se enfrentaram na Guerra das Duas Rosas. No final do conflito, a dinastia Tudor passou a controlar o trono britânico sob a liderança do monarca Henrique VII. A partir de então, a Estado Britânico se fortaleceu de maneira impressionante pautando sua hegemonia, principalmente, no fortalecimento de suas atividades mercantis. Nos governos de Henrique VIII e Elizabeth I o estado nacional britânico alcançou seu auge, afirmando o absolutismo na Inglaterra.
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   ABSOLUTISMO E MERCANTILISMO
   Introdução
  Podemos definir o absolutismo como um sistema político e administrativo que prevaleceu nos países da Europa, na época do Antigo Regime (séculos XVI ao XVIII ).
   Características
   No final da Idade Média (séculos XIV e XV), ocorreu uma forte centralização política nas mãos dos reis. A burguesia comercial ajudou muito neste processo, pois interessa a ela um governo forte e capaz de organizar a sociedade. Portanto, a burguesia forneceu apoio político e financeiro aos reis, que em troca, criaram um sistema administrativo eficiente, unificando moedas e impostos e melhorando a segurança dentro de seus reinos.
   Nesta época, o rei concentrava praticamente todos os poderes. Criava leis sem autorização ou aprovação política da sociedade. Criava impostos, taxas e obrigações de acordo com seus interesses econômicos. Agia em assuntos religiosos, chegando, até mesmo, a controlar o clero em algumas regiões.
   Todos os luxos e gastos da corte eram mantidos pelos impostos e taxas pagos, principalmente, pela população mais pobre. Esta tinha pouco poder político para exigir ou negociar. Os reis usavam a força e a violência de seus exércitos para reprimir, prender ou até mesmo matar qualquer pessoa que fosse contrária aos interesses ou leis definidas pelos monarcas.
   Exemplos de alguns reis deste período:
- Henrique VIII - Dinastia Tudor: governou a Inglaterra no século XVII
- Elizabeth I - Dinastia Stuart - rainha da Inglaterra no século XVII
- Luis XIV - Dinastia dos Bourbons - conhecido como Rei Sol - governou a França entre 1643 e 1715.
- Fernando e Isabel - governaram a Espanha no século XVI.
    Teóricos do Absolutismo
   Muitos filósofos desta época desenvolveram teorias e chegaram até mesmo a escrever livros defendendo o poder dos monarcas europeus. Abaixo alguns exemplos:
- Jacques Bossuet : para este filósofo francês o rei era o representante de Deus na Terra. Portanto, todos deveriam obedecê-lo sem contestar suas atitudes.
- Nicolau Maquiavel : Escreveu um livro, " O Príncipe", onde defendia o poder dos reis. De acordo com as ideias deste livro, o governante poderia fazer qualquer coisa em seu território para conseguir a ordem. De acordo com o pensador, o rei poderia usar até mesmo a violência para atingir seus objetivos. É deste teórico a famosa frase: ―Os fins justificam os meios."
- Thomas Hobbes : Este pensador inglês, autor do livro " O Leviatã ", defendia a ideia de que o rei salvou a civilização da barbárie e, portanto, através de um contrato social, a população deveria ceder ao Estado todos os poderes.
   Mercantilismo: a prática econômica do absolutismo
   Podemos definir o mercantilismo como sendo a política econômica adotada na Europa durante o Antigo Regime. Como já dissemos, o governo absolutista interferia muito na economia dos países.
   O objetivo principal destes governos era alcançar o máximo possível de desenvolvimento econômico, através do acúmulo de riquezas. Quanto maior a quantidade de riquezas dentro de um rei, maior seria seu prestígio, poder e respeito internacional. Podemos citar como principais características do sistema econômico mercantilista: Metalismo, Industrialização, Protecionismo Alfandegário, Pacto Colonial, Balança Comercial Favorável
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   A EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA 
  A expansão marítima europeia, processo histórico ocorrido entre os séculos XV e XVII, contribuiu para que a Europa superasse a crise dos séculos XIV e XV. Através das Grandes Navegações há uma expansão das atividades comerciais, contribuindo para o processo de acumulação de capitais na Europa.
   O contato comercial entre todas as partes do mundo (Europa, Ásia, África e América ) torna possível uma história em escala mundial, favorecendo uma ampliação dos conhecimento geográficos e o contato entre culturas diferentes.
   Fatores para a Expansão Marítima 
  A expansão marítima teve um nítido caráter comercial, daí definir este processo como uma empresa comercial de navegação, ou como grandes empreendimentos marítimos. Para o sucesso desta atividade comercial o fator essencial foi a formação do Estado Nacional.
   Formação do Estado Nacional e a centralização política, as Grandes Navegações só foram possíveis com a centralização do poder político, pois se fazia necessário uma complexa estrutura material de navios, armas, homens, recursos financeiros.
  A aliança rei-burguesia possibilitou o alcance destes objetivos tornando viável a expansão marítima.
   Avanços técnicos na arte náutica o aprimoramento dos conhecimentos geográficos, graças ao desenvolvimento da cartografia; o desenvolvimento de instrumentos náuticos - bússola, astrolábio, sextante - e a construção de embarcações capazes de realizar viagens a longa distância, como as naus e as caravelas.
   Interesses econômicos - a necessidade de ampliar a produção de alimentos, em virtude da retomada do crescimento demográfico; a necessidade de metais preciosos para suprir a escassez de moedas; romper o monopólio exercido pelas cidades italianas no Mediterrâneo que contribuía para o encarecimento das mercadorias vindas do Oriente; tomada de Constantinopla, pelo turcos otomanos, encarecendo ainda mais os produtos do Oriente.
   Sociais - o enfraquecimento da nobreza feudal e o fortalecimento da burguesia mercantil.
   Religiosos - a possibilidade de conversão dos pagãos ao cristianismo mediante a ação missionária da Igreja Católica.
   Expansão marítima portuguesa 
   Portugal foi a primeira nação a realizar a expansão marítima. Além da posição geográfica, de uma situação de paz interna e da presença de uma forte burguesia mercantil; o pioneirismo português é explicado pela sua centralização política que, como vimos, era condição primordial para as Grandes Navegações.
   A formação do Estado Nacional português está relacionada à Guerra de Reconquista - luta entre cristãos e muçulmanos na península Ibérica.
   A primeira dinastia portuguesa foi a Dinastia de Borgonha (a partir de 1143) caracterizada pelo processo de expansão territorial interna.
   Entre os anos de 1383 e 1385 o Reino de Portugal conhece um movimento político denominado Revolução de Avis - movimento que realiza a centralização do poder político: aliança entre a burguesia mercantil lusitana com o mestre da Ordem de Avis, D. João. A Dinastia de Avis é caracterizada pela expansão externa de Portugal: a expansão marítima.
   Etapas da expansão 
  A expansão marítima portuguesa interessava à Monarquia, que buscava seu fortalecimento; à nobreza, interessada em conquista de terras; à Igreja Católica e a possibilidade de cristianizar outros povos e a burguesia mercantil, desejosa de ampliar seus lucros.
   A seguir, as principais etapas da expansão de Portugal:
1415 -tomada de Ceuta, importante entreposto comercial no norte da África;
1420 -ocupação das ilhas da Madeira e Açores no Atlântico;
1434 -chegada ao Cabo Bojador;
1445 -chegada ao Cabo Verde;
1487 -Bartolomeu Dias e a transposição do Cabo das Tormentas;
1498 -Vasco da Gama atinge as Índias ( Calicute );
1499 -viagem de Pedro Álvares Cabral ao Brasil.
   Expansão marítima espanhola 
   A Espanha será um Estado Nacional somente em 1469, com o casamento de Isabel de Castela e Fernando de Aragão. Dois importantes reinos cristãos que enfrentaram os mouros na Guerra de Reconquista.
   No ano de 1492 o último reduto mouro -Granada -foi conquistado pelos cristãos; neste mesmo ano, Cristóvão Colombo ofereceu seus serviços aos reis da Espanha.
   Colombo acreditava que, navegando para oeste, atingiria o Oriente. O navegante recebeu três navios e, sem saber chegou a um novo continente: a América.
   A seguir a principais etapas da expansão espanhola:
1492 - chegada de Colombo a um novo continente, a América;
1504 -Américo Vespúcio afirma que a terra descoberta por Colombo era um novo continente;
1519 a 1522 - Fernão de Magalhães realizou a primeira viagem de circunavegação do globo.
   A rivalidade Ibérica 
  Portugal e Espanha, buscando evitar conflitos sobre os territórios descobertos ou a descobrir, resolveram assinar um acordo -proposto pelo papa Alexandre VI - em 1493: um meridiano passando 100 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, dividindo as terras entre Portugal e Espanha. Portugal não aceitou o acordo e no ano de 1494 foi assinado o Tratado de Tordesilhas. O tratado de Tordesilhas não foi reconhecido pelas demais nações européias.
    Navegações Tardias 
    Inglaterra, França e Holanda. 
  O atraso na centralização política justifica o atraso destas nações na expansão marítima: A Inglaterra e França envolveram-se na Guerra dos Cem Anos (1337-1453) e, após este longo conflito, a Inglaterra passa por uma guerra civil - a Guerra das Duas Rosas ( 1455-1485 ); já a França, no final do conflito com a Inglaterra enfrenta um período de lutas no reinado de Luís XI (1461-1483).
  Somente após estes conflitos internos é que ingleses, durante o reinado de Elizabeth I (1558-1603) e franceses, durante o reinado de Francisco I iniciaram a expansão marítima.
   A Holanda tem seu processo de centralização política atrasado por ser um feudo espanhol. Somente com o enfraquecimento da Espanha e com o processo de sua independência é que os holandeses iniciarão a expansão marítima.
   Consequências
  As Grandes navegações contribuíram para uma radical transformação da visão da história da humanidade. Houve uma ampliação do conhecimento humano sobre a geografia da Terra e uma verdadeira Revolução Comercial, a partir da unificação dos mercados europeus, asiáticos, africanos e americanos.
  Algumas das principais mudanças:
- A decadência das cidades italianas;
- a mudança do eixo econômico do mar Mediterrâneo para o oceano Atlântico;
- a formação do Sistema Colonial;
- enorme afluxo de metais para a Europa proveniente da América;
- o retorno do escravismo em moldes capitalistas;
- o euro-centrismo, ou a hegemonia europeia sobre o mundo;
- e o processo de acumulação primitiva de capitais resultado na organização da formação social do capitalismo.
http://www.mundovestibular.com.br/articles/4398/1/A-EXPANSAO-MARITIMA-EUROPEIA/Paacutegina1.html

