1. A Avaliação no Ensino
Religioso Escolar: Perspectiva Processual
2.
Marco Legal do Ensino Religioso No Brasil e em
Santa Catarina
3. Mito, Rito e Religião
4. O Ensino Religioso
Vinculado ao Projeto Político Pedagógico
5. Ressurreição,
Reencarnação, Ancestralidade e o Nada
6. Símbolos Religiosos
|
A AVALIAÇÃO NO ENSINO RELIGIOSO ESCOLAR:
PERSPECTIVA PROCESSUAL
Suzana dos Santos Gomes*
* Mestre em Educação – FAE-UFMG, professora
de Cultura Religiosa – PUC Minas.
A avaliação está presente na
vida humana e na rotina escolar. É necessário pensar sobre o seu sentido e a
sua razão de ser. No Ensino Religioso, deverá ser espaço para que o educando
adquira o conhecimento religioso e humanize-se para atuar de forma transformadora
na sociedade. Os conteúdos e as práticas escolares deverão provocar mudanças
processuais na concepção de homem, de mundo, de sociedade e de Deus.
É preciso repensar a avaliação
numa perspectiva processual de ensino-aprendizagem, assumindo um modelo de
avaliação coerente com a concepção cristã do ser humano, que vive a tensão entre
a tendência à acomodação e as forças que o atraem para a “busca do ser”. Numa educação
processual, recriadora, que gera libertação, o educador é sujeito do seu
crescimento. Assim, a avaliação é indispensável na ação humana de educar
promovendo um contínuo processo de ação, reflexão e construção.
A avaliação processual leva ao
diagnóstico, à análise da situação, à busca de alternativas que promovam o
crescimento. A pessoa humana é rica de possibilidades e está sempre em
transformação.
A avaliação escolar deve ser
ação de acompanhamento, de conhecimento do estágio em que o educando se
encontra, de reconhecimento de suas capacidades e limites a fim de que cresça
de um saber adquirido para outro mais elaborado e enriquecido.
O objeto de análise é o desempenho
do educando, do educador e de toda a situação de ensinar/aprender que se
realiza no contexto escolar. Suas funções seriam a de subsidiar o educador no
aperfeiçoamento do ensino e oferecer informações que possibilitem tomar
decisões sobre quais recursos educacionais
devem ser organizados para
tornar o aprender mais efetivo. Avaliar exige a definição de aonde se quer
chegar. Precisa-se estabelecer critérios e escolher procedimentos adequados. Na
avaliação está implícita a concepção de homem que se quer formar, o modelo de
sociedade que se quer construir.
Saber e querer envolver os
alunos na avaliação de suas competências, explicitando e debatendo os objetivos
e os critérios, favorecendo a avaliação mútua, os balanços de conhecimentos e a
auto-avaliação. (PERRENOUD, 1999, p. 66)
Para bem avaliar é necessário
um acompanhamento sistemático dos alunos para saber se estão aprendendo, como
estão aprendendo e em que condições ou atividades encontram dificuldades.
Essa avaliação não se refere
apenas ao domínio de conteúdos específicos, mas também ao desenvolvimento das
competências, habilidades e atitudes. Significa avaliar o educando como um
todo, nas diversas situações que envolvem a aprendizagem: no relacionamento com
os colegas, no empenho para solucionar os desafios propostos etc. A avaliação é
um instrumento de aprendizagem.
O educador precisa estimular o
educando a fazer a sua auto-avaliação, a partir da criação de espaços
significativos que possibilitem o acompanhamento de suas conquistas,
dificuldades e o desenvolvimento de competências ao longo do processo.
Exige a criação e o exercício
de ações que transformam e realimentam a prática pedagógica.
“A avaliação de aprendizagem
escolar adquire seu sentido na medida em que se articula com um projeto
pedagógico e com seu consequente projeto de ensino” (LUCKESI, 1995). Como um
dos elementos que compreendem o processo de construção e reconstrução da nossa
prática pedagógica, a avaliação precisa
ser pensada em sintonia com as
concepções sociofilosóficas, psicopedagógicas, ético-religiosas, político-epistemológicas
que dão suporte à prática educativa. A maneira como o educador estabelece critérios
e constrói instrumentos de avaliação da aprendizagem aponta para sua compreensão
de Educação e do processo de construção do conhecimento. Revela o domínio ou
não do seu objeto de ensino, a organização dos conteúdos e a forma de
apresentá-los e, sobretudo, sua relação com os educandos.
“A avaliação da aprendizagem do
aluno está diretamente ligada à avaliação do próprio trabalho docente. Ao
avaliar o que o aluno aprendeu, o professor está avaliando o que ele próprio
conseguiu ensinar” (HAIDT, 1997). A avaliação deve provocar reflexão sobre as
condições de aprendizagem. Tem a função de acompanhar, orientar e redimensionar
o processo como um todo. O educando deve ser incentivado a reconhecer suas
conquistas e identificar as suas dificuldades ao longo do processo.
A avaliação é uma tarefa permanente
do professor, instrumento indispensável à constituição de uma prática
pedagógica comprometida com o desenvolvimento da criança. Uma avaliação significativa
no Ensino Religioso exige que o educador saiba trabalhar com objetivos tendo em
vista o perfil de homem educando que deseja formar; exige que saiba, ainda,
identificar elementos que determinem o aprimoramento do saber e da postura cidadã;
e que saiba, também, reconhecer o educando em sua totalidade afetiva,
cognitiva, psicomotora e ético-religiosa.
Dar um enfoque correto à
avaliação é uma questão de competência pedagógica e de compreensão do que é, de
fato, educação... Usar vários instrumentos de avaliação, com o máximo de
participação dos alunos na discussão dos resultados, também faz parte do
processo de conscientização para a desejável mudança de atitude. (CRUZ, 1997)
O Ensino Religioso como componente
curricular integrante e integrador do currículo necessita do processo de
avaliação que deve ser entendido como instrumento contínuo para aperfeiçoamento
da prática pedagógica colaborando na crescente “busca do ser”.
A avaliação parte sempre da
concepção de ensino e aprendizagem. Nessa proposta a abordagem do conhecimento
visualiza o Ensino Religioso como algo significativo, articulado,
contextualizado, em permanente formação e transformação... conjunto de atuação
que tem a função de alimentar, sustentar, orientar e adequar a intervenção pedagógica,
verificando o nível de aprendizagem atingido pelo aluno. (PARÂMETROS CURRICULARES
NACIONAIS DO ENSINO RELIGIOSO, 1997).
O educador deverá favorecer o
desenvolvimento integral do educando. A avaliação é observação e acompanhamento
desse processo. Não tem caráter de terminalidade. Deve possibilitar o espaço de elaboração e reelaboração da
dinâmica pedagógica.
Assim, ressalta-se a
importância do planejamento. Como processo cooperativo, progressivo e contínuo,
a avaliação no Ensino Religioso representa um momento privilegiado que permite
ao educador tomar conhecimento do crescimento do educando, reformular seu
projeto educativo, revendo sua atuação.