    CONQUISTA E COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA
   Os europeus só conheceram a América em fins do século XV. Porém, muito antes disso, as terras desse continente já eram habitadas por pessoas que constituíam grupos sociais com modos de vida diferentes entre si.
    A chegada dos europeus provocou uma série de mudanças na vida dos povos da América, muitos aos quais foram explorados, escravizados ou simplesmente dizimados.
    A conquista espanhola
   A Espanha foi o primeiro Estado europeu a se empenhar na ocupação e exploração das terras americanas. A conquista espanhola da América, cuja população era muito superior ao número dos conquistadores, só foi possível graças à superioridade bélica. As armas de fogo, os equipamentos de ataque e defesa, a utilização do cavalo, animal desconhecidos em terras americanas, deram aos espanhóis as condições de subjugar os povos nativos.
   Todo esse equipamento bélico era desconhecido dos ameríndios, que combatiam quase desnudos e utilizavam basicamente arcos, flechas envenenadas e lanças.
  Conforme testemunho do escritor frei Bartolomeu de Las Casas, a conquista começou pela ocupação da ilha Hispaniola (atuais Haiti e São Domingos) e de Cuba, realizadas ainda durante as viagens de Colombo à América.
  Aos poucos os espanhóis saquearam todo o ouro encontrado nessas ilhas e exterminaram a grande maioria de seus habitantes. Principalmente por causa desse genocídio, não há mais descendentes dos indígenas que habitavam aquela região antes da chegada de Colombo.
   Depois, dando prosseguimento à conquista, lançaram-se com fúria desmedida sobre os territórios ocupados pelas civilizações pré-colombianas do continente.
   Em 1519, o nobre espanhol Fernão Cortez, acompanhado de 500 soldados, desembarcou nas costas do México e tomou Tenochtitlán, a capital do Império Asteca.
  Em 1533, o aventureiro espanhol Francisco Pizzarro e seus 180 soldados conseguiram-se apoderar-se de Cuzco, a magnífica capital do Império Inca.
    A economia colonial
   Logo nas primeiras décadas do século XVI os espanhóis lançaram-se à exploração das riquezas minerais americanas e, por mais de cem anos, a mineração foi a principal atividade econômica da América espanhola.
   A extração de ouro e especialmente a exploração da prata nas ricas minas de Potosi (atual Bolívia) e Zacatecas (atual México enriqueceram a Espanha rapidamente, elevando-a à condição de maior potência mundial do século XVI.
  A mineração estimulou também a prática da agricultura, da pecuária e da tecelagem em diversas regiões do território hispano-americano. Essas regiões, como o norte da Argentina, por exemplo, passaram a produzir gêneros agrícolas, animais de tração e panos grosseiros para abastecerem as áreas de mineração.
  Durante o século XVII, com o esgotamento das jazidas, a exploração do ouro e da prata decaiu. Com isso, as regiões dedicadas à agricultura e à pecuária tornaram-se mais dependentes das vendas para o mercado externo.
   O declínio da mineração concorreu também para o aumento do número de plantations, isto é, das grandes propriedades produtoras de gêneros tropicais como o cacau (Venezuela), açúcar e tabaco (Antilhas), destinados à venda em larga escala para o mercado externo. Nessas propriedades, a mão-de-obra mais numerosa era de escravos negros, que passaram a ser trazidos da África em grandes quantidades a partir de meados do século XVII.
   A mão-de-obra
  A mão-de-obra mais utilizadas pela empresa colonial espanhola no continente americano sempre foi a do indígena. Desde o começo da colonização, os espanhóis foram autorizados pelos reis a forçarem o indígena a trabalhar para eles nas mais diferentes ocupações.
   O trabalho forçado do indígena era regulamentado pela encomiendae pela mita.
   Originária da Espanha e introduzida na América por Colombo, a encomienda era o direito que o rei concedia ao colono espanhol (o encomendero) de fazer com que um certo número de indígenas (os encomendados) trabalhassem para ele. Em troca, o encomendero tinha o dever de ensinar o cristianismo e cuidar da subsistência do encomendados. Milhares de índios encomendados, porém, morreram por falta de assistência material e sem nenhum conhecimento da religião cristã.
   Amplamente utilizada no Império Inca, a mita foi aproveitada pelos colonizadores espanhóis, pois atendia perfeitamente aos seus interesses mercantilistas. Mas, é claro, adquiriu outro significado.
   A mita era o direito que os colonos espanhóis se davam de arrancar os indígenas de suas comunidades e forçá-los a trabalhar nas minas por um determinado tempo. Em troca, tais trabalhadores, conhecidos como mitayos, recebiam o equivalente à metade ou a um terço do salário do trabalhador livre.
   A encomienda, a mita, as péssimas condições de trabalho no campo e nas minas, as doenças trazidas pelo europeu (varíola, tuberculose, sarampo, tifo, malária e gripe, entre outras) e a guerra foram os principais fatores responsáveis pela eliminação física de milhões de indígenas na América espanhola.
   Embora um setor da Igreja Católica, tendo a frente o corajoso frei Bartolomeu de Las Casas, tenha conseguido a aprovação de uma lei proibindo a encomienda, o trabalho forçado do indígena continuou sendo largamente utilizado pela empresa colonial espanhola até o século XIX.
   A sociedade
   A sociedade colonial hispano-americana era formada basicamente por uma minoria de brancos, que concentrava grande soma de poder e riqueza, e uma grande maioria de não-brancos, composta de índios, negros e mestiços, submetidos a um regime de trabalho forçado e obrigatório ou recebendo baixíssimos salários.
   Nessa sociedade havia uma estreita relação entre cor, origem e posição social.
   Os chapetones eram os colonos brancos nascidos na Espanha. Ocupavam os mais altos cargos administrativos, políticos, religiosos e militares existentes na sociedade colonial.
   Os criollos eram os filhos de espanhóis nascidos na América. Essa camada social era formada por grandes proprietários de terras e por ricos arrendatários de minas. Apesar disso, aos criollos estavam reservados os cargos administrativos, políticos, religiosos e militares, inferiores aos dos chapetones.
   Os mestiços eram em sua maioria descendentes de brancos e índios e trabalhavam quase sempre, como comerciantes, artesãos e capatazes.
   Os indígenas constituíam a maior parcela da população colonial. Com a chegada dos espanhóis, muitos deles foram sendo destribalizados e incorporados à sociedade hispano-americana para realizar os piores serviços em troca dos mais baixos salários.
   Os negros, na condição de escravos, foram trazidos da África principalmente para trabalhar nas regiões que adotaram a plantation, como São Domingos, Haiti, Cuba e Jamaica.
   A administração
  Nas primeiras décadas da conquista, a coroa espanhola decidiu entregar a particulares – os adelantados – a administração dos territórios americanos pertencentes à Espanha. Os adelantados eram, geralmente, homens como Cortez e Pizzarro, que, por terem encabeçado expedições de conquista, receberam o direito de administrar com grande autonomia os territórios por eles conquistados.
   Entretanto, à medida que os espanhóis foram conquistando novos territórios e descobrindo metais preciosos na América, o governo da Espanha foi diminuindo os poderes dos adelantados e criando órgãos governamentais para cuidar da administração colonial.
  O mais importante desses órgãos foi criado pelo governo espanhol em 1524 e se chamava Conselho das Índias. Além de elaborar leis e nomear funcionários reais para as colônias, o Conselho das Índias estava autorizado a decidir sobre todas as questões coloniais de ordem militar, jurídica ou eclesiástica.
   Para facilitar a administração de seu vasto império, a Espanha subdividiu-o em quatro vice-reinos: Nova Espanha (México e América Central), Nova Granada (Colômbia, Equador e Venezuela, Peru (Peru e parte da Bolívia) e Prata (Argentina, Uruguai, Paraguai e a parte restante da Bolívia).
Além dos vice-reinados, a metrópole criou quatro outras unidades administrativas, chamadas de capitanias-gerais: Cuba, Guatemala, Venezuela e Chile. Situadas em áreas estratégicas, essas capitanias estavam encarregadas de defender as colônias de possíveis ataques estrangeiros.
   Os vice-reis, principais encarregados da administração colonial, tinha autonomia relativa, sendo, frequentemente, fiscalizados pelo poder central. Nas principais cidades coloniais criaram-se câmaras municipais conhecidas pelo nome de cabildos. Estas câmaras eram formadas por fazendeiros e mineradores ricos, autorizados a decidir sobre questões relativas à administração local.
    A Colonização Inglesa
  Enquanto os espanhóis concentraram seus esforços colonizadores nas regiões auríferas da América Central e do Sul, os ingleses ocuparam a América do Norte a partir de 1584, sob o reinado da rainha Elizabeth I. Nesse ano, Walter Raleigh fundava a colônia da Virgínia. Contudo, foi só no século XVII que a colonização inglesa da América do Norte recebeu o impulso de que precisava, especialmente das companhias de comércio britânicas (Companhia de Londres e Companhia de Plymouth, por exemplo), que favoreceram a constituição de novas colônias em terras americanas.
A colonização nas treze colônias inglesas iniciais tem algumas peculiaridades, se comparadas às colonizações espanhola e portuguesa. Podemos, por exemplo, identificar características colonizadoras diferentes em diversas regiões da colônia.
   Na região Sul, a colonização baseou-se no latifúndio monocultor e escravista (plantation), cuja produção destina-se à exportação. Na região Norte e Centro, a ocupação foi realizada principalmente por pessoas perseguidas ou que fugiam dos conflitos políticos e/ou religiosos. Por isso, desenvolveram-se atividades destinadas à sobrevivência das comunidades, como as manufaturas, o comércio é a agricultura baseada na pequena propriedade e na variedade de produtos. Chama-se este tipo de ocupação de colônia de povoamento.
    A Colonização Francesa e a Holandesa
   Os franceses e holandeses, desejosos de usufruir do vantajoso comércio colonial, criaram, no século XVII, companhias de comércio, cujo objetivo era estimular a ocupação de terras americanas.
   Os franceses ocuparam a região que hoje corresponde ao nordeste do território canadense, fundando, em 1608, a cidade de Quebec. Posteriormente, ocuparam a foz do rio Mississipi, fundando ali a colônia da Louisiana.
   Além de se estabelecerem no Canadá e na Louisiana, os franceses fundaram colônias em algumas ilhas da América Central. Nessa parte do continente, ocuparam a Martinica, Guadalupe, Tobago e a porção ocidental da ilha de São Domingos (atual Haiti), além de várias outras ilhas. Na América do Sul, ocuparam uma das Guianas e lá fundaram a cidade de Caiena.
Interessados no domínio colonial americano, os holandeses fundaram, em 1623, um povoado chamado Nova Amsterdã que mais tarde passou ao domínio inglês, transformando-se na cidade de Nova Yorque. Tal como os franceses, os holandeses fundaram colônias nas Antilhas e na região das Guianas, na América do Sul.
  Os holandeses, através da atuação da Companhia de Comércio das Índias Orientais e da Companhia de Comércio das Índias Ocidentais, conseguiram monopolizar grande parte de transporte e mercado europeu dos gêneros coloniais, tornando-se, já no século XVII, numa nação rica e poderosa, assumindo a liderança marítimo-comercial da Europa.
Essa liderança estendeu-se até a metade do século XVII, quando a Holanda foi vencida em guerra travada contra a Inglaterra. Depois de vencer a guerra, a Inglaterra passou a ser a nação hegemônica, a "Rainha dos Mares".
   Enfraquecida pela derrota diante da Inglaterra, a Holanda perdeu grande parte de suas possessões na América.
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   A ERA DAS REVOLUÇÕES - O ILUMINISMO
   O processo de destruição do Absolutismo Monárquico
  No século XVII os reis absolutistas tinham tanto poder que jamais poderiam imaginar que perderiam sua força. De repente começam a ocorrer mudanças radicais na Europa e nas Américas. Os povos começaram a se mobilizar para exigir seus direitos e puseram abaixo o absolutismo, os privilégios da nobreza e o domínio colonial das metrópoles. A revolução Inglesa (1688) foi a primeira rebelião. Outras revoltas inspiradas nas ideias do liberalismo político de John Locke e pelo Iluminismo logo surgiram. As Treze Colônias da Inglaterra conquistaram através de uma violenta luta, a sua independência contra o domínio da Inglaterra, dando origem a um novo país: Os Estados Unidos da América (1776). Em seguida estourou a Revolução Francesa (1789) Em nome de ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, essa revolução incendiou corações e mentes em toda a Europa. A agitação revolucionária penetrou na América Latina. No Brasil ocorreram tentativas de obter a independência contra o domínio português: a principal delas foi a Inconfidência Mineira (1789), sendo um dos seus líderes o famoso Tiradentes. Pouco depois, quase toda a América Latina estava livre das antigas metrópoles europeias. Em poucos anos, reis absolutistas, direitos feudais e leis coloniais foram varridos do mapa. Um maremoto de rebeliões abalou o mundo da época.
   A Revolução Inglesa
  Tudo começou com a Revolução Inglesa. No século XVII, o absolutismo dos reis ingleses tornou-se tão cruel e opressor que acabou provocando a rebelião das classes sociais que eram contra os privilégios da nobreza e do clero inglês.
   A burguesia (comerciantes e banqueiros) e os médios fazendeiros capitalistas eram representados pelos deputados do Parlamento, que na época não tinha força. Estourou uma guerra civil entre o exército do rei e o exército do Parlamento, formado pela população comum. Por fim, o exército do rei perdeu a guerra e o rei foi decapitado. A Inglaterra deixou de ser uma monarquia absolutista tornando-se uma monarquia parlamentar - um sistema no qual o rei obedece às decisões do Parlamento. Adotou também o regime político liberal - se o governo não agradasse aos cidadãos, eles tinham o direito de eleger outros representantes para o Parlamento.
   A revolução inglesa de 1640-1688 pode ser vista como uma grande vitória da burguesia e dos valores capitalistas sobre a sociedade, afinal a burguesia assumiu e poder e colocou a Inglaterra nas vias do desenvolvimento comercial e industrial. O Parlamento adotou várias medidas favoráveis aos negócios da burguesia. No final do séc. XVIII, a Inglaterra foi o primeiro país do mundo a instalar fábricas que utilizavam máquinas a vapor. Começava então a Revolução Industrial.
   Mas essa revolução também representa um momento brilhante da luta pelo direito do cidadão de criticar o governo e escolher seus próprios governantes, de ser livre e ter suas próprias ideias políticas ou religiosas, de exigir que todo e qualquer governante seja punido quando desrespeita a Lei.
 Mas a Revolução Inglesa foi limitada por dois fatores: o primeiro é que os deputados do Parlamento passaram a ser eleitos por voto, mas o voto era censitário - somente os homens com bom nível de renda é que podiam votar. Portanto só os nobres e burgueses podiam votar. A maior parte da população trabalhadora estava excluída das decisões. Em segundo lugar, a revolução inglesa limitou-se a Inglaterra – ela não se espalhou e o resto da Europa continuou a ter governos absolutistas.
   As ideias revolucionárias de John Locke, o primeiro filósofo iluminista da História
   A revolução inglesa foi inspirada nas ideias políticas de John Locke (1632-1704). Para Locke o governante não governava por vontade de Deus, como gostavam de afirmar os reis absolutistas, mas pela vontade dos homens e com a permissão deles. O Estado havia nascido para proteger a vida, a liberdade e a propriedade dos indivíduos. Seria um acordo entre o governante e a sociedade.    Acontece que existiam Estados absolutistas que não cumpriam suas funções. Pior ainda, atacavam a propriedade dos indivíduos, ameaçavam sua liberdade e sua vida. Segundo a ideia de Locke, se o Estado fosse tirânico, os cidadãos tinham direito de se rebelar contra a opressão e de colocar outros homens para exercer o governo. E foi isso que os ingleses fizeram pela 1a vez!
John Locke é considerado o pai do liberalismo político. O termo liberalismo tem a ver com liberdade. É uma corrente de pensamento que afirma que o Estado não pode sufocar a liberdade das pessoas. Ou seja, cada pessoa tem o direito de escolher suas próprias ideias políticas, religiosas, de falar o que pensa e de escrever livremente (liberdade de expressão), sem censura, de escolher a profissão que quiser, etc.
   O Iluminismo
   Foi um movimento cultural e intelectual, surgido na Europa, no século XVIII. A França foi a terra dos principais filósofos iluministas. A revolução inglesa influenciou muito os intelectuais franceses. Eles ficaram entusiasmados com o país onde ninguém era preso por causa das suas ideias e onde o rei não podia tomar decisões importantes sem a autorização do Parlamento. As ideias filosóficas de John Locke também influenciaram muito os franceses.
   Nessa época, a França ainda era dominada pelo Antigo Regime - é o nome da sociedade que se formou na Europa nos séc. XV e XVI. Suas duas características mais importantes eram: o absolutismo e o feudalismo (privilégio dos nobres). No século XVIII, muitos intelectuais concluíram que o Antigo Regime era uma sociedade irracional e injusta, que provocava a infelicidade de milhões de pessoas. Eles queriam que a população despertasse de suas ilusões e noções erradas sobre o mundo e a sociedade. Eles acreditavam que tinham a missão de esclarecer os outros. Expuseram suas reflexões em banquetes e salões nobres, em cafés, jornais, livros e cartas. Sua filosofia baseava-se no uso e na exaltação da razão - a inteligência; a capacidade humana de raciocinar utilizando o bom senso. A razão seria a luz que nos faz compreender, que nos traz conhecimento, que nos faz agir corretamente. Para eles, as desgraças humanas, como a guerra, o fanatismo religioso, a ignorância e os governos opressores, foram causados pelas trevas da ignorância. Se os homens organizassem instituições racionais, se as leis e os governos seguissem a luz da razão, em vez das trevas do preconceito e das superstições, a humanidade conheceria o progresso e a felicidade.
   Propostas iluministas para uma nova sociedade:
   Uma das ideias mais fortes era de que a natureza fez com que todos os homens nascessem iguais. Isso queria dizer que os homens deveriam ter os mesmos direitos. Um governo só seria justo se garantisse a liberdade e igualdade de todos perante a Lei – a igualdade jurídica. Os iluministas não aceitavam que existissem leis e tribunais especiais para os nobres e que os principais cargos do Estado fossem reservados aos nobres. Eles criticaram a sociedade dividida por classes. Para eles, a desigualdade era provocada pelos próprios homens, e não por desejo de Deus (como afirmava a Igreja). Os homens são produto da educação e da sociedade em que vivem. A proposta era uma educação que valorizasse o conhecimento, a bondade e a razão em vez da educação realizada pela Igreja, por padres cheios de fanatismos, preconceitos, e superstições, que tornava os seres ignorantes, submissos e mesquinhos.
   Valorização da ciência e do progresso. Os iluministas veneravam as ciências (a matemática, a física, química, astronomia). Por meio da ciência e da tecnologia, a razão se tornava um instrumento para modificar o mundo, para criar o progresso material, tornando a vida das pessoas mais agradável e fácil. A ciência teria também o papel de explicar o funcionamento do universo e da vida.
   O Anticlericalismo era outra característica do Iluminismo. O Clero (Igreja) era tido como inimigo da razão, da ciência e do progresso.
   Defendiam a tolerância, a ideia de respeitar as pessoas que pensam diferente de nós. O filósofo Voltaire gostava de dizer: ``Não concordo com uma só palavra que você diz, mas defenderei até a morte seu direito de falar livremente´´.
   Os filósofos iluministas foram os que mais defenderam os direitos humanos – o mais importante era o direito à liberdade. Eram totalmente contra à escravidão e à servidão. Ninguém deveria ser preso ou torturado por causa de suas opiniões políticas ou religiosas. Um criminoso não deveria ser punido e sim reeducado. Hoje em dia, a Declaração dos Direitos Humanos da ONU está repleta de ideias iluministas.
  O iluminismo defendia a propriedade privada – na época os burgueses viviam sob ameaça de perderem suas propriedades em caso de dívidas, não-pagamento de impostos ou condenação pela justiça.
   A separação dos três poderes: era uma ideia pensada pelos filósofos para limitar os poderes do rei. O governo deveria ser repartido entre pessoas diferentes. O poder Executivo (que administra o país) deveria ser entregue ao rei ou a uma pessoa eleita para isso (1o ministro ou presidente).O poder Legislativo (que faz as leis e fiscaliza o executivo) deveria estar nas mãos de uma assembleia de deputados eleita pelos cidadãos. O poder Judiciário (que garante o cumprimento das leis e pune os que se desviam dela) seria exercido por juízes e tribunais. Foi uma ideia que pegou: hoje em dia quase todos os países do mundo adotam a separação dos três poderes.
   As repercussões das ideias iluministas
   As Ideias iluministas tiveram muita força na independência dos EUA e na Revolução Francesa. Até mesmo os latino-americanos foram influenciados pelas obras iluministas. A inconfidência Mineira no Brasil e os movimentos pela independência nos países da América Central e do Sul, tiveram como princípios ideias iluministas. Tiradentes, por exemplo, foi um grande admirador do iluminismo.
   Apesar de se espalhar por vários cantos do mundo, as ideias dos iluministas não foram bem vistas pela nobreza e muitos pensadores que moravam na França foram perseguidos e precisaram fugir para não serem presos. Obras iluministas foram proibidas e lançadas na fogueira.
   Por sua vez, os burgueses receberam com entusiasmo as ideias iluministas, pois correspondiam aos seus interesses. Esse grupo social não participava do poder político nem dos privilégios da nobreza. Seus negócios eram submetidos às regras comerciais impostas pelo governo. Pagavam impostos e não usufruíam de nenhum direito social e político.
   Alguns reis e imperadores adotaram parte do pensamento iluminista: reformaram instituições políticas, sociais, econômicas e religiosas sem diminuírem o poder real. Aboliram alguns privilégios do clero e da nobreza; puseram fim às torturas; estabeleceram a liberdade de culto religioso; incentivaram a educação pública construindo escolas; aperfeiçoaram o sistema de impostos, tornando-o menos opressivo para o povo. Continuaram absolutistas, mas ´´iluminados´´ pelas novas ideias. Era um absolutismo disfarçado pelas ideias iluministas. Por isso foram chamados de déspotas esclarecidos. Era uma espécie de pintura nova em barraco velho.
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   ERA NAPOLEÔNICA
   Napoleão Bonaparte nasceu em Ajaccio, Córsega em 1769. Foi tenente da artilharia do exército francês aos 19 anos e general aos 27 anos, saindo vitorioso em várias batalhas na Itália e na Áustria.
   Foi um dos chamados "monarcas iluminados", que aderiram ao movimento filosófico chamado Iluminismo.
   Napoleão Bonaparte esteve no poder da França durante 15 anos e nesse tempo conquistou grande parte da Europa.. Para os biógrafos, seu sucesso se deu devido a sua grande capacidade como estrategista, seu espírito de liderança e ao seu talento para empolgar os soldados com promessas de riqueza e glória após vencidas as batalhas.
Era Napoleônica
   Os processos revolucionários provocaram certa tensão na França, de um lado estava a burguesia insatisfeita com os jacobinos, formados por monarquistas e revolucionários radicais, e do outro lado as monarquias europeias, que temiam que os ideais revolucionários franceses se propagassem por seus reinos.
   Foi derrubado na França, sob o comando de Napoleão, o governo do Diretório. Junto com a burguesia, Napoleão estabeleceu o consulado, primeira fase do seu governo. Este golpe ficou conhecido como 'Golpe 18 de Brumário' em 1799. O Golpe 18 de Brumário marca o início de um novo período na história francesa, e consequentemente, da Europa: a Era Napoleônica.
   Seu governo pode ser dividido em três partes:
Consulado (1799-1804)
Império (1804-1814)
Governo dos Cem Dias (1815)
   Consulado
   O governo do consulado foi instalado depois da queda do Diretório. O consulado possuía caráter republicano e militar. No poder Executivo, três pessoas eram responsáveis: dois cônsules e o próprio Napoleão. Apesar da presença de outros dois cônsules, quem mais dispunha de influência e poder era o próprio Napoleão, que foi eleito primeiro-cônsul da República.
   No consulado, a burguesia detinha o poder e assim, foi consolidada com o grupo central da França. A forte censura à imprensa, a ação violenta dos órgãos policiais e o desmanche da oposição ao governo colocaram em questão os ideais de ―liberdade, igualdade e fraternidade‖ características da Revolução Francesa.
   Entre os feitos de Napoleão (na época), podemos citar:
> Economia – Criação do Banco da França, em 1800, controlando a emissão de moeda e a inflação; criação de tarifas protecionistas, fortalecendo a economia nacional.
> Religião – Elaboração da Concordata entre a Igreja Católica e o Estado, o qual dava o direito do governo francês de confiscar as propriedades da Igreja, e em troca, o governo teria de amparar o clero.
> Direito – Criação do Código Napoleônico, representando em grande parte os interesses dos burgueses, como casamento civil (separado do religioso), respeito à propriedade privada, direito à liberdade individual e igualdade de todos perante à lei, etc.
> Educação – Reorganização e prioridades para a educação e formação do cidadão francês.
    Os resultados obtidos neste período do governo de Napoleão agradaram à elite francesa. Com o apoio destas, Napoleão foi elevado ao nível de cônsul vitalício, em 1802.
   Império
   Em plebiscito realizado em 1804, a nova fase da era napoleônica foi aprovada com quase 60% dos votos, e o regime monárquico foi restabelecido na França, Napoleão foi indicado para ocupar o trono.
   Nesse período, podemos destacar o grande número de batalhas de Napoleão para a conquista de novos territórios para a França. O exército francês tornou-se o mais poderoso de toda a Europa.
   O principal e mais poderoso inimigo francês, na época, era a Inglaterra. Os ingleses se opunham a expansão francesa, e vendo a força do exército francês, formaram alianças com Áustria, Rússia e Prússia.
   Embora o governo francês dispusesse do melhor exército da Europa, a Inglaterra era a maior potência naval da época, o que dificultou a derrota dos ingleses. Em virtude disso, Napoleão Bonaparte pensou em outra forma de derrotar os ingleses economicamente. Ele estabeleceu o Bloqueio Continental, que determinava que todos os países europeus deveriam fechar seus portos para o comércio com a Inglaterra, enfraquecendo assim, as exportações do país e causando uma crise industrial.
   A Inglaterra na época, era o maior parceiro comercial de Portugal. Portugal vendia produtos agrícolas e a Inglaterra, produtos manufaturados. Vendo que não poderia parar de negociar com os ingleses, e temendo a invasão dos franceses, D. João VI junto com sua família e os nobres portugueses fugiram para o Brasil, transferindo quase todo o aparelho estatal para a colônia.
   A Rússia também descumpriu o Bloqueio Continental e comercializou com a Inglaterra. Napoleão e seus homem marcharam contra a Rússia, mas foram praticamente vencidos pelo imenso território russo e principalmente, pelo rigoroso inverno. Além disso haviam conspirações de um golpe na França, o que fez Napoleão voltar rapidamente para controlar a situação.
Após esses fatos temos a luta da coligação europeia contra a França. Com a capitulação de Paris, o imperador foi obrigado a abdicar.
   Governo dos Cem Dias
   Com a derrota para as forças da coligação europeia, Napoleão foi exilado na Ilha de Elba, no Tratado de Fontainebleau, porém fugiu no ano seguinte. Com um exército, entrou na França e reconquistou o poder. Passou a atacar a Bélgica, mas foi derrotado pela segunda vez na Batalha de Waterloo. Assim, Napoleão foi preso e exilado pela segunda vez, porém para a Ilha de Santa Helena, em 1815. Napoleão morreu em 1821 não se sabe, na verdade, o motivo, mas suspeita-se de envenenamento.
http://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/eranapoleonica.htm

   UNIFICAÇÕES DE ITÁLIA E ALEMANHA
Marcos Emílio Ekman Faber
   
A UNIFICAÇÃO DA ITÁLIA 
   O Congresso de Viena (1814-1815) dividiu a Itália em sete Estados: Reino Sardo-Peimontês - governado pela família dos Sabóia. Reino da Lombardia - governada pela Áustria. Estados Pontifícios - autoridade da Igreja Católica. Ducado da Toscana, Parma e Modena - governada pela Áustria. Reino de Nápoles ou das Duas Sicílias - governado pela família dos Bourbons. Até o século XIX a Itália era basicamente agrária. No Norte ocorriam os primeiros investimentos na industrialização. Surgindo uma burguesia industrial. Em meados do século XIX, Giuseppe Mazzini tenta unificar a península itálica em uma república, mas fracassa. Na segunda metade do século XIX, Vítor Emanuel II, rei piemontês, recebendo apoio de Napoleão III, aproxima-se da burguesia e inicia o processo de unificação italiana. A Áustria coloca-se contrária a tal processo de unificação, dando inicio a uma guerra entre estes países. Com a ajuda da França, os austríacos são vencidos. Fortalecendo o processo de unificação da Itália. Giuseppe Garibaldi vence as batalhas de Montebello (20/05/1859) e Magenta (04/07/1859). A guerra une vários reinos italianos. A partir de 1860, os reinos são unificados e Vítor Emanuel é aclamado rei. Em 1870 o processo de unificação é completado e Roma torna-se a capital. Em 1929, através do Tratado de Latrão, é criado o Estado do Vaticano.
   A UNIFICAÇÃO DA ALEMANHA
   Até meados do século XIX, a Alemanha era formada por uma confederação de principados e Estados com sede em Frankfurt. A Prússia e a Áustria destacavam-se dentro desta confederação. Mapa da Itália antes da unificação A agricultura era a principal atividade econômica, mas mantinham-se relações feudais de produção. A mão-de-obra concentrava-se nos meios urbanos, procedentes da exclusão rural. Devido ao desemprego e as más condições de vida, surgem diversas revoltas por toda a Alemanha. A indústria estava em processo de afirmação e não ocorria em todas as regiões da Alemanha. Para diminuir os impostos alfandegários, é criada a Zollverein, abolição da cobrança de impostos em transações de estados alemães com exceção da Áustria. Essa medida impulsionou a circulação de mercadorias e também o desenvolvimento industrial na região. Surgem diversas e antagônicas manifestações de interesses na Alemanha:
   Os grandes industriários desejavam reformas garantidas por uma constituição.
   A pequena burguesia pretendia a democratização dos estados alemães.
As lideranças urbanas e os operários partilhavam de ideias socialistas. Guilherme I, rei da Prússia, concede à Otto von Bismarck a presidência do parlamento. O aristocrata Bismarck, aproxima-se das camadas populares, ganhando apoio destes. Bismarck passa a defender a hegemonia prussiana em detrimento da Áustria. Em 1866, a Prússia vence os austríacos na Batalha de Sandowa. Após este confronto a Áustria desliga-se dos Estados germânicos e juntamente com a Hungria forma o Império Áustro-Húngaro. Mesmo com a saída da Áustria a Alemanha continua dividida. A Prússia lidera a Confederação Germânica do Norte. Os Estados do Sul foram impedidos de participar da confederação devido as ameaças de invasão da França. A França declara guerra à Prússia e é derrotada em 18/01/1871. Devido a vitória germânica é criado o Império Alemão, sob o comando de Guilherme I, que recebe o título de Kaiser (imperador). Com a criação do Império Alemão, a Alemanha surge como uma grande potência europeia:
- Poderoso exército - venceu a Áustria e a França.
- População numerosa e urbana.
- Crescimento industrial invejável.
- Bismarck cria uma legislação trabalhista e programas de assistência social.
   Porém devido a divergências com o Kaiser Guilherme I, Bismarck, o "Chanceler de Ferro", é deposto. No início do século XX a Alemanha já é uma das maiores potências mundiais.
http://www.historialivre.com/contemporanea/salaunifica.htm

    A INDEPENDÊNCIA DAS COLÔNIAS LATINOAMERICANAS
   Crise no Império Colonial Espanhol: Práticas do Despotismo Esclarecido fez com que a elite criolla tivesse mais liberdade de comércio nas colônias. A elite criolla (filhos de espanhóis nascidos na América), apesar de muito rica, não tinha direitos políticos, reservados apenas aos chapetones (espanhóis de sangue). Os mestizos faziam trabalhos artesanais enquanto que os indígenas eram explorados no trabalho compulsório. As ideias iluministas foram fundamentais para que os criollos tomassem a frente do movimento pela independência da América Espanhola, assim como a independência dos Estados Unidos em 1776.
   Primeiras manifestações: Embora conduzida pelos criollos, o movimento pela independência começou pela mão dos populares. José Gabriel Tupac Amaru liderava, com ajuda inicial dos criollos, os ataques aos corregidores(chefes políticos) e saqueavam as obrajes (oficinas têxteis) no Vice Reino do Peru. Com medo do avanço indígena, os criollos passaram a perseguir os seguidores de Tupac Amaru e apoiar a Coroa contra este movimento.
   Haiti: Primeiro país independente de fato da América Latina e único processo comandado pelas camadas populares (1804). O Haiti, então colônia da França via como incoerência continuar sendo colônia escravocrata do país que tinha feito a grande revolução burguesa. Através da liderança deToussaint de Louverture, os escravos promoveram um verdadeiro massacre da elite branca do Haiti, no movimento que ficou conhecido como ―haitianismo‖.A independência foi reconhecida pela França após uma pesada indenização, que deixou o Haiti na miséria.
San Martín e Simon Bolívar: Dois criollos: o primeiro responsável pela independência da Argentina, Chile e Peru, e a favor de criação de Estados Independentes na América, o segundo, responsável pela independência da Grã- Colômbia, a favor da criação de uma América Latina unificada e solidária entre si. Tal pensamento ficou conhecido como bolivarismo. Vale lembrar que a independência em nada mudou a estrutura social, que continuou a mesma do período colonial.
   México: As lutas começaram com levantes populares liderados pelo padre Miguel Hidalgo, que visava a independência e a reforma agrária. Morto Hidalgo, outro padre, José Maria Morelos continuou a luta e proclamou a independência em 1813, que não foi reconhecida pelo governo espanhol. Até os dias de hoje, as lutas deixam marcas: o Chiapas não conseguiu sua independência e ainda é palco de lutas.
   Cuba: Grande produtora de açúcar era controlada rigidamente por conta do medo do governo espanhol de um levante como do Haiti. A luta pela independência ganhou força pela mão dos criollos, que estavam insatisfeitos com o aumento dos impostos. Em 1898, quando Cuba estava prestes a ficar independente, os EUA invadiram a ilha e declaram guerra à Espanha: era o início da política intervencionista dos EUA na América Latina. Através da Emenda Platt, os EUA poderiam intervir na política Cubana. Até hoje os norte-americanos mantêm uma base militar em Guatánamo.
http://blogdaprofmarie.blogspot.com.br/2011/01/independencia-das-colonias.html