Ao educando, permite tomar conhecimento
do seu crescimento, sentir-se valorizado em seus esforços, como, também, redimensionar
a sua postura diante do projeto pedagógico. A dimensão vivencial da Educação
Religiosa não é medida, mas, sim, observada para ser retomada e redimensionada
pelo educando a partir da autoavaliação.
De fato, se alguém de vocês
quer construir uma torre, será que não vai primeiro sentar-se e calcular os gastos,
para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, lançará o alicerce
e não será capaz de acabar. E todos os que verem isso, começarão a caçoar, dizendo:
“Esse homem começou a construir e não foi capaz de acabar”. (Lc 14, 28-30)
A observação contínua e progressiva
sobre a ação do educador e do educando, ação essa demonstrada em atitudes de
vida, fornece dados para uma revisão contínua da atualização do processo educativo.
A avaliação no Ensino Religioso contempla em sua dimensão processual: o conhecimento
(o saber); a participação (o saber fazer); a atitude de vida (o saber ser); a
relação (o saber conviver), enfim, elementos que implicam a crescente abertura
e criação de espaços para a vivência das experiências religiosas.
A competência pedagógica que
almejamos exige do educador e do educando uma avaliação do processo vivenciado.
O Ensino Religioso como componente curricular deverá trabalhar com princípios,
finalidades, objetivos da educação e do ato de aprender.
A escola é concebida como um
lugar de encontro humano privilegiado para conhecimento e reconstrução do saber
religioso na relação consigo, com o outro, com o mundo e com Deus.
Dessa forma, o Ensino Religioso
é espaço para crescer no conhecimento, na consciência, na religiosidade e no
exercício da cidadania. Como um dos fios que costuram o processo
ensinoaprendizagem, a avaliação é uma das referências para o acompanhamento do
crescimento do educando e deverá ser garantida nas aulas de Ensino Religioso.
Referências
CRUZ, Therezinha M. L. da.
Avaliação: um teste para a educação. In: Didática de Ensino Religioso;
nas estradas da vida: um caminho a ser feito. São Paulo: FTD, 1997. p. 96-97.
HAIDT, R. C. C. Avaliação do
processo ensino-aprendizagem. In: Curso de Didática Geral. São Paulo:
Ática. 1994. p. 228.
LUCKESI, C. C. Verificação ou
avaliação: o que pratica a escola? In: Avaliação da aprendizagem escolar.
São Paulo: Cortez, 1995.
PARÂMETROS CURRICULARES
NACIONAIS DO ENSINO RELIGIOSO. Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso.
2. ed. São Paulo: Ave Maria, 1997.
PERRENOUD, Philippe. Praticar
uma avaliação formativa. In: Construir as competências desde a Escola.
Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999. p. 66.
REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL
PARA A EDUCAÇÃO. Conhecimento de mundo. Ministério de Educação e do
Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.
MARCO LEGAL DO ENSINO
RELIGIOSO NO BRASIL E EM SANTA CATARINA
O Ensino Religioso é um componente do
currículo das escolas públicas brasileiras, situado no âmbito da educação
sistemática e formal, regido pela Constituição Federal de 1988, nos seguintes
termos: “O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina
dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental (§ 1º, art.
210, Seção I, capítulo III).
De modo indireto, está contemplado no art. 2º
da LDBEN nº 9.394/1996, o qual subscreve que "a educação, dever da família
e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de
solidariedade, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (grifos
nossos).
Assim como os demais componentes curriculares,
o Ensino Religioso deve ser ministrado com base nos objetivos da formação
básica do cidadão, mediante o desenvolvimento da capacidade de apreender a ler,
escrever e calcular; buscando propiciar a compreensão do ambiente natural e
social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se
fundamenta a sociedade; propiciando a aquisição de conhecimentos e habilidades,
da formação de atitudes e valores que fortaleçam os vínculos familiares, os
laços de solidariedade humana e de tolerância
recíproca em que se assenta a vida social (Art.32, LDBEN n º 9.394/1996).
É na perspectiva da formação plena do cidadão,
no contexto de uma sociedade cultural e religiosamente diversa, na qual todas
as crenças e expressões religiosas devem ser compreendidas e respeitadas, que o
Art. 33 da LDBEN n° 9.394/1996, alterado pela Lei n° 9.475/1997, legisla que:
O ensino religioso, de matrícula facultativa,
é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos
horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o
respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas
de proselitismo (grifos nossos).
Considerando a diversidade cultural da sociedade
brasileira, este preceito legal ratifica a importância e a necessidade de
disponibilizar aos educandos, no conjunto dos conhecimentos escolares,
conteúdos sobre a diversidade cultural religiosa como uma das formas de
promover e exercitar a liberdade de concepções e a construção da cidadania, prerrogativas
de um estado laico e democrático.
Condizente com esta legislação, o Conselho
Nacional de Educação/CNE, ao instituir as Diretrizes Curriculares Nacionais para
o Ensino Fundamental, em 1998, por meio da Resolução CEB/CNE nº. 2, conferiu ao
Ensino Religioso status de área do conhecimento, entre as dez que compõem a
base nacional comum, garantindo a igualdade de acesso aos conhecimentos
religiosos, substrato cultural presente em todos os povos da humanidade.
Em 2010, novamente o CNE, por meio da
Resolução n° 4, de 13 de julho, ao instituir as novas Diretrizes Curriculares
Nacionais Gerais para a Educação Básica, no art. 14, reafirma o Ensino
Religioso na base nacional comum, a qual se constitui de conhecimentos, saberes
e valores produzidos culturalmente, expressos nas políticas públicas e gerados
nas instituições produtoras do conhecimento cientifico e tecnológico; no mundo
do trabalho; no desenvolvimento das linguagens; nas atividades desportivas e
corporais; na produção artística; nas formas diversas de exercício da cidadania;
e nos movimentos sociais.
A referida Resolução, assim se pronuncia
sobre as áreas de conhecimento:
Art.
14 [...]
§
1º Integram a base nacional comum nacional:
a)
a Língua Portuguesa;
b)
a Matemática;
c)
o conhecimento do mundo físico, natural, da realidade social e política, especialmente
do Brasil, incluindo-se o estudo da Historia e das Culturas Afro-Brasileira
e Indígena,
d)
a Arte, em suas diferentes formas de expressão, incluindo-se a música;
e)
a Educação Física;
f)
o Ensino Religioso.
§
2º Tais componentes curriculares são organizados pelos sistemas educativos,
em forma de áreas de conhecimento, disciplinas, eixos temáticos,
preservando-se a especificidade dos diferentes campos do conhecimento,
por meio dos quais se desenvolvem as habilidades indispensáveis
ao exercício da cidadania, em ritmo compatível com as etapas
do desenvolvimento integral do cidadão .
O estudo do fenômeno religioso em um estado laico,
a partir de pressupostos científicos, visa à formação de cidadãos críticos e
responsáveis, capazes de discernir a dinâmica do conhecimento religioso que
perpassa a vida em âmbito pessoal, local e mundial. As diferentes crenças,
grupos e tradições religiosas, bem como a ausência delas, são aspectos da
realidade que devem ser socializados e abordados como dados
antropológicos
e socioculturais, capazes de contribuir na interpretação e na fundamentação das
ações humanas.