    REVOLUÇÃO FRANCESA
   Pode se dizer que a Revolução Francesa teve relevante papel nas bases da sociedade de uma época, além de ter sido um marco divisório da história dando início à idade contemporânea.
 Foi um acontecimento tão importante que seus ideais influenciaram vários movimentos ao redor do mundo, dentre eles, a nossa Inconfidência Mineira.
  Esse movimento teve a participação de vários grupos sociais: pobres, desempregados, pequenos comerciantes, camponeses (estes, tinham que pagar tributos à nobreza e ao clero).
   Em 1789, a população da França era a maior do mundo, e era dividida em três estados: clero (1º estado), nobreza (2º estado) e povo (3º estado).
   Clero
- Alto clero (bispos, abades e cônicos)
- Baixo clero (sacerdotes pobres)
   Nobreza
- Nobreza cortesã (moradores do Palácio de Versalhes)
- Nobreza provincial (grupo empobrecido que vivia no interior)
- Nobreza de Toga (burgueses ricos que compravam títulos de nobreza e cargos políticos e administrativos)
   Povo
- Camponeses
- Grande burguesia (banqueiros, grandes empresários e comerciantes)
- Média burguesia (profissionais liberais)
- Pequena burguesia (artesãos e comerciantes)
- Sans-culottes (aprendizes de ofícios, assalariados, desempregados).Tinham este nome porque não usavam os calções curtos com meias típicos da nobreza.
   O clero e a nobreza tinham vários privilégios: não pagavam impostos, recebiam pensões do estado e podiam exercer cargos públicos.
   O povo tinha que arcar com todas as despesas do 1º e 2º estado. Com o passar do tempo e influenciados pelos ideais do Iluminismo, o 3º estado começou a se revoltar e a lutar pela igualdade de todos perante a lei. Pretendiam combater, dentre outras coisas, o absolutismo monárquico e os privilégios da nobreza e do clero.
   A economia francesa passava por uma crise, mais da metade da população trabalhava no campo, porém, vários fatores ( clima, secas e inundações), pioravam ainda mais a situação da agricultura fazendo com que os preços subissem, e nas cidades e no campo, a população sofria com a fome e a miséria.
   Além da agricultura, a indústria têxtil também passava por dificuldades por causa da concorrência com os tecidos ingleses que chegavam do mercado interno francês. Como consequência, vários
trabalhadores ficaram desempregados e a sociedade teve o seu número de famintos e marginalizados elevados.
   Toda esta situação fazia com que a burguesia (ligada à manufatura e ao comércio) ficasse cada vez mais infeliz. A fim de contornar a crise, o Rei Luís XVI resolveu cobrar tributos ao povo (3º estado), em vez de fazer cobranças ao clero e a nobreza.
   Sentindo que seus privilégios estavam ameaçados, o 1º e 2º estado se revoltaram e pressionaram o rei para convocar a Assembleia dos Estados Gerais que ajudaria a obrigar o povo a assumir os tributos.
   OBS: A Assembleia dos Estados Gerais não se reunia há 175 anos. Era formada por integrantes dos três estados, porém, só era aceito um voto para cada estado, como clero e nobreza estavam sempre unidos, isso sempre somava dois votos contra um do povo.
   Essa atitude prejudicou a nobreza que não tinha consciência do poder do povo e também porque as eleições para escolha dos deputados ocorreram em um momento favorável aos objetivos do 3º estado, já que este vivia na miséria e o momento atual do país era de crise econômica, fome e desemprego.
   Em maio de 1789, após a reunião da Assembleia no palácio de Versalhes, surgiu o conflito entre os privilegiados (clero e nobreza) e o povo.
   A nobreza e o clero, perceberam que o povo tinha mais deputados que os dois primeiros estados juntos, então, queria de qualquer jeito fazer valer o voto por ordem social. O povo (que levava vantagem) queria que o voto fosse individual.
   Para que isso acontecesse, seria necessário uma alteração na constituição, mas a nobreza e o clero não concordavam com tal atitude. Esse impasse fez com que o 3º estado se revoltasse e saísse dos Estados Gerais.
   Fora dos Estados Gerais, eles se reuniram e formaram a Assembleia Nacional Constituinte.
   O rei Luís XVI tentou reagir, mas o povo permanecia unido, tomando conta das ruas. O slogan dos revolucionários era "Liberdade, Igualdade e Fraternidade".
   Em 14 de julho de 1789 os parisienses invadiram e tomaram a Bastilha (prisão) que representava o poder absoluto do rei, já que era lá que ficavam os inimigos políticos dele. Esse episódio ficou conhecido como "A queda da Bastilha".
   O rei já não tinha mais como controlar a fúria popular e tomou algumas precauções para acalmar o povo que invadia, matava e tomava os bens da nobreza: o regime feudal sobre os camponeses foi abolido e os privilégios tributários do clero e da nobreza acabaram.
   No dia 26 de agosto de 1789 a Assembleia Nacional Constituinte proclamou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, cujos principais pontos eram:
  • O respeito pela dignidade das pessoas 
  • Liberdade e igualdade dos cidadãos perante a lei 
  • Direito à propriedade individual 
  • Direito de resistência à opressão política 
  • Liberdade de pensamento e opinião 
   Em 1790, a Assembleia Constituinte reduziu o poder do clero confiscando diversas terras da Igreja e pôs o clero sob a autoridade do Estado. Essa medida foi feita através de um documento chamado "Constituição Civil do Clero". Porém, o Papa não aceitou essa determinação.
   Sobraram duas alternativas aos sacerdotes fiéis ao rei.
1. Sair da França
2. Lutar contra a revolução
   Muitos concordaram com essa lei para poder permanecer no país, mas os insatisfeitos fugiram da França e no exterior decidiram se unir e formar um exército para reagir à revolução.
   Em 1791, foi concluída a constituição feita pelos membros da Assembleia Constituinte.
   Principais tópicos dessa constituição
  • Igualdade jurídica entre os indivíduos 
  • Fim dos privilégios do clero e nobreza 
  • Liberdade de produção e de comércio (sem a interferência do estado) 
  • Proibição de greves 
  • Liberdade de crença 
  • Separação do estado da Igreja 
  • Nacionalização dos bens do clero
  • Três poderes criados (Legislativo, Executivo e Judiciário) 
   O rei Luís XVI não aceitou a perda do poder e passou a conspirar contra a revolução, para isso contatava nobres emigrados e monarcas da Áustria e Prússia (que também se sentiam ameaçados). O objetivo dos contrarrevolucionários era organizar um exército que invadisse a França e restabelecesse a monarquia absoluta (veja Absolutismo na França).
   Em 1791, Luís XVI quis se unir aos contrarrevolucionários e fugiu da França, mas foi reconhecido, capturado, preso e mantido sob vigilância.
    Em 1792, o exército austro-prussiano invadiu a França, mas foi derrotado pelas tropas francesas na Batalha de Valmy. Essa vitória deu nova força aos revolucionários franceses e tal fato levou os líderes da burguesia decidir proclamar a República (22 de setembro de 1792).
   Com a proclamação, a Assembleia Constituinte foi substituída pela Convenção Nacional que tinha como uma das missões elaborar uma nova constituição para a França.
   Nessa época, as forças políticas que mais se destacavam eram as seguintes:
  • Girondinos: alta burguesia 
  • Jacobinos: burguesia (pequena e média) e o proletariado de Paris. Eram radicais e defendiam os interesses do povo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, pregavam a condenação à morte do rei. 
  • Grupo da Planície: Apoiavam sempre quem estava no poder. 
   Mesmo com o apoio dos girondinos, Luís XVI foi julgado e guilhotinado em janeiro de 1793. A morte do rei trouxe uma série de problemas como revoltas internas e uma reorganização das forças absolutistas estrangeiras.
   Foram criados o Comitê de Salvação Pública e o Tribunal Revolucionário (responsável pela morte na guilhotina de muitas pessoas que eram consideradas traidoras da causa revolucionária).
   Esse período ficou conhecido como "Terror", ou "Grande Medo", pois os não-jacobinos tinham medo de perder suas cabeças.
   Começa uma ditadura jacobina, liderada por Robespierre. Durante seu governo, ele procurava equilibrar-se entre várias tendências políticas, umas mais identificadas com a alta burguesia e outras mais próximas das aspirações das camadas populares.
   Robespierre conseguiu algumas realizações significativas, principalmente no setor militar: o exército francês conseguiu repelir o ataque de forças estrangeiras.
   Durante o governo dele vigorou a nova Constituição da República (1793) que assegurava ao povo:
  • Direito ao voto 
  • Direito de rebelião 
  • Direito ao trabalho e a subsistência 
   Continha uma declaração de que o objetivo do governo era o bem comum e a felicidade de todos.
   Quando as tensões decorrentes da ameaça estrangeira diminuíram, os girondinos e o grupo da planície uniram-se contra Robespierre que sem o apoio popular foi preso e guilhotinado em 1794.
   Após a sua morte, a Convenção Nacional foi controlada por políticos que representavam os interesses da alta burguesia. Com nova orientação política, essa convenção decidiu elaborar outra constituição para a França.
   A nova constituição estabelecia a continuidade do regime republicano que seria controlado pelo Diretório (1795 - 1799). Neste período houve várias tentativas para controlar o descontentamento popular e afirmar o controle político da burguesia sobre o país.
   Durante este período, a França voltou a receber ameaças das nações absolutistas vizinhas agravando a situação.
    Nessa época, Napoleão Bonaparte ganhou prestígio como militar e com o apoio da burguesia e do exército, provocou um golpe.
   Em 10/11/1799, Napoleão dissolveu o diretório e estabeleceu um novo governo chamado Consulado. Esse episódio ficou conhecido como 18 Brumário.
   Com isso ele consolidava as conquistas da burguesia dando um fim para a revolução.
http://www.infoescola.com/historia/revolucao-francesa/

    SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
   No desenrolar da Revolução Industrial percebemos que a necessidade crescente por novas tecnologias se tornou uma demanda comum a qualquer nação ou dono de indústria que quisesse ampliar seus lucros. Com isso, o modelo industrial estipulado no século XVIII sofreu diversas mudanças e aprimoramentos que marcaram essa busca constante por novidades. Particularmente, podemos ver que, a partir de 1870, uma nova onda tecnológica sedimentou a chamada Segunda Revolução Industrial.
   Nessa nova etapa, o emprego da energia elétrica, o uso do motor à explosão, os corantes sintéticos e a invenção do telégrafo estipularam a exploração de novos mercados e a aceleração do ritmo industrial. Dessa forma, percebemos que vários cientistas passaram a se debruçar na elaboração de teorias e máquinas capazes de reduzir os custos e o tempo de fabricação de produtos que pudessem ser consumidos em escalas cada vez maiores.
   A eletricidade já era conhecida um pouco antes dessa época, mas tinha seu uso restrito ao desenvolvimento de pesquisas laboratoriais. Contudo, passou a ser utilizada como um tipo de energia que poderia ser transmitido em longas distâncias e geraria um custo bem menor se comparado ao vapor. No ano de 1879, a criação da lâmpada incandescente estabeleceu um importante marco nos sistemas de iluminação dos grandes centros urbanos e industriais da época.
   O petróleo, que antes tinha somente uso para o funcionamento de sistemas de iluminação, passou a ter uma nova utilidade com a invenção do motor à combustão. Com isso, ao lado da eletricidade, este mineral passou a estabelecer um ritmo de produção mais acelerado. Sob tal aspecto, não podemos deixar de destacar outras descobertas empreendidas no campo da química que também contribuíram para essa nova etapa do capitalismo industrial.
http://www.brasilescola.com/historiag/segunda-revolucao-industrial.htm

   REVOLUÇÃO RUSSA 
   A Revolução Russa de 1917 foi uma série de eventos políticos na Rússia, que, após a eliminação da autocracia russa, e depois do Governo Provisório (Duma), resultou no estabelecimento do poder soviético sob o controle do partido bolchevique. O resultado desse processo foi a criação da União Soviética, que durou até 1991. No começo do século XX, a Rússia era um país de economia atrasada e dependente da agricultura, pois 80% de sua economia estava concentrada no campo (produção de gêneros agrícolas).
Rússia Czarista
   Os trabalhadores rurais viviam em extrema miséria e pobreza, pagando altos impostos para manter a base do sistema czarista de Nicolau II. O czar governava a Rússia de forma absolutista, ou seja, concentrava poderes em suas mãos não abrindo espaço para a democracia. Mesmo os trabalhadores urbanos, que desfrutavam os poucos empregos da fraca indústria russa, viviam descontentes com o governo do czar.
   No ano de 1905, Nicolau II mostra a cara violenta e repressiva de seu governo. No conhecido Domingo Sangrento, manda seu exército fuzilar milhares de manifestantes. Marinheiros do encouraçado Potenkim também foram reprimidos pelo czar.
   Começava então a formação dos sovietes (organização de trabalhadores russos) sob a liderança de Lênin. Os bolcheviques começavam a preparar a revolução socialista na Rússia e a queda da monarquia.
   A Revolução compreendeu duas fases distintas:
  - A Revolução de Fevereiro de 1917(março de 1917, pelo calendário ocidental), que derrubou a autocracia do Czar Nicolau II da Rússia, o último Czar a governar, e procurou estabelecer em seu lugar uma república de cunho liberal.
   Czar da Rússia Nicolau II
-A Revolução de Outubro (novembro de 1917, pelo calendário ocidental), na qual o Partido Bolchevique, liderado por Vladimir Lênin, derrubou o governo provisório e impôs o governo socialista soviético
-1º presidente do Partido Bolchevique e líder da União Soviética Vladmir Lênin
   O Governo Provisório e o Soviete de Petrogrado
   O Governo Provisório iniciou de imediato diversas reformas liberalizantes, inclusive a abolição da corporação policial e sua substituição por uma milícia popular. Mas os líderes bolcheviques, entre os quais estava Lenin, formaram os Sovietes (Conselhos) em Petrogrado e outras cidades, estabelecendo o que a historiografia, posteriormente, registraria como ‗duplo poder‘: o Governo Provisório e os Sovietes.
   Lenin foi o primeiro dirigente da URRS. Liderou os bolcheviques quando estes tomaram o poder do governo provisório russo, após a Revolução de Outubro de 1917 (esta sublevação ocorreu em 6 e 7 de novembro, segundo o calendário adotado em 1918; em conformidade com o calendário juliano, adotado na Rússia naquela época, a revolução eclodiu em outubro). Lenin acreditava que a revolução provocaria rebeliões socialistas em outros países do Ocidente.
   Ao expor as chamadas Teses de abril, Lenin declarou que os bolcheviques não apoiariam o Governo Provisório, e pediu a união dos soldados numa frente que viesse pôr fim à guerra imperialista (I Guerra Mundial) e iniciasse a revolução proletária, em escala internacional, ideia que seria fortalecida com a propaganda de Leon Trotski. Enquanto isso, Alexandr Kerenski buscava fortalecer a moral das tropas.
   No Congresso de Sovietes de toda a Rússia, realizado em 16 de junho, foi criado um órgão central para a organização dos Sovietes: o Comitê Executivo Central dos Sovietes que organizou, em Petrogrado, uma enorme manifestação, como demonstração de força.
http://www.sohistoria.com.br/ef2/revolucaorussa/

   SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
   CAUSAS 
   Podemos dizer que uma das principais causas da Segunda Grande Guerra foi o Tratado de Versalhes. Esse Tratado, assinado em 1919 e que encerrou oficialmente a Primeira Grande Guerra, determinava que a Alemanha assumisse a responsabilidade por ter causado a Primeira Guerra e obrigava o país a pagar uma dívida aos países prejudicados, além de outras exigências como o impedimento de formar um exército reforçado e o reconhecimento da independência da Áustria. Isso é claro, trouxe revolta aos alemães, que consideraram estas obrigações uma verdadeira humilhação.
   O INÍCIO DA GUERRA 
   Um conflito sangrento que deixou danos irreparáveis em toda a humanidade. Uma guerra entre Aliados e as Potências do Eixo. China, França, Grã-Bretanha, União Soviética e EUA formavam os Aliados, enquanto que Alemanha, Japão e Itália formavam as Potências do Eixo. Estes últimos tinham governos fascistas e tinham por objetivo dominar os povos, que na opinião deles eram inferiores, e construir grandes impérios.
   NOTA 
   Na Europa surgiram partidos políticos que pregavam a instalação de um regime autoritário. Esses partidos formavam um movimento denominado Fascismo. Os fascistas acreditavam que a democracia era um regime fraco e incapaz de resolver a crise econômica. O país precisava de um líder com autoridade suficiente para acabar com a ―bagunça‖ instalada, promovida por grevistas, criminosos e desocupados.
PRINCIPAIS DITADORES FASCISTAS 
- Benito Mussolini: Itália.
- Hitler: Alemanha (Os fascistas alemãs eram chamados de nazistas).
- Franco: Espanha.
PRINCIPAIS IDEIAS FASCISTAS
- Anticomunismo
- Antiliberalismo (os fascistas defendiam um regime ditatorial)
- Totalitarismo (o indivíduo deve obedecer ao Estado)
- Militarismo e Culto à violência (a guerra era considerada a atividade mais nobre do homem).
- Nacionalismo xenófobo (xenofobia: ódio a tudo que é estrangeiro)
- Racismo
   Na Alemanha, Hitler queria formar uma ―raça ariana‖, ou seja, uma raça superior a todas as outras. O início da guerra se deu quando Hitler invadiu a Polônia em setembro de 1939. A razão desta invasão foi o fato da Polônia ter conseguido (através do Tratado de Versalhes) a posse do porto de Dantzig. Hitler não queria isso, ele queria que Dantzig fosse incorporada à Alemanha. Nos primeiros anos da guerra, as Potências do Eixo levaram vantagem. A Alemanha tomou a Polônia, Bélgica, Noruega, Dinamarca e Holanda. Em 1940 a França se rendeu e em seguida foi a vez da Romênia, Grécia e Iugoslávia. A Inglaterra foi bombardeada, porém resistiu. Hungria, Bulgária e Romênia se uniram às Forças do Eixo. Em 1941, o Japão atacou Pearl Harbor e partia para dominar a Ásia. Dias depois Hitler declarava guerra aos EUA.
   A entrada dos americanos na guerra reforçou o lado dos Aliados, pois os EUA possuíam uma variedade de recursos bélicos. Hitler já se achava vencedor, quando as coisas começaram a mudar.    O líder nazista achava que a URSS ainda era um país atrasado e cheio de analfabetos, ele não tinha ideia que o país havia crescido e se tornado uma grande potência. Ao ordenar o ataque à URSS, os nazistas se depararam com uma grande muralha ofensiva e pela 1ª vez se sentiram acuados.
   AS PERDAS NAZISTAS E O FIM DA GUERRA
   O final da guerra começou quando Hitler deslocou suas tropas em direção ao Cáucaso, fonte de petróleo da URSS, pois foi nessa região que aconteceu a Batalha de Stalingrado (entre setembro de 1942 e fevereiro de 1943), que deixou mais de um milhão de nazistas mortos. A Batalha de Stalingrado é considerada a maior derrota alemã na guerra.
   O Exército Vermelho Soviético foi vencendo e empurrando os nazistas de volta à Alemanha, como vingança os nazistas queimavam e matavam tudo que viam pela frente.
   A tentativa de ocupar Stalingrado foi frustrada e o restante do exército que lutava nessa frente rendeu-se aos russos em 1943.
   Essa vitória trouxe novos rumos ao conflito. As Potências do Eixo perderam 2 países (Marrocos e Argélia) e em junho de 43 os Aliados conquistaram a Sicília. Todas estas vitórias trouxeram conflitos internos entre os fascistas e estas divergências acabaram por afastar Mussolini do poder. O seu lugar foi assumido pelo Rei Vítor Emanuel que em 1943 assinou um armistício (trégua) com os Aliados e declarou guerra à Alemanha.
   No dia 6 de junho de 1944 – chamado o Dia D – os aliados tomaram a Normandia e o cerco alemão sobre a França foi vencido.
   Em agosto os Aliados libertaram Paris. A alta cúpula alemã já previa a derrota, mas Hitler não aceitava esta verdade.
   No mesmo ano, querendo dar fim à guerra, oficiais nazistas tentaram matar Hitler num atentado a bomba, mas falharam.
   A guerra prosseguia com vários ataques dos aliados e os alemães já sentiam que o fim estava próximo.
   Em abril de 45, tropas aliadas – americanas, inglesas e russas - invadiram a Alemanha.
   Mussolini foi capturado ao tentar fugir para a Suíça. Ele foi condenado ao fuzilamento. Sua morte se deu no dia 28 de abril de 1945, 2 dias depois Hitler se suicida e no dia 8 de maio a Alemanha se rende.
   Embora a guerra tenha terminado na Europa, ela continuava no pacífico e na Ásia. O Japão sofria derrotas diante dos EUA, já que não podia competir com os armamentos norte-americanos. Os japoneses estavam quase se rendendo quando no dia 6 de agosto de 45, os EUA jogaram uma bomba atômica em Hiroshima e 3 dias depois, foi a vez de Nagasaki ser destruída pela bomba.
   O lançamento das bombas causou a rendição dos japoneses.
   O HOLOCAUSTO 
   Os nazistas eram anti-semitas. Eles odiavam judeus e queriam eliminá-los para garantir a superioridade da raça ariana.
   Os judeus foram enviados aos campos de concentração para serem mortos, que no total somavam mais de 6 milhões. O mais famoso campo de concentração foi o de Auschwitz (localizado na Polônia).
   Não foram somente os judeus que foram perseguidos. Homossexuais e ciganos também sofreram perseguições e passaram fome.
   O BRASIL NA GUERRA
   Milhares de soldados brasileiros foram lutar na guerra. Sua participação foi modesta, já que não tínhamos um armamento igual ao dos americanos. Mas a participação dos pracinhas foi tão importante que ao voltarem para o Brasil foram considerados heróis.
   CONSEQUÊNCIAS DA GUERRA
   A guerra terminou em 1945 e deixou para trás mais de 40 milhões de mortos e cidades em ruínas, fora os que ficaram mutilados, sem moradia e sem família. Os Aliados instauraram o Tribunal de Nuremberg para julgar os fascistas por crimes de guerra. Os nazistas responsáveis pela morte de judeus ou civis foram condenados à morte ou à prisão perpétua.
   Logo após a guerra foi fundada a ONU (Organização das Nações Unidas), localizada em Nova York. Sempre que surge um conflito internacional, o Conselho de Segurança da ONU procura resolver o problema com diálogos e cooperação. Um dos órgãos mais importantes da ONU é a Unicef.
   Após a guerra o mundo iniciava uma nova fase histórica: a de reconstrução. Os EUA e a União Soviética saíram do conflito como duas grandes potências mundiais.
   Os EUA saíram da guerra como a maior potência mundial. A URSS ficou em segundo lugar. O país teve 25 milhões de mortos e parte de suas construções sumiu do mapa.
  Uma das maiores consequências da Segunda Guerra foi a rivalidade entre esses 2 países, rivalidade esta, que resultou na Guerra Fria.

   DESCOLONIZAÇÃO DA ÁSIA E DA ÁFRICA
   Fatores da descolonização afro-asiática
   África e Ásia, desde o século XV, tornaram-se alvos de disputa entre as nações europeias.
   Com o advento do capitalismo comercial, na Era Moderna, a América tornou-se a área onde a exploração colonial foi mais intensa. Mas nem por isso os europeus abandonaram as relações comerciais e o domínio político sobre a África e a Ásia.
   Na segunda metade do século XIX, em razão das necessidades de mercado geradas pela segunda Revolução Industrial e em face das independências das colônias americanas, a Europa volta-se novamente à África e à Ásia, impondo o neocolonialismo.
   As disputas entre as potências europeias pelos territórios afro-asiáticos desencadearam a Primeira Guerra Mundial. A Europa saiu enfraquecida da guerra, perdendo sua hegemonia para os Estados Unidos.
   A crise do pós-Primeira Guerra na Europa foi acentuada ainda mais pela crise de 1929, que repercutiu nas áreas coloniais com o agravamento das condições de vida dos colonos, que iniciaram greves e revoltas contra as metrópoles europeias. Esses movimentos coloniais foram contidos à força, mas acabaram resultando no nascimento de um forte sentimento nacionalista que se traduzia no desejo de independência.
   Após a Segunda Guerra Mundial, a Europa declinou completamente, sendo dividida em áreas de influência entre EUA e URSS. O enfraquecimento da Europa significou o fortalecimento do nacionalismo e o crescimento do desejo de independência. Desejo esse que passou a se apoiar na Carta da ONU, que reconhecia o direito à autodeterminação dos povos colonizados e que fora assinada pelos países europeus (os colonizadores).
   Em 1955, vinte e nove países recém-independentes reuniram-se na Conferência de Bandung, capital da Indonésia, estabelecendo seu apoio à luta contra o colonialismo. A Conferência de Bandung estimulou as lutas por independência na África e Ásia.
   Terminada a Segunda Guerra Mundial, Estados Unidos e União Soviética passaram a liderar os dois grandes blocos, capitalista e comunista. Dentro do contexto da Guerra Fria, buscaram a expansão de suas áreas de influência. Nesse sentido, passam a ver nos movimentos de independência afro-asiática a possibilidade de ampliar sua influência política nas novas nações.
   As vias da descolonização

   A descolonização afro-asiática não foi um processo homogêneo, ocorrendo de duas maneiras: a pacífica e a violenta.
   No caso da via pacífica, a independência da colônia era realizada progressivamente pela metrópole, com a concessão da autonomia político-administrativa, mantendo-se o controle econômico do novo país, criando, dessa forma, um novo tipo de dependência.
   As independências que ocorreram pela via da violência resultaram da intransigência das metrópoles em conceder a autonomia às colônias. Surgiam as lutas de emancipação, geralmente vinculadas ao socialismo, que levaram a cabo as independências.
   A descolonização da Ásia

   O fim do domínio inglês na Índia
   A Revolta dos Cípaios, 1858, colocou a Índia na esfera do domínio britânico, que culminou com a sagração da rainha Vitória corno imperatriz dos indianos.
   A dominação da Índia não foi uma tarefa difícil, pois a ausência de um governo centralizado, a diversidade de religiões e a existência de uma sociedade de castas facilitaram a penetração inglesa.
A partir da década de 1920, Mahatma Gandhi e Jawarharlal Nerhu, através do Partido do Congresso, com apoio da burguesia, passaram a liderar o movimento de independência da Índia.
Gandhi pregava a desobediência civil e a não-violência como meios de rejeição à dominação inglesa, transformando-se na principal figura do movimento indiano pela independência.
   A perda do poder econômico e militar pela Inglaterra após a Segunda Guerra Mundial retirou-lhe as condições para continuar a dominação na Índia.
   Em 1947, os ingleses reconheceram a independência indiana, que levou — em função das rivalidades religiosas — à formação da União Indiana, governada por Nerhu, do Partido do Congresso, com maioria hinduísta, e do Paquistão (Ocidental e Oriental), governado por Ali Jinnah, da Liga Muçulmana, com maioria islamita. O Ceilão também se tornava independente, passando a ilha a se denominar Sri-Lanka, com maioria budista.
   A independência da Índia resultava de um longo processo de lutas nacionalistas, permeadas pelas divergências religiosas entre hinduístas e muçulmanos, o que levou, em 1949, ao assassinato de Gandhi.
   O Paquistão Oriental, em 1971, sob liderança da Liga Auami, separa-se do Paquistão Ocidental, constituindo a República de Bangladesh.
   A descolonização da África