Em Santa Catarina, a Lei Complementar nº.
170/1998, que dispõe sobre o Sistema Estadual de Educação, no capítulo IV, Art.
37, reforça a legislação nacional ao definir que:
O
ensino religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais
das escolas públicas de ensino fundamental.
§
1º Na oferta do ensino religioso é assegurado o respeito à diversidade cultural
brasileira e da comunidade atendida, vedadas quaisquer formas de
proselitismo .
Posteriormente, o Decreto Estadual n° 3.882/2005,
ao regulamentar o Ensino Religioso nas escolas de ensino fundamental da rede
pública estadual, prescreve:
Art.
1º O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários
normais das Escolas da Rede Pública Estadual de Ensino Fundamental.
§
1º Entende-se por Ensino Religioso, possibilitar ao educando o conhecimento das
diversas culturas e tradições religiosas para maior abertura e compromisso
consigo mesmo, com o outro, com o mundo e com o transcendente, de forma
reflexiva e integrada ao contexto de Santa Catarina.
§
2º O Ensino Religioso se desenvolve na Escola com o objetivo de subsidiar o
entendimento do fenômeno religioso a partir do conhecimento das culturas e
tradições religiosas presentes no convívio social dos educandos
e educandas, como a finalidade de se educarem e promoverem uma educação para o
diálogo intercultural e a paz como compromisso histórico diante da vida e do
transcendente.
§
3º O Ensino Religioso é parte integrante da formação básica do cidadão e
cidadã, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas,
assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas
quaisquer formas de proselitismo.
§
4º Nas aulas de Ensino Religioso não serão permitidas colocações de conotação
ideológico-político-partidárias, nem quaisquer formas de discriminação a
religiões ou pessoas, bem como não será utilizado material didático que
contrarie o estabelecido neste dispositivo.
§
5º No período destinado às aulas de Ensino Religioso serão desenvolvidas
atividades previstas no contexto dos programas de Ensino Religioso, da Proposta
Curricular do Estado de Santa Catarina e na sua implementação no Ensino
Fundamental .
Portanto, o Ensino Religioso deve atender à
função social da escola, em consonância com a legislação brasileira e
catarinense, respeitando, acolhendo e valorizando as diferentes manifestações
do fenômeno religioso no contexto escolar, a partir de uma abordagem pedagógica
que estuda, pesquisa e reflete a diversidade cultural-religiosa brasileira,
vedadas quaisquer formas de proselitismos, “salvaguardando, assim, a liberdade da
expressão religiosa do educando” (FONAPER, 1997, p. 38).
Neste sentido, o Ensino Religioso enquadra-se
no padrão comum a todas as outras áreas do conhecimento, ou seja, tem objeto de
estudo próprio: o fenômeno religioso; conteúdo próprio: o conhecimento
religioso; tratamento didático próprio: didática do fenômeno religioso;
objetivos próprios; metodologia e sistema de avaliação (FONAPER, 2000).
Desta forma, o Ensino Religioso, ao
proporcionar o conhecimento dos elementos básicos que compõem o fenômeno
religioso, discute e fomenta o direito à diferença, auxiliando na constituição
de relações alteritárias entre culturas e religiões, identidades e diferenças,
no constante propósito de promoção dos direitos humanos.
REFERÊNCIAS
BRASIL.
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da
União: Brasília, DF, 05 out. 1988.
BRASIL.
Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 dez. 1996.
BRASIL.
Lei Nº 9.475, de 22 de Julho de 1997. Dá nova redação ao art. 33 da Lei n°
9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional. Brasília, Diário Oficial da União: Brasília, 23 set. 1997.
BRASIL.
Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CEB nº. 2/98. Institui as Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Brasília, DF, 1998.
BRASIL.
Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CEB nº 4/2010. Define Diretrizes
Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. Brasília, DF, 2010.
FONAPER.
Fórum Nacional Permanente de Ensino Religioso. Parâmetros Curriculares Nacionais
para o Ensino Religioso. 3. ed. São Paulo: Ave Maria, 1997.
_______.
Referencial Curricular para a Proposta Pedagógica da Escola. Caderno temático
nº 1. (s. ed.). Curitiba, 2000.
SANTA
CATARINA. Lei complementar estadual nº 170, de 07 de agosto de 1998. Dispõe sobre
o sistema estadual de educação. Florianópolis/SC, 1998.
________.
Decreto no 3.882, de 28 de dezembro de 2005. Regulamenta o Ensino Religioso nas
escolas de Ensino Fundamental da rede pública estadual. Florianópolis/SC, 2005.
Elcio
Cecchetti Pesquisar em Ensino Religioso em SC
Mito, Rito e Religião
É necessário deixar bem
claro, nesta tentativa de conceituar o mito, que o mesmo não tem aqui
a conotação usual de fábula, lenda, invenção, ficção, mas a acepção que lhe
atribuíam e ainda atribuem as sociedades arcaicas, as impropriamente
denominadas culturas primitivas, onde mito é o relato de um acontecimento
ocorrido no tempo primordial, mediante a intervenção de entes sobrenaturais. Em
outros termos, mito, é o relato de uma história verdadeira, ocorrida nos
tempos dos princípios, quando com a interferência de entes sobrenaturais, uma
realidade passou a existir, seja uma realidade total, o cosmo, ou tão-somente
um fragmento, um monte, uma pedra, uma ilha, uma espécie animal ou vegetal,
um comportamento humano. Mito é, pois, a narrativa de uma criação: conta-nos
de que modo algo, que não era, começou a ser.
De outro lado, o mito é
sempre uma representação coletiva, transmitida através de várias gerações e
que relata uma explicação do mundo. Mito é, por conseguinte, a parole,
a palavra "revelada", o dito. E, desse modo, se o mito pode se
exprimir ao nível da linguagem, "ele é, antes de tudo, uma palavra que
circunscreve e fixa um acontecimento". "O mito é sentido e vivido
antes de ser inteligido e formulado. Mito é a palavra, a imagem, o gesto, que
circunscreve o acontecimento no coração do homem, emotivo como uma criança,
antes de fixar-se como narrativa".
O mito expressa o mundo e
a realidade humana, mas cuja essência é efetivamente uma representação
coletiva, que chegou até nós através de várias gerações. E, na medida em que
pretende explicar o mundo e o homem, isto é, a complexidade do real, o mito
não pode ser lógico: ao revés, é ilógico e irracional. Abre-se como uma
janela a todos os ventos; presta-se a todas as interpretações. Decifrar o
mito é, pois, decifrar-se. E, como afirma Roland Barthes, o mito não pode,
consequentemente, "ser um objeto, um conceito ou uma ideia: ele é um
modo de significação, uma forma". Assim, não se há de definir o mito
"pelo objeto de sua mensagem, mas pelo modo como a profere".
É bem verdade que a
sociedade industrial usa o mito como expressão de fantasia, de mentiras, daí
mitomania, mas não é este o sentido que hodiernamente se lhe atribui.