   No início do século XX, 90,4% do território africano estava sob domínio do colonialismo europeu. Apenas três Estados eram independentes: África do Sul, Libéria e Etiópia.
A descolonização da África ocorreu de forma veloz. Entre 1957 e 1962, 29 países tornaram-se independentes de suas metrópoles europeias.
   A independência do Egito
   O Egito estava sob domínio francês até 1881, quando a Inglaterra assumiu o controle do território. Em 1914, tornou-se um protetorado inglês. (Protetorados eram áreas de dominação onde os colonos gozavam de autonomia de decisões; a metrópole apenas supervisionava por meio de um representante.)
   O fim do domínio colonial inglês cessou em 1936. Porém, a Inglaterra não abriu mão do controle que exercia desde 1875 sobre o Canal de Suez.
   Durante a Segunda Guerra Mundial, o Egito foi palco de manobras militares alemãs e italianas, comandadas pelo general Rommel (Afrikakorps). Os ingleses, em 1942, expulsaram as tropas do Eixo e impuseram o rei Faruk no poder.
   Em 1952, o general Naguib, com o apoio do Exército, depôs o rei e proclamou a República, assumindo o poder.
   Em 1954, o coronel Gamal Abdel Nasser substituiu o general Naguib, mantendo-se no poder até 1970.
    O fim do Império Colonial Português
   Portugal foi o pioneiro nas Grandes Navegações dos séculos XV, XVI e XVII. Em 1415, os portugueses iniciavam a conquista de novos mundos, com a tomada de Ceuta, no Norte da África.
   A crise na qual mergulhou o Império Português, no século XVII, levou à perda de grande parte de suas colônias para os espanhóis, holandeses e ingleses.
Durante o neocolonialismo, na segunda metade do século XIX, as possessões portuguesas ficaram reduzidas a Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e aos arquipélagos de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe.
   Angola
   Em 1956, foi fundado o Movimento Popular pela Libertação da Angola, MPLA, que em 1961 desencadeou as lutas pela independência, sob a liderança do poeta Agostinho Neto.
   Outros dois movimentos surgiram dentro do processo de lutas de independência: a União Nacional para a Independência Total de Angola, Unita, e a Frente Nacional de Libertação de Angola, FNLA.
   Em 1974, foi assinado o Acordo de Alvor, segundo o qual os portugueses reconheceriam a independência de Angola em 1975, devendo ser formado um governo de transição composto pelo MPLA, Unita e FNLA.
   Os três grupos iniciaram entre si uma série de divergências que culminaram com uma guerra civil e a invasão do país por tropas do Zaire e da África do Sul (apoiadas pela FNLA e Unita, respectivamente), que recebiam ajuda militar norte-americana.
   O MPLA, liderado por Agostinho Neto, solicitou então ajuda de Cuba e, em 1976, derrotou as forças da Unita e da FNLA.
   Moçambique
   Em 1962, foi criada a Frente de Libertação de Moçambique, Frelimo, por Eduardo Mondlane, que iniciou as lutas pela independência.
   Samora Machel, em 1969, assumiu a direção do movimento, que passou a disputar, através da guerrilha, o controle do território.
   Em 1975, Portugal reconheceu a independência da República Popular de Moçambique.
   Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe
   Amilcar Cabral, em 1956, fundou o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde, PAIGC, que desencadeia a luta pela independência a partir de 1961.
   Em 1973, mais da metade do território da Guiné estava sob domínio do PAIGC. Nesse ano, Amilcar Cabral é assassinado e assume Luís Cabral a presidência da recém- proclamada República Democrática Antiimperialista e Anticolonialista da Guiné.
   Em 1974, o governo português reconhece a independência da Guiné.
   Em 1975, Cabo Verde tem sua independência reconhecida por Portugal.
   São Tomé e Príncipe, no mesmo ano que Cabo Verde, tem sua independência reconhecida por Portugal.
   Em 25 de abril de 1974, ocorreu a Revolução dos Cravos em Portugal, marcando a ascensão de um regime democrático que substituiu o governo fascista do presidente Américo Tomás e do primeiro-ministro Marcelo Caetano, já enfraquecido com a morte de Oliveira Salazar, que governou Portugal entre 1932 e 1970, quando morreu. O novo governo empossado em 1974 reconhecia no ano seguinte as independências das colônias, o que significou a desintegração do Império Colonial Português.
   Consequências da descolonização afro-asiática
   A principal consequência do processo de descolonização afro-asiática foi a criação de um novo bloco de países que juntamente com a América Latina passaram a compor o Terceiro Mundo.
   Essa denominação deve-se ao fato de que os países originados a partir desses processos de independência acabaram por manter vínculos de dependência econômica com os países capitalistas desenvolvidos (Primeiro Mundo) ou com países socialistas desenvolvidos (Segundo Mundo).
http://www.brasilescola.com/historiag/descolonizacao-afroasiatica.htm

   BRASIL COLÔNIA
   O Período Pré-Colonial: A fase do pau-brasil (1500 a 1530)
   A expressão "descobrimento" do Brasil está carregada de eurocentrismo (valorização da cultura europeia em detrimento das outras), pois desconsidera a existência dos índios em nosso país antes da chegada dos portugueses. Portanto, optamos pelo termo "chegada" dos portugueses ao Brasil. Esta ocorreu em 22 de abril de 1500, data que inaugura a fase pré-colonial.
   Neste período não houve a colonização do Brasil, pois os portugueses não se fixaram na terra. Após os primeiros contatos com os indígenas, muito bem relatados na carta de Caminha, os portugueses começaram a explorar o pau-brasil da Mata Atlântica.
   O pau-brasil tinha um grande valor no mercado europeu, pois sua seiva, de cor avermelhada, era muito utilizada para tingir tecidos. Para executar esta exploração, os portugueses utilizaram o escambo, ou seja, deram espelhos, apitos, chocalhos e outras bugigangas aos nativos em troca do trabalho (corte do pau-brasil e carregamento até as caravelas).
   Nestes trinta anos, o Brasil foi atacado pelos holandeses, ingleses e franceses que tinham ficado de fora do Tratado de Tordesilhas (acordo entre Portugal e Espanha que dividiu as terras recém descobertas em 1494). Os corsários ou piratas também saqueavam e contrabandeavam o pau-brasil, provocando pavor no rei de Portugal. O medo da coroa portuguesa era perder o território brasileiro para um outro país. Para tentar evitar estes ataques, Portugal organizou e enviou ao Brasil as Expedições Guarda-Costas, porém com poucos resultados.
   Os portugueses continuaram a exploração da madeira, construindo as feitorias no litoral que nada mais eram do que armazéns e postos de trocas com os indígenas.
   No ano de 1530, o rei de Portugal organizou a primeira expedição com objetivos de colonização.    Esta foi comandada por Martin Afonso de Souza e tinha como objetivos: povoar o território brasileiro, expulsar os invasores e iniciar o cultivo de cana-de-açúcar no Brasil.
    A fase do Açúcar (séculos XVI e XVII )
O trabalho escravo num engenho de açúcar

   O açúcar era um produto de muita aceitação na Europa e alcançava um grande valor. Após as experiências positivas de cultivo no Nordeste, já que a cana-de-açúcar se adaptou bem ao clima e ao solo nordestino, começou o plantio em larga escala. Seria uma forma de Portugal lucrar com o comércio do açúcar, além de começar o povoamento do Brasil. A mão-de-obra escrava, de origem africana, foi utilizada nesta fase.
Administração Colonial
   Para melhor organizar a colônia, o rei resolveu dividir o Brasil em Capitanias Hereditárias. O território foi dividido em faixas de terras que foram doadas aos donatários. Estes podiam explorar os recursos da terra, porém ficavam encarregados de povoar, proteger e estabelecer o cultivo da cana-de-açúcar. No geral, o sistema de Capitanias Hereditárias fracassou, em função da grande distância da Metrópole, da falta de recursos e dos ataques de indígenas e piratas. As capitanias de São Vicente e Pernambuco foram as únicas que apresentaram resultados satisfatórios, graças aos investimentos do rei e de empresários.
   Após a tentativa fracassada de estabelecer as Capitanias Hereditárias, a coroa portuguesa estabeleceu no Brasil o Governo-Geral. Era uma forma de centralizar e ter mais controle da colônia. O primeiro governador-geral foi Tomé de Souza, que recebeu do rei a missão de combater os indígenas rebeldes, aumentar a produção agrícola no Brasil, defender o território e procurar jazidas de ouro e prata.
   Também existiam as Câmaras Municipais que eram órgãos políticos compostos pelos "homens-bons". Estes eram os ricos proprietários que definiam os rumos políticos das vilas e cidades. O povo não podia participar da vida pública nesta fase.
   A capital do Brasil neste período foi Salvador, pois a região Nordeste era a mais desenvolvida e rica do país.
   A economia colonial
   A base da economia colonial era o engenho de açúcar. O senhor de engenho era um fazendeiro proprietário da unidade de produção de açúcar. Utilizava a mão-de-obra africana escrava e tinha como objetivo principal a venda do açúcar para o mercado europeu. Além do açúcar destacou-se também a produção de tabaco e algodão.
   As plantações ocorriam no sistema de plantation, ou seja, eram grandes fazendas produtoras de um único produto, utilizando mão-de-obra escrava e visando o comércio exterior.
   O Pacto Colonial imposto por Portugal estabelecia que o Brasil só podia fazer comércio com a metrópole.
   A sociedade Colonial
  A sociedade no período do açúcar era marcada pela grande diferenciação social. No topo da sociedade, com poderes políticos e econômicos, estavam os senhores de engenho. Abaixo, aparecia uma camada média formada por trabalhadores livres e funcionários públicos. E na base da sociedade estavam os escravos de origem africana.
   Era uma sociedade patriarcal, pois o senhor de engenho exercia um grande poder social. As mulheres tinham poucos poderes e nenhuma participação política, deviam apenas cuidar do lar e dos filhos.
   A casa-grande era a residência da família do senhor de engenho. Nela moravam, além da família, alguns agregados. O conforto da casa-grande contrastava com a miséria e péssimas condições de higiene das senzalas (habitações dos escravos).
   Invasão holandesa no Brasil
   Entre os anos de 1630 e 1654, o Nordeste brasileiro foi alvo de ataques e fixação de holandeses. Interessados no comércio de açúcar, os holandeses implantaram um governo em nosso território.
   Sob o comando de Maurício de Nassau, permaneceram lá até serem expulsos em 1654. Nassau desenvolveu diversos trabalhos em Recife, modernizando a cidade.
   Expansão territorial: bandeiras e bandeirantes
   Foram os bandeirantes os responsáveis pela ampliação do território brasileiro além do Tratado de Tordesilhas. Os bandeirantes penetram no território brasileiro, procurando índios para aprisionar e jazidas de ouro e diamantes. Foram os bandeirantes que encontraram as primeiras minas de ouro nas regiões de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
    O Ciclo do Ouro: século XVIII
   Após a descoberta das primeiras minas de ouro, o rei de Portugal tratou de organizar sua extração. Interessado nesta nova fonte de lucros, já que o comércio de açúcar passava por uma fase de declínio, ele começou a cobrar o quinto. O quinto nada mais era do que um imposto cobrado pela coroa portuguesa e correspondia a 20% de todo ouro encontrado na colônia. Este imposto era cobrado nas Casas de Fundição.
   A descoberta de ouro e o início da exploração da minas nas regiões auríferas (Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás) provocaram uma verdadeira "corrida do ouro" para estas regiões. Procurando trabalho na região, desempregados de várias regiões do país partiram em busca do sonho de ficar rico da noite para o dia.
   O trabalho dos tropeiros foi de fundamental importância neste período, pois eram eles os responsáveis pelo abastecimento de animais de carga, alimentos (carne seca, principalmente) e outros mantimentos que não eram produzidos nas regiões mineradoras.
    Desenvolvimento urbano nas cidades mineiras
Igreja de Ouro Preto

   Cidades começaram a surgir e o desenvolvimento urbano e cultural aumentou muito nestas regiões. Foi neste contexto que apareceu um dos mais importantes artistas plásticos do Brasil: Aleijadinho.
    Vários empregos surgiram nestas regiões, diversificando o mercado de trabalho na região aurífera. Igrejas foram erguidas em cidades como Vila Rica (atual Ouro Preto), Diamantina e Mariana.
   Para acompanhar o desenvolvimento da região sudeste, a capital do país foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro.
   Revoltas Coloniais e Conflitos
  Em função da exploração exagerada da metrópole ocorreram várias revoltas e conflitos neste período:
- Guerra dos Emboabas: os bandeirantes queriam exclusividade na exploração do ouro nas minas que encontraram. Entraram em choque com os paulistas que estavam explorando o ouro das minas.
- Revolta de Filipe dos Santos: ocorrida em Vila Rica, representou a insatisfação dos donos de minas de ouro com a cobrança do quinto e das Casas de Fundição. O líder Filipe dos Santos foi preso e condenado a morte pela coroa portuguesa.
- Guerra dos Mascates - ocorrida entre 1710 e 1711 na capitania de Pernambuco, foi uma rebelião nativista pela disputa de poder político entre as cidades de Olinda e Recife. O conflito ocorreu, principalmente, entre a aristocracia açucareira de Olinda e os mascates (comerciantes portugueses) de Recife.
- Inconfidência Mineira (1789): liderada por Tiradentes, os inconfidentes mineiros queriam a libertação do Brasil de Portugal. O movimento foi descoberto pelo rei de Portugal e os líderes condenados.
   O Pacto Colonial
   Foi um sistema em que países europeus colonizavam e exploravam terras nos continentes americanos, com o intuito de vender esses produtos. Era um conjunto de regras impostas pela metrópole às colônias, fazendo com que elas somente comprassem produtos provenientes da metrópole. Com isso, os países europeus conseguiam comprar matérias-primas e determinados produtos por um valor bem menor. O Brasil também era proibido de ter manufaturas em seu território. O Pacto Colonial só acabou em 1808, com a chegada a família real portuguesa no Brasil.
   Capitanias Hereditárias

   Em 1532 Dom João III decidiu dividir a colônia em faixas de terreno que seriam entregues aos nobres de Portugal. Eles teriam o direito de explorar a região utilizando seus recursos e iriam governá-las. As regiões eram divididas entre o litoral e a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas. Foram estipuladas Cartas de Doação e nelas constavam que a doação era hereditária e perpétua. Os donatários deveriam fundar vilas, prender índios, doar sesmarias (terras em cultivo), poderiam vender e comprar escravos e recebiam valores referente à venda do pau-brasil.
   A maioria das capitanias não teve desenvolvimento devido à falta de investimento ou interesse dos donatários. As que conseguiram prosperar com o cultivo da cana-de-açúcar foram as capitanias de Pernambuco e a de São Vicente. Esse método acabou em 1979, deixando como herança, um governo regional e o nome de alguns estados brasileiros.
Governo-Geral
   Esses governos eram atribuídos a governadores gerais, comandos pela Coroa Portuguesa. O governador-geral recebia a nomeação do rei e ficava no cargo por quatro anos. Após a morte de Mem de Sá, a administração ficou dividida e um governo ficava em Salvador, no comando de D. Luís de Brito e o outro no Rio de Janeiro, sob o comando de D. Antônio Salema.
Tomé de Souza (1549/1553)
→Responsável pela fundação de Salvador em 1549;
→Incentivou os engenhos de açúcar;
→Proibição do uso de indígenas como escravos;
→Início da catequização da população e a vinda dos jesuítas.
Duarte da Costa (1553/1558)
→Invasão da França no Rio de Janeiro em 1555;
→Problemas entre colonos e jesuítas;
→Inauguração do Colégio de São Paulo.
Mem de Sá (1558/1572)
→Intensificou a catequese no intuito de dominar os índios;
→Início das missões;
→Inauguração da segunda cidade no país, São Sebastião do Rio de Janeiro.
http://brasil-colonia.info/

   CAUSAS DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
   A Independência do Brasil, ocorrida em 7 de setembro de 1822, foi um dos mais importantes fatos históricos da História do Brasil. Liderado por D. Pedro I, tirou o Brasil da situação de colônia portuguesa, possibilitando sua independência política e econômica.
   Causas da Independência do Brasil:
- No final do século XVIII e início do XIX, aumentaram no Brasil as pressões e descontentamento contra o monopólio comercial imposto por Portugal ao Brasil. As elites agrária e comercial brasileira desejavam liberdade econômica para poder ampliar o comércio de seus produtos. Esta liberdade só seria obtida com a independência do país.
- Desde a Inconfidência Mineira (1789) e outros movimentos sociais contrários ao domínio português sobre o Brasil, era muito grande a insatisfação com relação à cobrança de altas taxas e impostos exigidos pela metrópole (Portugal). Portanto, a independência era vista como uma forma de libertação destes impostos abusivos.
- Influência de movimentos externos liberais e, portanto, contrários ao colonialismo. Entres estes movimentos políticos e sociais, podemos citar a Independência dos Estados Unidos (1776) e a Revolução Francesa (1789). Estes ideais chegaram ao Brasil, aumentando as pressões política contra o domínio português sobre o Brasil.
- Após a Revolução Liberal do Porto, a corte portuguesa exigiu o retorno de D. João VI para Portugal. Dom Pedro ficou no Brasil como príncipe regente. Percebendo o aumento do movimento político no Brasil pela conquista da liberdade, a corte portuguesa passou a pressionar Dom Pedro para que ele também fosse para Portugal. Esta situação foi encarada no Brasil como uma tentativa de Portugal recolonizar o Brasil, gerando mais insatisfação e aumentando os anseios pela conquista da liberdade.
- Não podemos deixar de citar também o projeto político de Dom Pedro em se tornar imperador do Brasil após a conquista da independência.
http://www.suapesquisa.com/independencia/causas.htm

   BRASIL IMPÉRIO - CRONOLOGIA
   A História do Brasil Imperial tem início em 7 de setembro de 1822 com a proclamação de Independência do Brasil por D. Pedro I. O término deste período é a Proclamação da República, ocorrida no Rio de Janeiro, em 15 de novembro de 1889. Durante esta época, o Brasil foi governado por dois imperadores: D. Pedro I (de 1822 até 1831) e D. Pedro II (de 1840 até 1889).     Entre os anos de 1831 e 1840, o Brasil foi governado por regentes.
   Principais fatos da História do Brasil Império (Cronologia)
1822 - No dia 7 de setembro, D. Pedro I, às margens do riacho do Ipiranga em São Paulo, proclama a Independência do Brasil. Início do Brasil Monárquico.
1822 - No Rio de Janeiro, em 12 de outubro, D. Pedro I é aclamado imperador do Brasil.
1823 - Reunião da Assembleia Geral Constituinte e Legislativa do Brasil. A Assembleia foi dissolvida por D. Pedro I que criou o Conselho de Estado.
1824 - No dia 25 de março, D. Pedro I outorga a Primeira Constituição Brasileira.
1824 - O nome oficial do país muda de Brasil para Império do Brasil.
1824 - Ocorre o movimento revolucionário conhecido como Confederação do Equador.
1825 - Início da Guerra da Cisplatina, conflito entre Brasil e Uruguai, que queria sua independência.
1825 - A Independência do Brasil é reconhecida por Portugal.
1831 - Sofrendo pressões, D. Pedro I abdica do trono do Brasil.
1831a 1840 - Período Regencial: Brasil é governado por regentes.
1835 - 1845 - Ocorre a Revolução Farroupilha (Guerra dos Farrapos) no sul do país.
1834- Morte de D. Pedro I.
1835 - Revolta dos Malês no estado da Bahia.
1835-1840 - Cabanagem: revolta popular ocorrida na província do Pará.
1837-1838 - Sabinada - revolta regencial ocorrida na Bahia.
1838-1841 - Balaiada - revolta popular ocorrida no interior da província do Maranhão.
1840 - Golpe da Maioridade: D. Pedro II assume o trono do Brasil com apenas 14 anos de idade.
1842 - Revolução Liberal nas províncias de Minas Gerais e São Paulo.
1847 - É instituído o parlamentarismo no Brasil.
1848-1850 - Revolução Praieira, de caráter liberal e federalista, ocorrida na província de Pernambuco.
1850 - Lei Eusébio de Queiróz que proibia o tráfico de escravos.
1854 - O empresário Barão de Mauá, em 30 de abril, inaugura a primeira ferrovia brasileira.
1865-1870 - Ocorre a Guerra do Paraguai: Brasil, Argentina e Uruguai contra o Paraguai.
1870 - Lançamento do Manifesto Republicano.
1871 - Promulgada a Lei do Ventre Livre.
1872 - Fundação do Partido Republicano.
1882 - A borracha ganha importância no mercado internacional e o Brasil torna-se um grande produtor e exportador.
1885 - Lei dos Sexagenários: liberdade aos escravos com mais de sessenta anos.
1874 - Chegam em São Paulo os primeiro imigrantes italianos (início da fase de imigração).
1888 - No dia 13 de maio, a Princesa Isabel assina a Lei Áurea, acabando com a escravidão no país.
1889 - Em 15 de novembro, na cidade do Rio de Janeiro, sob o comando do Marechal Deodoro da Fonseca, ocorre a Proclamação da República (fim do Brasil Império).
http://www.historiadobrasil.net/guerraparaguai/

   A ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO
   Contexto Histórico da abolição da escravatura
   No início da colonização do Brasil (século XVI), não havia no Brasil trabalhadores para a realização de trabalhos manuais pesados. Os portugueses colonizadores tentaram usar o trabalho indígena nas lavouras. A escravidão indígena não pôde ser levada adiante, pois os religiosos católicos se posicionaram em defesa dos índios condenando sua escravidão. Logo, os colonizadores buscaram alternativa. Eles buscaram negros na África para submetê-los à força ao trabalho escravo em sua colônia. Foi neste contexto que começou a entrada dos escravos africanos no Brasil.
   Como era a escravidão no Brasil
   Os negros africanos, trazidos da África, eram transportados nos porões dos navios negreiros. Em função das péssimas condições deste meio de transporte desumano, muitos morreram durante a viagem. Após desembarcaram no Brasil eram comprados como mercadorias por fazendeiros e senhores de engenho, que os tratavam de forma cruel e, muitas vezes, violenta.
Embora muitos considerassem normal e aceitável, a escravidão naquela época, havia aqueles que eram contra este tipo de prática, porém eram a minoria e não tinham influência política para mudar a situação. Contudo, a escravidão permaneceu por quase 300 anos. O principal fator que manteve o sistema escravista por tantos anos foi o econômico. A economia do Brasil contava quase que exclusivamente com o trabalho escravo para realizar os trabalhos nas fazendas e nas minas. As providências para a libertação dos escravos, de acordo com alguns políticos da época, deveriam ser tomadas lentamente.
   O início do processo de libertação dos escravos e fim da escravidão
   Na segunda metade do século XIX surgiu o movimento abolicionista, que defendia a abolição da escravidão no Brasil. Joaquim Nabuco foi um dos principais abolicionistas deste período.
A região Sul do Brasil passou a empregar trabalhadores assalariados brasileiros e imigrantes estrangeiros, a partir de 1870. Na região Norte, as usinas produtoras de açúcar substituíram os primitivos engenhos, fato que possibilitou o uso de um número menor de escravos. Já nos principais centros urbanos, era grande a necessidade do surgimento de indústrias. Visando não causar prejuízo financeiros aos proprietários rurais, o governo brasileiro, pressionado pelo Reino Unido, foi alcançando seus objetivos lentamente.
   A primeira etapa do processo foi tomada em 1850, com a extinção do tráfico de escravos no Brasil. Vinte e um anos mais tarde, em de 28 de setembro de 1871, foi promulgada a Lei do Ventre-Livre. Esta lei tornava livres os filhos de escravos que nascessem a partir da decretação da lei.
   No ano de 1885, foi promulgada a lei Saraiva-Cotegipe (também conhecida como Lei dos Sexagenários) que beneficiava os negros com mais de 65 anos de idade.
Foi somente em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, que a liberdade total e definitiva finalmente foi alcançada pelos negros brasileiros. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel (filha de D. Pedro II), abolia de vez a escravidão em nosso país.
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   BRASIL REPÚBLICA
   Introdução
   O período que vai de 1889 a 1930 é conhecido como a República Velha. Este período da História do Brasil é marcado pelo domínio político das elites agrárias mineiras, paulistas e cariocas. O Brasil firmou-se como um país exportador de café, e a indústria deu um significativo salto. Na área social, várias revoltas e problemas sociais aconteceram nos quatro cantos do território brasileiro.
   A República da Espada (1889 a 1894)
   Em 15 de novembro de 1889, aconteceu a Proclamação da República, liderada pelo Marechal Deodoro da Fonseca. Nos cinco anos iniciais, o Brasil foi governado por militares. Deodoro da Fonseca tornou-se Chefe do Governo Provisório. Em 1891, renunciou e quem assumiu foi o vice-presidente Floriano Peixoto.
  O militar Floriano, em seu governo, intensificou a repressão aos que ainda davam apoio à monarquia. A Constituição de 1891 (Primeira Constituição Republicana)
   Após o início da República havia a necessidade da elaboração de uma nova Constituição, pois a antiga ainda seguia os ideais da monarquia. A constituição de 1891 garantiu alguns avanços políticos, embora apresentasse algumas limitações, pois representava os interesses das elites agrárias do país. A nova constituição implantou o voto universal para os cidadãos (mulheres, analfabetos, militares de baixa patente ficavam de fora ). A constituição instituiu o presidencialismo e o voto aberto.
   República das Oligarquias
   O período que vai de 1894 a 1930 foi marcado pelo governo de presidentes civis, ligados ao setor agrário. Estes políticos saiam dos seguintes partidos: Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM). Estes dois partidos controlavam as eleições, mantendo-se no poder de maneira alternada. Contavam com o apoio da elite agrária do país.
   Dominando o poder, estes presidentes implementaram políticas que beneficiaram o setor agrário do país, principalmente, os fazendeiros de café do oeste paulista. Surgiu neste período o tenentismo, que foi um movimento de caráter político-militar, liderado por tenentes, que faziam oposição ao governo oligárquico. Defendiam a moralidade política e mudanças no sistema eleitoral (implantação do voto secreto) e transformações no ensino público do país. A Coluna Prestes e a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana foram dois exemplos do movimento tenentista.
   Política do Café-com-leite
   A maioria dos presidentes desta época eram políticos de Minas Gerais e São Paulo. Estes dois estados eram os mais ricos da nação e, por isso, dominavam o cenário político da república. Saídos das elites mineiras e paulistas, os presidentes acabavam favorecendo sempre o setor agrícola, principalmente do café (paulista) e do leite (mineiro). A política do café-com-leite sofreu duras críticas de empresários ligados à indústria, que estava em expansão neste período.
Se por um lado a política do café-com-leite privilegiou e favoreceu o crescimento da agricultura e da pecuária na região Sudeste, por outro, acabou provocando um abandono das outras regiões do país. As regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste ganharam pouca atenção destes políticos e tiveram seus problemas sociais agravados.
   Política dos Governadores
   Montada no governo do presidente paulista Campos Salles, esta política visava manter no poder as oligarquias. Em suma, era uma troca de favores políticos entre governadores e presidente. O presidente apoiava os candidatos dos partidos governistas nos estados, enquanto estes políticos davam suporte a candidatura presidencial e também durante a época do governo.
   O coronelismo A figura do "coronel" era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de cabresto, em que o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo a violência para que os eleitores de seu "curral eleitoral" votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votasse nos candidatos indicados. O coronel também utilizava outros "recursos" para conseguir seus objetivos políticos, tais como: compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violência.
   O Convênio de Taubaté
   Essa foi uma fórmula encontrada pelo governo republicano para beneficiar os cafeicultores em momentos de crise. Quando o preço do café abaixava muito, o governo federal comprava o excedente de café e estocava. Esperava-se a alta do preço do café e então os estoques eram liberados. Esta política mantinha o preço do café, principal produto de exportação, sempre em alta e garantia os lucros dos fazendeiros de café.
   A crise da República Velha e o Golpe de 1930
   Em 1930 ocorreriam eleições para presidência e, de acordo com a política do café-com-leite, era a vez de assumir um político mineiro do PRM. Porém, o Partido Republicano Paulista do presidente Washington Luís indicou um político paulista, Julio Prestes, a sucessão, rompendo com o café-com-leite. Descontente, o PRM junta-se com políticos da Paraíba e do Rio Grande do Sul (forma-se a Aliança Liberal ) para lançar a presidência o gaúcho Getúlio Vargas.
Júlio Prestes sai vencedor nas eleições de abril de 1930, deixando descontes os políticos da Aliança Liberal, que alegam fraudes eleitorais. Liderados por Getúlio Vargas, políticos da Aliança Liberal e militares descontentes, provocam a Revolução de 1930. É o fim da República Velha e início da Era Vargas.
   Galeria dos Presidentes da República Velha:
Marechal Deodoro da Fonseca (15/11/1889 a 23/11/1891),
Marechal Floriano Peixoto (23/11/1891 a 15/11/1894),
Prudente Moraes (15/11/1894 a 15/11/1898),
Campos Salles (15/11/1898 a 15/11/1902) ,
Rodrigues Alves (15/11/1902 a 15/11/1906),
Affonso Penna (15/11/1906 a 14/06/1909),
Nilo Peçanha (14/06/1909 a 15/11/1910),
Marechal Hermes da Fonseca (15/11/1910 a 15/11/1914),
Wenceslau Braz (15/11/1914 a 15/11/1918),
Delfim Moreira da Costa Ribeiro (15/11/1918 a 27/07/1919),
Epitácio Pessoa (28/07/1919 a 15/11/1922),
Artur Bernardes (15/11/1922 a 15/11/1926),
Washington Luiz (15/11/1926 a 24/10/1930).
http://www.suapesquisa.com/republica/