O mesmo Roland Barthes,
aliás, procurou reduzir, embora significativamente, o conceito de mito,
apresentando-o como qualquer forma substituível de uma verdade. Uma verdade
que esconde outra verdade. Talvez fosse mais exato defini-lo como uma verdade
profunda de nossa mente. É que poucos se dão ao trabalho de verificar a
verdade que existe no mito, buscando apenas a ilusão que o mesmo contém.
Muitos veem no mito tão-somente os significantes, isto é, a parte concreta do
signo. É mister ir além das aparências e buscar-lhe os significados, quer
dizer, a parte abstrata, o sentido profundo.
Talvez se pudesse definir
mito, dentro do conceito de Carl Gustav Jung, como a conscientização de
arquétipos do inconsciente coletivo, quer dizer, um elo entre o consciente e
o inconsciente coletivo, bem como as formas através das quais o inconsciente
se manifesta.
Compreende-se por inconsciente
coletivo a herança das vivências das gerações anteriores. Desse modo, o
inconsciente coletivo expressaria a identidade de todos os homens, seja qual
for a época e o lugar onde tenham vivido.
Arquétipo,
do grego "arkhétypos", etimologicamente, significa modelo
primitivo, ideias inatas. Como conteúdo do inconsciente coletivo foi
empregado pela primeira vez por Yung. No mito, esses conteúdos remontam a uma
tradição, cuja idade é impossível determinar. Pertencem a um mundo do
passado, primitivo, cujas exigências espirituais são semelhantes às que se
observam entre culturas primitivas ainda existentes. Normalmente, ou
didaticamente, se distinguem dois tipos de imagens:
a)
imagens (incluídos os sonhos) de caráter pessoal, que
remontam a experiências pessoais esquecidas ou reprimidas, que podem ser
explicadas pela anamnese individual;
b) imagens
(incluídos os sonhos) de caráter impessoal, que não podem ser incorporados à
história individual. Correspondem a certos elementos coletivos: são
hereditárias.
A palavra textual de Jung
ilustra melhor o que expôs: "Os conteúdos do inconsciente pessoal são
aquisições da existência individual, ao passo que os conteúdos do
inconsciente coletivo são arquétipos que existem sempre a priori.
Embora se tenha que
admitir a importância da tradição e da dispersão por migrações, casos há e
muito numerosos em que essas imagens pressupõem uma camada psíquica coletiva:
é o inconsciente coletivo. Mas, como este não é verbal, quer dizer, não
podendo o inconsciente se manifestar de forma conceitual, verbal, ele o faz
através de símbolos. Atente-se para a etimologia de símbolo, do
grego "sýmbolon", do verbo "symbállein",
"lançar com", arremessar ao mesmo tempo, "com-jogar". De
início, símbolo era um sinal de reconhecimento: um objeto dividido em duas
partes, cujo ajuste e confronto permitiam aos portadores de cada uma das
partes se reconhecerem. O símbolo é, pois, a expressão de um conceito de
equivalência. Assim, para se atingir o mito, que se expressa por símbolos, é
preciso fazer uma equivalência, uma "con-jugação", uma
"re-união", porque, se o signo é sempre menor do que o conceito que
representa, o símbolo representa sempre mais do que seu significado evidente
e imediato.
Em síntese, os mitos são a
linguagem imagística dos princípios. "Traduzem" a origem de uma
instituição, de um hábito, a lógica de uma gesta, a economia de um encontro.
Na expressão de Goethe, os
mitos são as relações permanentes da vida.
Se mito é, pois, uma
representação coletiva, transmitida através de várias gerações e que relata
uma explicação do mundo, então o que é mitologia?
Se mitologema é a
soma dos elementos antigos transmitidos pela tradição e mitema as
unidades constitutivas desses elementos, mitologia é o
"movimento" desse material: algo de estável e mutável
simultaneamente, sujeito, portanto, a transformações. Do ponto de vista
etimológico, mitologia é o estufo dos mitos, concebidos como história
verdadeira.
Quanto à religião,
do latim "religione", a palavra possivelmente se prende ao
verbo "religare", ação de ligar.
Religião pode, assim, ser
definida como o conjunto das atitudes e atos pelos quais o homem se prende,
se liga ao divino ou manifesta sua dependência em relação a seres
invisíveis tidos como sobrenaturais. Tomando-se o vocábulo num sentido mais
estrito, pode-se dizer que a religião para os antigos é a reatualização e a
ritualização do mito. O rito possui, "o poder de suscitar ou, ao menos,
de reafirmar o mito".
Através do rito, o homem
se incorpora ao mito, beneficiando-se de todas as forças e energias que
jorraram nas origens. A ação ritual realiza no imediato uma transcendência
vivida. O rito toma, nesse caso, "o sentido de uma ação essencial e
primordial através da referência que se estabelece do profano ao
sagrado". Em resumo: o rito é a práxis do mito. É o mito em ação. O mito
rememora, o rito comemora.
Rememorando os mitos,
reatualizando-os, renovando-os por meio de certos rituais, o homem torna-se
apto a repetir o que os deuses e os heróis fizeram "nas origens",
porque conhecer os mitos é aprender o segredo da origem das coisas. "E o
rito pelo qual se exprime (o mito) reatualiza aquilo que é ritualizado: recriação,
queda, redenção". E conhecer a origem das coisas - de um objeto, de um
nome, de um animal ou planta - "equivale a adquirir sobre as mesmas um
poder mágico, graças ao qual é possível dominá-las, multiplicá-las ou reproduzi-las
à vontade". Esse retorno às origens, por meio do rito, é de suma
importância, porque "voltar às origens é readquirir as forças que jorraram
nessas mesmas origens". Não é em vão que na Idade Média muitos cronistas
começavam suas histórias com a origem do mundo. A finalidade era recuperar o
tempo forte, o tempo primordial e as bênçãos que jorraram illo tempore.
Além do mais, o rito,
reiterando o mito, aponta o caminho, oferece um modelo exemplar, colocando o
homem na contemporaneidade do sagrado. É o que nos diz, com sua autoridade,
Mircea Eliade: "Um objeto ou um ato não se tornam reais, a não ser na
medida em que repetem um arquétipo. Assim a realidade se adquire
exclusivamente pela repetição ou participação; tudo que não possui um modelo
exemplar é vazio de sentido, isto é, carece de realidade".
O rito, que é o aspecto
litúrgico do mito, transforma a palavra em verbo, sem o que ela é apenas
lenda, "legenda", o que deve ser lido e não mais proferido.
À ideia de reiteração
prende-se a ideia de tempo. O mundo transcendente dos deuses e heróis
é religiosamente acessível e reatualizável, exatamente porque o homem das
culturas primitivas não aceita a irreversibilidade do tempo: o rito abole o
tempo profano, cronológico, é linear e, por isso mesmo, irreversível (pode-se
"comemorar" uma data histórica, mas não fazê-la voltar no tempo), o
tempo mítico, ritualizado, é circular, voltando sempre sobre si mesmo. É
precisamente essa reversibilidade que liberta o homem do peso do tempo morto,
dando-lhe a segurança de que ele é capaz de abolir o passado, de recomeçar
sua vida e recriar seu mundo. O profano é tempo da vida; o sagrado, o
"tempo" da eternidade.