   O PERÍODO REPUBLICANO BRASILEIRO
  A Primeira República Brasileira, normalmente chamada de República Velha (em oposição à República Nova, período posterior, iniciado com o governo de Getúlio Vargas), foi o período da história do Brasil que se estendeu da proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, até a Revolução de 1930 que depôs o 13º e último presidente da República Velha Washington Luís. No início de 1890, iniciaram-se as discussões para a elaboração da nova constituição, que seria a primeira constituição republicana e que vigoraria durante toda a República Velha. Após um ano de negociações com os poderes que realmente comandavam o Brasil, a promulgação da Constituição Brasileira de 1891 aconteceu em 24 de Fevereiro de 1891. O principal autor da constituição da República Velha foi Rui Barbosa. A constituição de 1891 era fortemente inspirada na Constituição dos Estados Unidos.
   Esse período de 1889 até 1930 também ficou conhecido como "Primeira República", "República dos Bacharéis", "República Maçônica" e "República da Bucha", pois todos os presidentes civis daquela época eram bacharéis em direito. Todos, exceto Epitácio Pessoa, formados na Faculdade de Direito de São Paulo. Quase todos foram membros da maçonaria.
    E, todos, menos Epitácio Pessoa, foram membros de uma sociedade secreta da Faculdade de Direito de São Paulo, chamada de "Bürschenschaft Paulista", ou "Studentenverbindung" (algo como confraria da camaradagem, em alemão), mais conhecida como "Bucha", criada, em 1831, pelo professor Julius Frank (1808 - 1841).
   Os membros da Bucha procuravam, quando alcançavam um alto cargo político, chamar seus colegas da Bucha para sua equipe. Carlos Lacerda descreve assim a Bucha: "uma sociedade secreta em que os sujeitos confiavam nos companheiros, digamos "da mesma origem", que passam pelas faculdades, futuras elites dirigentes. Um dia, um sobe e chama o outro para ser governador, para ser secretário, para ser ministro e assim por diante".
   Os candidatos de oposição à presidência da república também foram maçons: Rui Barbosa, também membro da Bucha, foi três vezes candidato, o Grão-Mestre Lauro Sodré, foi duas vezes candidato e o ex-presidente da república (1909-1910) e Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil Nilo Peçanha foi candidato de oposição em 1922.
   Afrânio de Melo Franco que governou de fato o Brasil quando Delfim Moreira adoeceu também era da Bucha. Epitácio Pessoa foi o único presidente civil que não pertenceu à Bucha, pois bacharelou-se em direito em Recife.
Também era maçom o político mais importante e influente da República Velha, depois de Campos Sales, o senador Pinheiro Machado que tinha influência decisiva na escolha dos candidatos à presidência da república.
   Na república velha, houve três presidentes militares, todos os três maçons. Deodoro da Fonseca foi eleito Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil em 19 de dezembro de 1889 quando exercia a presidência da República.
 Dos presidentes civis, três deles foram paulistas, quatro mineiros, dois fluminenses e um paraibano, Epitácio Pessoa.
   Dois presidentes eleitos não assumiram a presidência: Rodrigues Alves, eleito em 1918, e falecido em janeiro de 1919, não chegando a assumir seu segundo mandato, e Júlio Prestes impedido pela Revolução de 1930. Um morreu no meio do mandato: Afonso Pena e um enlouqueceu: Delfim Moreira. Dois eram republicanos históricos (Prudente de Morais e Campos Sales), quatro eram ex-monarquistas (Deodoro, Floriano, Rodrigues Alves e Afonso Pena). Um renunciou: Deodoro da Fonseca. Um foi deposto: Washington Luís. Dois foram conselheiros do Império do Brasil: Rodrigues Alves e Afonso Pena, que também foi ministro do Império.
  Segundo alguns, a República Velha pode ser dividida em dois períodos: O primeiro período chamado República da Espada, de 1889 a 1894 e o segundo período chamado República Oligárquica, que durou de 1895 a 1930, e segundo outros observadores, os militares só se afastaram definitivamente da política com a ascensão de Campos Sales em 1898.
   No primeiro período, a República da Espada, predominou o elemento militar e um grande receio da parte dos republicanos de uma restauração da monarquia. No segundo período, a República Oligárquica, predominou os Presidentes dos Estados, na chamada Política dos Estados, vulgarmente conhecida por política dos governadores, criada por Campos Sales, e sustentada, em sua base municipal, pelo tipo carismático do "Coronel".
   A República velha conheceu seu fim na tarde de 3 de novembro de 1930 quando Getúlio Vargas tomou posse como "Chefe do Governo Provisório" da Revolução de 1930.
   A Era Vargas
   A Era Vargas é o nome que se dá ao período em que Getúlio Vargas governou o Brasil, por 15 anos ininterruptos (de 1930 a 1945). Essa época foi um divisor de águas na história brasileira, por causa das inúmeras alterações que Vargas fez no país, tanto sociais quanto econômicas
   A Revolução de 1930
  Até o ano de 1930 vigorava no Brasil a República Velha, conhecida hoje como o primeiro período republicano brasileiro. Caracterizada por uma forte centralização do poder entre os partidos políticos e a conhecida aliança política "café-com-leite" (entre São Paulo e Minas Gerais), a República Velha tinha grande embasamento na economia cafeeira e, portanto, mantinha vínculos com grandes proprietários de terras.
   Existia, de acordo com as políticas do "café-com-leite", um revezamento entre os presidentes apoiados pelo Partido Republicano Paulista (PRP), de São Paulo, e o Partido Republicano Mineiro (PRM), de Minas. Os presidentes de um partido, eram influenciados pelo outro partido, assim, dizia-se: nada mais conservador, que um liberal no poder.
   O Golpe do Exército
   Júlio Prestes conseguiu a vitória, mas ela não foi concedida, pois a Aliança Liberal (nome dado aos aliados gaúchos, mineiros e paraibanos) alegava fraudes eleitorais. Os estados aliados, principalmente o Rio Grande do Sul, arquitetaram uma revolta armada. A situação piorou ainda mais quando o candidato à vice-presidente de Getúlio Vargas, João Pessoa, foi assassinado em Recife, capital de Pernambuco. Como os motivos dessa morte foram escusos a propaganda getulista aproveitou-se disso para usar em seu favor, pondo a culpa na oposição, além da crise econômica acentuada pela crise de 1929; a indignação, portanto, aumentou, e o Exército - que era contrário ao governo vigente desde o tenentismo - se mobilizou a partir de 3 de Outubro de 1930, também contando com os oficiais de alta patente. No dia 10, uma junta governamental foi formada pelos generais do Exército. No mês seguinte, dia 3 de novembro, Júlio Prestes foi deposto e fugiu junto com Washington Luís e o poder então foi passado para Getúlio Vargas.
   Governo Provisório (1930 - 1934)
  Nomeado presidente, Getúlio Vargas usufruía de poderes quase ilimitados e, aproveitando-se deles, começou a tomar políticas de modernização do país. Ele criou, por exemplo, novos ministérios - como o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e o Ministério da Educação e Saúde -, e nomeou interventores de estados. Na prática, os estados perdiam grande parte da sua autonomia política para o presidente. Continuou com a Política de Valorização do Café (PVC) e criou o Conselho Nacional do Café e o Instituto do Cacau, atendendo assim a algumas das reivindicações das oligarquias cafeeiras.
   A Getúlio Vargas também é creditado, nesta época, a Lei da Sindicalização, que vinculava os sindicatos brasileiros indiretamente - por meio da câmara dos deputados - ao Presidente. Vargas pretendia, assim, tentar ganhar o apoio popular, para que estes apoiassem suas decisões (a política conhecida como populismo). Assim sendo, houve, na Era Vargas, grandes avanços na legislação trabalhista brasileira, muitos deles não devidos exatamente a Vargas - a quem cujo crédito maior é o estabelecimento da CLT - mas sim por parte de parlamentares constituintes do período. Mudanças essas que perduram até hoje
Presidentes do Brasil na República Nova:
1946 - 1951 - General Eurico Gaspar Dutra ( Dutra )
1951 - 1954 - Getúlio Dorneles Vargas (Getúlio Vargas )
1954 - 1955 - João Café Filho ( Café Filho )
1956 - 1961 - Juscelino Kubitschek de Oliveira ( Juscelino Kubitschek - JK )
1961 - Jânio da Silva Quadros ( Jânio Quadros )
1961 - 1964 - João Belchior Marques Goulart ( João Goulart - Jango )


   HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO SUL 
  A região do estado do Rio Grande do Sul era habitada pelos índios muito antes da chegada dos portugueses ao Brasil. Com a colonização das terras brasileiras, todo este território passou a pertencer aos espanhóis devido ao Tratado de Tordesilhas, de 1493. Muitos dos índios foram escravizados e obrigados a trabalharem diversos cantos do país.
   Durante o longo do século XVII, a região do Sul começou a chamar a atenção dos colonizadores e gradativamente foi sendo povoada. Muitos padres jesuítas espanhóis se mudaram para com a missão de converter os índios. Através das missões jesuíticas, os padres tiveram um pequeno sucesso e formaram pequenos grupos de religiosos. A primeira residência dos padres foi em Imbituba. Em 1634, foi introduzido o gado nas missões, pois os padres temiam não conseguir alimento suficiente para os índios convertidos.
   Não tardou muito para que os jesuítas, acuados pelos bandeirantes, optassem por levantar o acampamento, abandonar as terras e levar todos os índios catequizados, deixando para trás os que não se converteram a mercê dos bandeirantes que queriam escravizá-los. Com medo das grandes expedições promovidas pelos bandeirantes, tendo como lembrança a grande bandeira ocorrida naquele território entre os anos de 1628 e 1629, liderada por Antônio Raposo Tavares, que atacou 30 mil índios e escravizou 12 mil que nunca mais voltaram para as suas terras, a melhor alternativa para os jesuítas era fugir da grande exposição que passou a sofrer essa região devido a busca de trabalho escravo.
   Em 1682, jesuítas espanhóis aproveitando que os bandeirantes estavam entretidos com a extração de ouro e pedras preciosas, fundaram a primeira cidade do Rio Grande do Sul: São Francisco de Borja, atualmente chamada a cidade de São Borja.
   Quase oito anos depois, povoadores organizados deram origem a cidade de Porto Alegre, onde foram criadas várias estâncias (fazendas), que em 1780, eram pioneiras na produção de charque, sendo vendido para todo o país. Era utilizada a mão de obra escrava para a fabricação do produto.
Em 1824, vieram para a região os primeiros imigrantes alemães, sendo a maioria deles, lavradores que receberam um pequeno lote de terra ao longo do Vale dos Sinos e na encosta da Serra. Trabalhavam com o artesanato e pequenas indústrias, tendo como principal mercado, a cidade de Porto Alegre. Não era permitido para os imigrantes ter escravos.
   Já os italianos chegaram em 1875 e ficaram com as terras menos acessíveis, assentaram então em Conde d‘ Eu e D. Isabel. Dedicaram-se a vitivinicultura, extração de madeira e ao artesanato. É importante levar em consideração que a imigração impulsionou o crescimento econômico da região.
   O Rio Grande do Sul desempenhou um papel importante durante a luta pela independência e quando a sua população entrou em conflito com o poder central, estoura a Revolta dos Farrapos, que durou de 1835 a 1845.
http://www.historiabrasileira.com/estados/historia-do-rio-grande-do-sul/

   REVOLUÇÃO FARROUPILHA
  Demarcada como uma das mais extensas rebeliões deflagradas no Brasil, a Revolução Farroupilha contou com uma série de fatores responsáveis por esse conflito que desafiou as autoridades imperiais. Naquele período, a insatisfação junto às políticas imperiais e a proximidade das jovens repúblicas latino-americanas demarcaram o contexto inicial do conflito.
   Ao longo da história econômica da região sul, a pecuária tornou-se um dos principais focos da economia gaúcha. Ao longo do processo de diversificação das atividades econômicas do país, os estancieiros (fazendeiros) sulistas tornaram-se os principais produtores de charque do Brasil. Esse produto, devido sua importância nos hábitos alimentares da população e seu longo período de conservação, articulava a economia agropecuária sulista com as regiões Sudeste e Centro-oeste do país.
   Durante o Primeiro Reinado e Regência, vários impostos impediam a ampliação dos lucros dos fazendeiros sulistas em consequência do encarecimento do preço final do charque gaúcho. Não bastando os entraves tributários, a concorrência comercial dos produtos da região platina colocou a economia pecuarista gaúcha em uma situação insustentável. Buscando acordo com o governo central, os estancieiros gaúchos exigiam a tomada de medidas governamentais que pelo menos garantissem o monopólio sulista sob o comércio do charque.
   Em 1836, inconformados com o descaso das autoridades imperiais, um grupo liderado por Bento Gonçalves exigiu a renúncia do presidente da província do Rio Grande do Sul. Em resposta à invasão feita na cidade de Porto Alegre, um grupo de defensores do poder imperial, também conhecidos como chimangos, conseguiu controlar a situação em junho daquele mesmo ano. Logo após a batalha de Seival, de setembro de 1836, os revolucionários venceram as tropas imperiais e proclamaram a fundação da República de Piratini ou República Rio-Grandense.
   Com a expansão do movimento republicano, surgiram novas lideranças revolucionárias na região de Santa Catarina. Sob a liderança de Guiseppe Garibaldi e David Canabarro, foi fundada a República Juliana que deveria confederar-se à República Rio-Grandense. Dessa vez, melhor preparadas, as tropas imperiais conseguiram fazer frente aos revoltosos que, devido à participação popular, ficaram conhecidos como farrapos. Sob a liderança do barão de Caxias, as forças imperiais tentavam instituir a repressão ao movimento.
   Mesmo não conseguindo aniquilar definitivamente a revolta, o governo imperial valeu-se da crise econômica instaurada na região para buscar uma trégua. Cedendo às exigências dos revolucionários, o governo finalmente estabeleceu o aumento das taxas alfandegárias sobre o charque estrangeiro. A partir daí, Duque de Caxias iniciou os diálogos que deram fim ao movimento separatista.
   Em 1844, depois da derrota farroupilha na batalha de Porongos, um grupo de líderes separatistas foi enviado à capital federal para dar início às negociações de paz. Após várias reuniões, estabeleceram os termos do Convênio do Ponche Verde, em março de 1845. Com a assinatura do acordo foi concedida anistia geral aos revoltosos, o saneamento das dívidas dos governos revolucionários e a libertação dos escravos que participaram da revolução.

http://www.brasilescola.com/historiab/revolucao-farroupilha.htm

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