A "consciência
mítica", embora rejeitada no mundo moderno, ainda está viva e atuante
nas civilizações denominadas primitivas: "O mito, quando estudado ao
vivo, não é uma explicação destinada a satisfazer a uma curiosidade
científica, mas uma narrativa que faz reviver uma realidade primeva, que
satisfaz as profundas necessidades religiosas, aspirações morais, a pressões
e a imperativos de ordem social e mesmo a exigências práticas. Nas
civilizações primitivas, o mito desempenha uma função indispensável: ele
exprime, exalta e codifica a crença; salvaguarda e impõe os princípios
morais; garante a eficácia do ritual e oferece regras práticas para a
orientação do homem. O mito é um ingrediente vital da civilização humana;
longe de ser uma fabulação vã, ele é, ao contrário, uma realidade viva, à
qual se recorre incessantemente; não é, absolutamente, uma teoria abstrata ou
uma fantasia artística, mas uma verdadeira codificação da religião primitiva
e da sabedoria prática".
|
O ENSINO
RELIGIOSO VINCULADO AO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Robson
Stigar
RESUMO
Este artigo tem como objetivo demonstrar a relação do Ensino Religioso
junto ao Projeto Político Pedagógico. Demonstrar a sua importância de tal
disciplina estar incluída no PPP e de sua importância de ser pensada como
área de conhecimento e não apenas um momento de formação humana.
Porem temos inúmeros elementos que precisam ser norteados,
esclarecidos, refletidos, como a presença do paradigma Cartesiano, tal como a
sua influencia não só na educação, mas na sociedade num todo e principalmente
no pensamento Ocidental. Tal analise faz importante afim de mapear e entender
os fatos com outros olhos e perceber a interligação das áreas, necessitando
de um novo paradigma.
O novo paradigma que emerge e que se espera é um paradigma que atenda
o ser humano de forma integral, holística e não mais a velha forma
fragmentada, técnica e especifica que vinha sendo ofertada como modelo para a
sociedade.
O ER necessita estar bem posicionado junto ao PPP afim de garantir a
sua identidade, sua epistemologia, sua fenomenologia, pois tal atitude faz
com que ele seja respeitado e respaldado junto a comunidade escolar. Por isso
faz necessário esclarecer as dificuldades e desafios de articular e desenvolver
o PPP, necessitando assim um breve estudo sobre a sua formação e
desenvolvimento.
O Ensino Religioso vinculado ao Projeto Político
Pedagógico
Atualmente o Ensino Religioso tem sido foco de novos estudos,
pesquisas e reflexões, devido ao artigo 33 da nova Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional LDBEN 9394/96 que o regulamenta como disciplina,
entretanto sabemos que não podemos trabalhar esta temática em separada ou
isolada das demais conjunturas que a norteiam a escola e a sociedade num todo.
Devemos então observar sua conjuntura, a escola, a família, a sociedade, o
ser humano.
É impossível pensar sobre o Ensino Religioso dentro da identidade
escolar se o mesmo não fizer parte do projeto político pedagógico da escola.
Este projeto deve estar vinculado a melhoria da escola, da comunidade, do
aluno, isto providenciara mudanças educativas, beneficiando toda a
comunidade, pois é em função do social e do educativo que há sentido em
existir as escolas. O projeto Político Pedagógico tem a necessidade de estar
em dialogo e atento a realidade escolar, inclusive a religiosidade.
Atualmente se vê o Ensino Religioso como uma necessidade Humana e não só
disciplinar ou acadêmica. Esse projeto deve encarar o Ensino Religioso como
parte do seu projeto educativo, reconhecendo o mesmo como disciplina, mas
também como necessidade da cidadania.
O Projeto Político Pedagógico deve ser implantado democraticamente no
decorrer da caminhada escolar, no cotidiano da comunidade num todo,
respeitando cada momento, não deve ocorrer por decreto, por obrigação e sim
por necessidade. O mesmo deve ocorrer com o Ensino Religioso, ele deve ser
implantada não por decreto ou artigo, mas sim de acordo com a necessidade de
cada realidade escolar, de acordo com a sua caminhada, democraticamente, afim
de garantir que não haja proselitismo nem desrespeito a religiosidade e
crença de cada um. Tanto o ser humano como o conhecimento estão em continua
construção, assim se faz necessário um Projeto Político Pedagógico flexível a
realidade escolar, esse projeto possui responsabilidade com a comunidade
escolar, com a formação humana.
O Ensino Religioso será visto com outros olhos se o mesmo for visto
como uma necessidade da formação humana, educar com solidariedade e para a
solidariedade é essencialmente educar com os valores humanos. Só é possível
compreender o Ensino Religioso, a partir do humanismo, dos valores humanos. O
ser Humano não pode ser visto ou trabalhado em fragmentos, isto é em
separado, dividido, o ser humano é um só e deve ser visto como um todo, por
isso a necessidade de uma formação integral, o mesmo vale para a educação e
para o conhecimento, daí a necessidade de incluir o Ensino Religioso em busca
de uma formação mais ampla e completa. Só assim é que o Ensino Religioso será
respeitado. Os fatos e circunstancias não acontecem separadamente e sim em
conjunto. Entretanto este conjunto deve estar em equilíbrio, administrando o
racional, a sensibilidade e o espiritual, novamente o Ensino Religioso pode
contribuir neste equilíbrio.
O profissional do Ensino Religioso deve estar atento ao dialogo
interdisciplinar, manter um dialogo com as demais ciências e crenças
religiosas, ter capacidade de refletir e analisar a realidade é fundamental.,
assim como ter uma dimensão ecumênica e inter- religiosa. Deve estar atento
ao cotidiano da escola, tanto nas praticas pedagógicas como nas políticas
educacionais.
É indispensável uma educação voltada para a religiosidade, pois nossa
sociedade esta cada vez mais pluralista ofertando espaço também para o
transcendental. Temos atualmente em nosso meio uma grande mudança social e
cultural, podemos chamar essa mudança de um novo paradigma, sendo assim
devemos estar atentos afim de não cairmos em demasia na futilidade e na
banalidade. Devemos ter um norte, uma estrada a percorrer o mesmo deve haver
com a escola, a mesma deve escolher a sua estrada, novamente se clama por
reflexão e dialogo, refletirmos e dialogarmos constantemente.
A escola atualmente tem tido uma tarefa árdua de educar o ser humano,
tarefa de educar não só para o conhecimento, mas também de educar para os
valores humanos, para a cidadania, para a ética. Pois bem não resta duvida
que esta é a tarefa mais difícil, formação humana é algo inata no ser humano,
entretanto poucos tiveram condições de tê-la. A pessoa humana necessita se
sensibilizar para consigo mesmo se conhecer para depois sim conseguir com
êxito se socializar.
Em todos os seguimentos temos a necessidade de estar atentos e abertos
a criticas e a inovações, assim também a escola e o próprio Projeto político
Pedagógico deve estar aberto e atento, pois as criticas mesmo que negativa ou
positiva nos traz benefícios. As relações tem mais validade quando elas são
vividas de diversas maneiras, pois sabemos que é com a pratica e com a
vivência que o saber e o conhecimento são de fatos assimilados e não com
teorias. Assim as criticas por serem vividas e sentidas no interior humano
faz com que crescemos e amadurecemos.
O conteúdo do Ensino Religioso deve ser fixado a partir da realidade
escolar local, deve-se levar em consideração toda a comunidade e não só a
opinião pessoal de um professor. Em outras palavras os conteúdos surgem de
uma maneira natural e não imposta. Entretanto sabemos que é muito difícil
haver um consenso, sendo assim procuremos ao máximo evitar proselitismo e
desrespeito as crenças religiosas. Dentro de uma perspectiva histórica
percebe-se que o FONAPER (Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso) tem
desenvolvidos inúmeros trabalhos e pesquisas que desenham uma nova visão
sobre o Ensino Religioso que agrada a necessidade pluralista existente na
sociedade.
O Ensino Religioso pode e deve resgatar os valores humanos e
religiosos que vem sido esquecidos pela escola, pela família, pela sociedade
e pelo ser humano. A escola por sua vez deve ser um lugar onde devemos viver
esses valores, tais como a cidadania, a solidariedade, o respeito, a
confiança, a honestidade, a humildade, a amizade, entre outros, a escola deve
ser um lugar de paz e tranquilidade, onde o conhecimento e a educação seja um
prazer, mas isso é tarefa de todos e não só do Ensino Religioso. As demais
disciplinas e seguimentos escolares deve assumir esta responsabilidade
também, pois um educador não é só um agente curricular que transmite
conhecimento, mas também uma agente transformador, de formação de opinião, um
agente de sensibilização.
A Tarefa do Ensino Religioso na escola, certamente é de libertar e não
de controlar, de dominar, de manipular, conforme vemos em muitas escolas. O
professor se aproveita em muitas vezes deste espaço, desta aula, para formar
uma moral ou estabelecer regras de etiquetas. Isso acontecia muito de forma
velada no tempo em que a avaliação tinha como objetivo o controle social, ai
se fazia uma seleção, ai manipulava a pessoa a pensar e ser o que a sociedade
queria e não o que ela desejava pensar ou ser. Assim o que se espera do
Ensino Religioso não são teorias e sim vivências, experiências, se espera uma
ação pratica e não apenas mais uma aula com conteúdos lineares e
curriculares.
Os temas transversais podem e devem ser trabalhados pela disciplina de
Ensino Religioso, mas não é só de sua responsabilidade, as demais disciplinas
devem assumir responsabilidade juntos na formação do ser e da construção da
cidadania. Gostaria de destacar que Ensino Religioso é diferente que educação
religiosa, Isso deve estar claro no Projeto político Pedagógico, se
confundirmos o Ensino religioso com educação Religiosa certamente estaremos
ofertando espaço de discriminação religiosa, o que não convém para a escola e
para a sociedade.
Sabemos que as políticas públicas interferem muitas vezes na realidade
escolar, devemos assim ter clareza escolar e sensibilidade humana e
educacional afim de não aderir as propostas neoliberais que circulam na
sociedade. Um bom exemplo é o fato da escola existir bem antes do
Capitalismo, mas o seu papel muda radicalmente em função desse sistema
político possuir influencia na vida humana e na sociedade em geral, assim
também muda a escola, sua formação passa a ser não só para a pessoa humana,
mas também para o mercado de trabalho que valoriza a mão-de-obra e não a
pessoa humana.
Entretanto não podemos cair no erro de acreditar que a escola é a
responsável pela organização social, a escola é apenas uma parte da realidade
e apenas uma ferramenta de possíveis mudanças.
Por estarmos num momento de mudança é normal sentirmos perdidos ou
desorientados, entretanto se olharmos pelo ponto de vista histórico podemos
concluir que mudanças acontecem também na educação afim de acompanhar a
sociedade e também podemos concluir que tal mudança atinge a formação do ser
humano num âmbito maior, situação que não vinha ocorrendo anteriormente.
O sentido da educação passa pelo sentido da vida, assim o sentido que
se der a vida será o mesmo dado a educação, sendo assim é fundamental que
estejamos atentos a realidade e refletimos sobre a mesmo a fim de garantir
uma boa caminhada pelo árduo percurso que temos a enfrentar..
Em suma, o Ensino Religioso deve ter uma proposta pedagógica clara,
objetiva e coerente com a realidade escolar afim de garantir vinculo com o
Projeto político Pedagógico escolar. Por sua vez o Projeto político
Pedagógico deve estar atento a cada momento a realidade social e a realidade
local da comunidade, pois tanto a vivência como a prática são consideradas
como chave de uma boa escola, pois esta mantém constante dialogo com o seu
meio social, sua construção não é individual, mas sim coletiva.
|
RESSURREIÇÃO, REENCARNAÇÃO, ANCESTRALIDADE E O NADA
As
civilizações ao longo de sua história elaboraram quatro diferentes concepções
fundamentais para a compreensão do que possa acontecer com a alma depois da
morte. São elas a reencarnação, a ancestralidade, a ressurreição e o Nada.
Inicialmente parte-se da premissa de que o corpo material é um composto
habitável por um ser incorpóreo denominado de alma (espírito ou adjacente).
Desse modo, supõe-se que o corpo humano (com forma, peso, tamanho, cor) seja
animado por um princípio vital (sem forma, sem peso, sem tamanho, sem cor).
Vejamos cada uma dessas concepções em particular:
REECARNAÇÃO:
nascer-morrer-renascer
A
concepção reencarnacionista foi defendida por filósofos, historiadores,
religiões como a do Egito Antigo, o Hinduísmo, Budismo, Jainismo, Sikhismo,
Taoismo, religiosidade indígena, Vodu, Cabala judaica, Rosacrucianismo,
Espiritismo e inclusive o Cristianismo esotérico. Há indícios da crença na
reencarnação desde a Pré-história onde achados arqueológicos encontraram
pessoas mortas em posição fetal que os homens daquela época acreditavam ser
uma preparação ritual para a entrada em outra vida. Outra fonte sobre a
reencarnação são os Vedas - Escrito sagrado da religião Hinduísta.
ANCESTRALIDADE:
nascer-morrer-ancestralizar
É
a crença segundo a qual quando um indivíduo morre torna-se um ser espiritual
com capacidade de proteger seus parentes que ainda não transcenderam para
outro plano de que agora gozam. Por essa razão os adeptos do ancestralismo
reverenciam seus antepassados e restabelece uma nova comunicação através de
orações, súplicas, sacrifícios. Embora não possam ser visto, os familiares
sentem sua presença ou percebem alguns sinais de sua autenticidade através de
sonhos e pela posse. Um espírito protetor define bem essa crença e prática
religiosa muito comum entre tradições religiosas tribais, mas não é
universal, pois como se sabe, religiões de tradições orais não são
proselitistas o que de certa forma acaba contribuindo para que sua prática
fique restrita a determinado espaço geográfico ou mesmo étnico. Um espírito
protetor é também um mediador entre os homens e o transcendente. Sua prática
está presente no Oeste d África, Polinésia, Melanésia, vários povos
indo-europeus, China e Japão.
No
Brasil, o período compreendido entre 1549 e 1888 há registros de crenças
ancestrais que foram trazidas através do tráfico de escravos. Apesar de
muitos escravos terem suas crenças obliteradas pelo Cristianismo que
condenavam os rituais ancestrais, nas senzalas ou nos mocambos os escravos
reviviam sua identidade religiosa.
RESSURREIÇÃO:
nascer-morrer-ressuscitar
Embora
a ideia da ressurreição tenha ganhado força com o Cristianismo, ela é bem
mais antiga. Os egípcios já prenunciavam a ressurreição de Osíris, também no
mitraísmo a ressurreição era bastante popular entre os soldados romanos,
somente sendo definitivamente abolida após a adoção do Cristianismo como
religião oficial.
A
perspectiva dos que defendem a ressurreição criticam tanto a reencarnação
quanto a ancestralidade, não pactuando com nenhuma delas e menos ainda com os
que defendem o pensamento materialista de que a vida acaba definitivamente no
túmulo. Outro aspecto a ser considerado é que mesmo dentro do Cristianismo há
dissensões teológicas sobre a ressurreição. Segundo a tradição teológica mais
dominante, uma vez nascido, o indivíduo jamais deixará de existir. Afirmam
que a alma é indestrutível, incorruptível e não pode ser aniquilada.
NIILISMO:
nascer-morrer-desaparecer
Conhecido
também como o nada ou ateísmo contemporâneo, o niilismo é uma percepção da
vida em que o homem é o único responsável pelas suas ações. É uma cosmovisão
desencantada da vida, afirmam não existir ser superior, nem outra dimensão
além do mundo materialista – a vida se desfaz no túmulo e o indivíduo deixa
de existir. Uma das características dessa visão de mundo é a fé na razão, no
homem e na ciência, mas sobretudo a fé. Muitos pensadores contribuíram para o
desenvolvimento do ateísmo como Sócrates, Hegel, Feuerbach, Marx, Nietzche,
Freud e outros. As raízes do ateísmo contemporâneo está no movimento
iluminista do século XVIII que rejeitava qualquer ideia sobre a existência de
um ser transcendental. Segundo esta corrente de pensamento a crença em Deus
ou vários Deuses impede que as pessoas vivam o presente, pois aguardam uma
felicidade no além – o que seria um empecilho para as realizações humanas.
Uma das argumentações mais comuns entre os adeptos do nada é, se Deus
existisse como querem os ancestralistas, reencarnacionistas e a religião
cristã o mundo todo conspiraria contra sua Criação, pois segundo a
religiosidade tudo é criação de um ser superior que mesmo sendo onipotente,
permite que catástrofes, doenças, pestes e outras adversidades da vida
humana, sejam tão recorrentes.
|
SÍMBOLOS RELIGIOSOS
Conheça um pouco
sobre as origens de alguns símbolos das Religiões pelo mundo:
CRUZ
(Cristianismo)
O principal
símbolo da religião cristã. Os romanos a utilizavam para executar criminosos.
Por conta disso, ela nos remete ao sacrifício que Jesus Cristo ofereceu pelos
pecados das pessoas. Símbolos semelhantes já apareciam em culturas pagãs,
antes de Cristo. Ela só foi adotada pelos cristãos quando o imperador romano
Constantino aboliu as condenações na cruz, no início do século 4.
ESTRELA DE DAVI
(Judaísmo)
Duas pirâmides -
uma apontando para cima e outra invertida - representam a união ou equilíbrio
entre o céu e a terra. Diz-se que Davi, importante rei de Israel, mandava
gravar o símbolo nos escudos de seu exército como amuleto de proteção. Quando
este símbolo foi gerado, não sabemos ao certo, no entanto sabemos que este
símbolo é geometricamente construído em forma de estrela com as duas letras
Dálet que compunham o nome David (entrelaçando-as, e girando uma das letras
em 180o. para que seu vértice se colocasse para baixo). Com o tempo, este símbolo
tornou-se símbolo da nação de Israel e do povo judeu, estando presente na
própria bandeira de Israel.
HEXAGRAMA
(Ocultismo)
É formado
unindo-se o Triângulo da Água com o Triângulo do Fogo, formando a estrela de
seis pontas, também conhecida como Selo de Salomão. Esse símbolo é uma
imitação da Estrela de Davi, o símbolo nacional de Israel. A diferença é que
esse selo ocultista é formado por dois triângulos entrelaçados, enquanto que,
na Estrela de Davi, um triângulo sobrepõe o outro.
É o mais maligno e
um dos mais poderosos de todos os símbolos na feitiçaria. É usado para
conjurar demônios a esta dimensão, para comunicação com os mortos, para
descrever o ato sexual e para representar deuses falsos e pagãos, como
Brahma, Vishnu e Shiva.
PENTAGRAMA (Wicca)
O Pentagrama é um
dos símbolos mais importantes símbolos da religião neo-pagã Wicca. Esse
símbolo está bastante presente em rituais e cerimônias da religião. É o
símbolo do feminino, pois os antigos astrônomos ptolomáicos acreditavam que o
planeta Vênus (deusa da beleza na mitologia romana) fazia uma órbita em forma
de estrela no céu numa visão geocêntrica. Logo, o pentagrama foi adotado como
símbolo d'A Deusa, uma das principais divindades do Wicca.
BAPHOMET
(Templários/Maçonaria)
Baphomet ou Bafomé
é uma síntese de vários conceitos mágico-místicos, mais conhecida por sua
relação com os Templários e a Maçonaria. Baphomet é uma das imagens de mais
forte presença no universo ocultista de nossa época. Teorizou-se símbolo que
o Baphomet é fálico, haja vista que em uma de suas míticas representações há
a presença literal do falo devidamente inserido em um vaso (símbolo claro da
vulva). Algumas pessoas simplesmente o interpretam como um demõnio, ou o próprio
Lúcifer. O Baphomet de Eliphas Levi possui mamas de mulher e o pênis é
metaforicamente representado por um Caduceu. Este tipo de simbologia sexual
aparece com freqüência na alquimia (o coito do rei e da rainha), com a qual o
ocultismo tem relação. A figura do Baphomet também é relacionada as virgens
que apresentavam anomalias em seus bustos. As virgens de 3 mamilos e as
virgens de apenas 1 seio era tatuadas com a cabeça do Baphomet para que
nenhum homem pudesse tocá-las. Diziam que as mulheres com tais anomalias
genéticas eram amaldiçoadas.
FARAVAHAR
(Zorastrismo)
O Faravahar ou
Ferohar é um dos símbolos mais importantes do Zoroastrismo, religião
monoteísta fundada na Pérsia pelo profeta Zaratustra (ou Zoroastres). Ele é
formado por uma espécie de asa com um círculo no centro. Surgindo do círculo,
está uma figura humana. O Ferohar representa a alma dos seres humanos antes
de nascerem e depois de morrerem, ou seja, a alma humana das pessoas enquanto
estas não estão vivas. Outro símbolo importantíssimo do Zoroastrismo é o
elemento do fogo
TORII (Xintoísmo)
O Torii é o
símbolo do Xintoísmo. É uma espécie de portal composto por duas barras
verticais com uma barra horizontal no topo (chamada de kasagi), geralmente
mais larga que a distância entre as duas barras. Sob o kasagi está o nuki,
outra trave horizontal que liga os postes. Sua presença anuncia que há um
santuário xintoísta nas proximidades. Atualmente, o Torii é considerado um
dos mais importantes símbolos da tradição japonesa e simboliza a separação
entre o mundo dos homens e o dos kami.
ENKAN
(Seicho-no-ie)
O Enkan é o
símbolo da religião/filosofia monoteísta Seicho-no-ie. Este simbolo
representa as integração das religiões mais expressivas da humanidade. Ele é
mostrado como uma estrela de oito pontas, que representa o budismo. Ao fundo
vemos um circulo branco, representando o cristianismo. O símbolo é
complementado por uma estrela que representa o xintoísmo, esta estrela está
ligada às outras imagens representativas do símbolo, demonstrando a
integração e coexsitência entre todas as religiões.
LUZ DE VIDA E
POMBA DE OXALÁ (Umbanda)
Símbolo criado
pela AUC para ser usado na bandeira nacional da Umbanda É formado por um sol
que representa a Luz de vida e uma pomba símbolo de Oxalá, principal Orixa na
tradição Umbandista . A Umbanda é uma religião genuinamente Brasileira que
foi fundada por Zélio Fernandino de Morais (10 de abril de 1891 - 3 de
outubro de 1975) através do seu guia espiritual, o Caboclo das Sete
Encruzilhadas no ano de 1908 no bairro de Neves distrito de São Gonçalo no
Rio de Janeiro.
LUA CRESCENTE COM
ESTRELA (Islamismo)
Este símbolo
admite várias interpretações: para uns, é o casamento da lua com a Estrela
D’Alva, fenômeno que ocorre em outubro com a “aproximação” aparente dos dois
astros. A lua crescente com uma estrela também é o símbolo do Islã. Tal
símbolo pode ser observado em branco na bandeira vermelha da Turquia, nesse
país cerca de 99% da população pertence ao islamismo. Estudiosos supõem que,
mesmo antes do islamismo, árabes nômades cultuavam a Lua por viajarem à
noite. Quando o símbolo foi adotado na bandeira do islâmico império
turco-otomano, passou a ser identificado com os muçulmanos. Mesmo assim,
muitos fiéis negam a utilização de qualquer símbolo para representar a fé
islâmica
OM (Hinduísmo)
É o mantra mais
importante do hinduísmo e outras religiões. Diz-se que ele contém o
conhecimento dos Vedas e é considerado o corpo sonoro do Absoluto É a forma
escrita, em sânscrito, do principal mantra hindu. Os mantras são palavras,
poemas ou textos entoados durante a meditação para auxiliar na concentração e
invocar divindades. Vários textos dos Vedas - as escrituras sagradas
hinduístas - começam com Om - pronuncia-se Aum - e significa "aquilo que
protege"
SUÁSTICA
(Jainismo)
Apesar de sua
imagem estar diretamente vinculada ao Regime Nazista de Adolf Hitler, a
suástica esteve presente em muitas culturas milenares e é representada por
meio de diversas formas gráficas. Este símbolo - que também aparece no
hinduísmo e no budismo - seria um desenho com quatro letras gregas gama (G),
representando os quatro ventos, os quatro pontos cardeais, as quatro estações
e outros conceitos da natureza relacionados ao número quatro.
A palavra
“suástica” vem do sânscrito e significa “aquilo que traz boa sorte”. A sua
raiz, “Svas”, quer dizer bondade..Mais tarde, o nazismo inclinou o símbolo e
popularizou a suástica com um significado negativo
DHARMACAKRA
(Budismo)
Conhecido como
Roda do Dharma, o Dharmacakra é o símbolo do Budismo. Embora muitos não
considerem o budismo como religião, a filosofia também carrega sua marca. O
círculo de onde partem oito raios é conhecido como Roda do Dharma. Por sua
vez, dharma são os ensinamentos de Buda para que se alcance a iluminação,
entre eles o Nobre Caminho Óctuplo, com oito vias que levam ao fim do
sofrimento.
YIN-YANG (Taoísmo)
De acordo com a
filosofia tradicional Chinesa, Yin e Yang são os dois principios cósmicos
primários do universo. Yin (Mandarin para lua) é o principio passivo,
feminino. Yang (Mandarin para sol) é o principio ativo, masculino. De acordo
com a lenda, o imperador Chinês Fu Hsi afirmou que o melhor estado para tudo
no universo é o estado de harmonia representado pelo equilibrio entre yin e
yang. Estudando as sombras projetadas pelo movimento do Sol, os chineses
montaram um tipo de infográfico indicando a duração de dias e de noites ao
longo do ano. Esse equilíbrio, fundamental para a agricultura, passou a
representar a importância dos opostos e a presença de um dentro do outro -
bolinha preta na parte branca, e vice-versa
A bandeira sagrada
do Sikhismo, conhecida como Nishan Sahib, erguida em todos os templos sikhs
(gurdwaras), inclui o Khanda. Ele é resultado da junção de quatro armas: A
espada de dois gumes no centro do círculo simboliza o Deus único, cuja
infinitude e perfeição é representada pelo círculo. A espada da esquerda se
refere ao poder espiritual cruzando o poder político, simbolizado pela espada
à direita. O significado político, raro na simbologia religiosa, é resultado
das perseguições sofridas pelos sikhs ao longo da história
ESTRELA DE NOVE
PONTAS (Fé Bahá'í)
A estrela de 9
pontas não possui apenas um significado simbólico. Essa religião persa,
fundada em 1844, prega que as lideranças religiosas ao longo dos séculos,
como Maomé e Jesus, são enviados de um mesmo Deus. A doutrina elenca nove
religiões - representadas pelas pontas - que preenchem essa definição:
sabeísmo, hinduísmo, budismo, judaísmo,cristianismo,islamismo, zoroastrismo,
fé babí e fé bahá'í
FLOR DE LÓTUS
(Ayyavazhi)
A Flor-de-Lótus é
o principal símbolo da religião indiana Ayyavazhi, fundada no século XIX. A
Flor-de-Lótus está presente no Sahasrara (também chamado de chacra da coroa),
o 7º e mais importante dos chacras que situa-se no alto da cabeça da pessoa e
se relaciona com o padrão de energia global dessa pessoa. Esse chacra é
originado na tradição hindu mas, como vários outros elemento do hinduísmo,
foi adotado por outras religiões. Situado no alto da flor está o Namam (ou
Thirunamam), também presente no Sahasrara.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário